quinta-feira, 31 de julho de 2008

Setor de serviços gera receita de R$ 501,1 bilhões por ano, diz IBGE

Setor de serviços gera receita de R$ 501,1 bilhões por ano, diz IBGE

As empresas ligadas ao setor de serviços geraram receita operacional líquida de R$ 501,1 bilhões em 2006, informou nesta quarta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O dado faz parte da Pesquisa Anual de Serviços, que identificou 958.290 empresas que ocuparam 8.152 pessoas e pagaram R$ 95,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O valor adicionado do setor somou R$ 278,2 bilhões.

Somente as 44.992 empresas com 20 empregados ou mais (4,7% do total) foram responsáveis por geração de receita de R$ 403,5 bilhões (80,2% do total). Essas empresas ocuparam 63,1% do total de pessoal, e foram responsáveis pelo pagamento de 76,3% de salários e demais remunerações.

Os serviços ligados a transportes, auxiliares de transportes e correios tiveram a maior participação na geração de receita, com R$ 149,7 bilhões, o equivalente a 29,9% do total. Logo abaixo, vieram os serviços de informação, com 28,7% do total gerado, e os serviços prestados às empresas, com 21,5%.

Os serviços prestados às empresas ocuparam o maior número de pessoas dentro do setor. Foram 2.954 pessoas, o equivalente a 36,2% do total. Também se destacaram no pagamento de salários, que somou R$ 31,6 bilhões, ou 33,2% do total.

Já entre os serviços prestados às famílias, foram identificadas 308.205 empresas. Foi a maior representatividade, com 32,2% do total. As empresas ligadas aos serviços prestados às empresas representaram 23,4% do total.

Veículo de Publicação : Folha Online – Editoria Dinheiro
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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Embratur divulga estudo

Embratur divulga estudo sobre os impactos econômicos da realização de eventos internacionais no Brasil em 2007 e 2008

Ass. Economia FNHRBS

No dia 9 de julho, a presidente da Embratur, Jeanine Pires, apresentou, em parceria com o Convention & Visitors Bureau do Rio de Janeiro, os resultados da pesquisa "Impacto Econômico dos Eventos Internacionais no Brasil". A pesquisa delineia o perfil do turista estrangeiro que participa de eventos no Brasil. Elementos como gastos, perfil socioeconômico do turista estrangeiro e avaliação da cidade foram contemplados pela pesquisa e os resultados serão apresentados a seguir.

A pesquisa considera eventos realizados no período de setembro de 2007 a junho de 2008, incluindo os eventos do Rio de Janeiro.

Os Estados Unidos ocupam a primeira posição no ranking de países emissivos de turistas com motivação de negócios ao Brasil, representando 10,20% do total de 7.662. Em seguida vêem o Equador e a Argentina, com 6,70% e 6,30%, respectivamente. Na contramão deste resultado, a Itália (1,50%) e a Índia (1,70%) são os países que menos participam de eventos realizados no Brasil. Verifica-se, também, que a grande maioria dos turistas de eventos visita o Brasil pela primeira vez. Apenas 33,50% dos turistas entrevistados já estiveram no País anteriormente. Entre os participantes destes eventos, a maioria absoluta é composta por turistas do sexo masculino (71,40%), enquanto as mulheres representam apenas 28,60% do total. Os casados (61,90%) e os solteiros (31,60%) são o grande público do mercado de eventos.

32,90% dos turistas entrevistados possui entre 35 e 44 anos, enquanto apenas 2,60% têm mais que 65 anos.

34,90% dos turistas estrangeiros em eventos no Brasil possuem ao menos mestrado. Porém, grande parcela (28,00%) possui somente ensino superior.

51,70% dos turistas recebem até US$ 4.000,00. Apenas 6,80% possuem salário de mais de US$ 10 mil.

O táxi e o transfer do evento são os meios de transporte mais utilizados pelos turistas em eventos no Brasil

Quase que a totalidade dos turistas escolhe os hotéis como meio de hospedagem (97,20%).

62% dos turistas permanecem na cidade do evento após seu término ou chegam antes do dia do evento. O tempo médio de permanência além dos dias da realização do evento é de cerca de 3 dias.

Conforme verificado, grande parte dos turistas permanece na cidade sede do evento (62%). Entretanto, 37,40% permanecem no Brasil e decidem realizar turismo em outras cidades brasileiras. Este turista fica cerca de 4 dias nestes outros destinos, sendo que 59% tem a motivação de lazer e 30,10% a de negócios.

94,50% dos turistas aprovaram a receptividade do brasileiro e almejam voltar ao Brasil.

Outros dados importantes levantados pela pesquisa:

Ø 63,40% dos turistas pretendem adquirir produtos/serviços turísticos;

Ø 75% realizam compras e 27,20% realizam passeios turísticos;

Ø o tempo médio de permanência do turista no Brasil é de 6 dias;

Ø o gasto médio diário deste tipo de turista é de US$ 314,60, sendo que US$ 141,75 são destinados à hospedagem e US$ 40,92 em alimentação e bebidas, ou seja, 58% dos gastos diários;

Ø no período de análise da pesquisa, o mercado de eventos movimentou aproximadamente US$ 15 milhões, sendo que os maiores volumes foram gastos com hospedagem e alimentação, totalizando US$ 8,5 milhões;

MTUR propõe novos incentivos fiscais para o setor

Os ministros do Turismo, Luiz Barretto, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, discutiram na quinta-feira (24), em Brasília, desonerações no setor de turismo. A intenção, segundo o ministro, é firmar parceria com o MDIC para buscar meios para que a cadeia produtiva do turismo receba incentivos fiscais, tributários e financeiros como o setor de exportação.

