domingo, 29 de abril de 2007

Papa Bento XVI terá 10 mil agentes na segurança no Brasil

29/04/2007 13:56



Estadão

O Exército quer proteger o papa sem escondê-lo. Será uma tarefa difícil para os 10 mil homens que vão trabalhar na segurança de Bento XVI nos cinco dias da visita ao Brasil. A idéia do plano das Forças Armadas é garantir a visibilidade de Joseph Ratzinger para os fiéis sem comprometer a segurança.



Está quase tudo pronto. Sabe-se que helicópteros com câmeras ligadas a uma central de inteligência, atiradores de elite e até uma companhia de descontaminação química, biológica e nuclear estarão de prontidão.



Não que os militares tenham receio de um atentado da Al-Qaeda. Trata-se de uma prevenção, pois o que os preocupa mesmo são duas coisas: controlar os ímpetos da multidão de fiéis e a presença de fanáticos religiosos.



Mehmet Ali Agca era membro dos Lobos Cinzentos, um grupo extremista islâmico acusado de matar católicos na Turquia, antes de atirar em João Paulo II na Praça de São Pedro, em 1981. No ano seguinte, o padre Juan Fernández Khron, que se aproximou do papa Wojtyla com uma faca no Santuário de Fátima, em Portugal, era um fanático tradicionalista.



Do efetivo que trabalhará sob a chefia do Centro de Operações de Segurança Integrada (Cosi) vão participar 3 mil homens do Exército, 5 mil policiais civis e militares, 2 mil homens da Companhia de Engenharia de Tráfego, 400 agentes da Polícia Federal e 15 homens da Guarda Suíça.



O Cosi estará sob o comando do general João Carlos Vilela Morgero, da 2ª Divisão do Exército. Vilela é o homem que chefiou a segurança na visita do presidente americano George W. Bush - eram 4,5 mil homens. Tem ainda no currículo a Força de Paz no Haiti.

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