A depreciação contábil acelerada também foi pauta na audiência. Luiz Barretto solicitou esta medida agora para bens imóveis, já que os bens móveis já estão contemplados. A depreciação é uma forma de incentivar os investimentos e aumentar a lucratividade das empresas. O objetivo, segundo o ministro, é propor que este seja um instrumento de incentivo ao turismo brasileiro, principalmente para o setor hoteleiro.

As negociações para a desoneração do setor do turismo começaram no ano passado, no Ministério da Fazenda. Segundo o ministro do Turismo, a medida aumentaria a qualidade dos produtos ofertados por toda a cadeia produtiva do setor. “Com estas medidas tornaremos os serviços mais competitivos”, disse.

Entre os benefícios fiscais que o turismo já conquistou estão: a redução a zero da alíquota do IPI de embarcações adquiridas por empresas nacionais; a redução de 25% para 10% da alíquota do IPI para embarcações com mais de 12 pés, incentivando a venda no mercado interno. Além desses, destacam-se a possibilidade de as empresas do setor turístico, com faturamento de até R$ 2,4 milhões, optarem pelo Simples Nacional (Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e também a redução de 10% para 5% da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).


Fonte : Ascom Ministério do Turismo
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Copa trará colapso aos aeroportos

Copa trará colapso aos aeroportos

Os executivos da aviação geral encontraram mais um apelo para tentar convencer o governo a autorizar a construção do terceiro aeroporto em São Paulo. Fizeram contas que indicam a incapacidade de a estrutura aeroportuária receber todos os vôos de turistas estrangeiros na Copa do Mundo em 2014.

Ainda há tempo para construir um aeroporto no Estado de São Paulo e fazer as ampliações necessárias nos demais, alerta o grupo ligado à Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). A direção diz ter contatos semanais com as autoridades para alertar sobre o caos que está por vir, não apenas por conta de eventos de grande movimento, como a Copa do Mundo, mas também como resultado do iminente crescimento da frota de aeronaves no país.

As projeções da Abag indicam um aumento da frota de aeronaves executivas das atuais 1,5 mil para 1,950 mil, em 2010. A expectativa se sustenta no crescimento econômico e na descentralização da atividade econômica no país. O presidente da entidade, Rui Aquino, também presidente da Táxi Aéreo Marília, do grupo TAM, aponta a internacionalização de empresas como a InBev e a crescente necessidade dos empresários de contar com avião próprio para ganhar agilidade nas viagens como fatores que vão sustentar o crescimento.

Para a entidade, a alta do petróleo provocará, cada vez mais, o enxugamento no número de rotas da aviação comercial, abrindo espaço para a aviação executiva. Hoje, dos 5.563 municípios brasileiros, apenas 140 contam com serviço aéreo regular. No entanto, afirmam os executivos do setor, metade das cidades brasileiras têm algum tipo de pista de pouso.

Para convencer o governo sobre a necessidade de melhorar a infra-estrutura antes da Copa do Mundo, a entidade preparou algumas estimativas. A principal delas é que os jogos de futebol recebam 500 mil turistas estrangeiros. Cada um deverá se locomover de seis a 14 vezes dentro do país, o que deverá somar 4 milhões de viagens em um mês de Copa, volume equivalente ao número de embarques mensal no país hoje. Ou seja, o movimento vai dobrar. O colapso nos aeroportos no país do futebol também afetará a aviação executiva, segundo os executivos da Abag. Eles lembram que os fanáticos de maior poder aquisitivo podem querer utilizar aviões próprios para acompanhar as partidas em diversos estados.

A entidade calcula que a construção de um aeroporto levaria, em média, pelo menos seis anos. Assim, o país já estaria dois anos atrasado para atender ao aumento de demanda. "Mas se houver vontade política é possível resolver o problema antes", afirma Aquino. O executivo lembra que o governo não preciosa se preocupar com dinheiro, já que "há inúmeros investidores e construtoras" esperando apenas um sinal verde para erguer um novo aeroporto em São Paulo. Aquino prefere não citar qual região do Estado, na opinião do setor, deveria receber o terceiro aeroporto. Ele diz ainda que não basta atender à demanda de São Paulo. O aeroporto do Galeão, no Rio, por exemplo, não está, segundo ele, preparado para receber a aviação executiva. Falta construir infra-estrutura de hangares e pontos de atendimento. O executivo afirma ainda que o mesmo ocorre em Pampulha, em Belo Horizonte.

Embora sem o mesmo poder das grandes companhias da aviação comercial, a aviação geral pretende mostrar força com os números da sua frota. Do total de 11 mil aeronaves existentes no país hoje, 10,650 mil pertencem à aviação geral. Desse total, 1,650 são aeronaves executivas, incluindo os helicópteros.

São Paulo sobe 37 postos em lista de cidades mais caras


BBC Brasil – 24-07-08

São Paulo subiu 37 posições em um ranking das cidades mais caras para estrangeiros viverem, preparado anualmente pela empresa de recursos humanos Mercer.

Na lista deste ano, São Paulo aparece no 25º lugar. No ano passado, ficou em 62º.

O Rio de Janeiro também subiu 33 posições, do 64º para o 31º lugar.

Segundo a Mercer, o fato de o real ter se valorizado quase 18% em relação ao dólar no ano passado foi a causa para a escalada das duas cidades brasileiras.

Caracas, na Venezuela, registrou a mesma tendência que as cidades brasileiras, subindo 40 posições - do 129º para o 89º lugar. Já Buenos Aires, na Argentina, aparece entre as mais baratas, no 138º.

EUA mais barato - A pesquisa comparou o custo de 200 itens - como aluguel, restaurantes e combustíveis - em 143 cidades de seis continentes. De acordo com a Mercer, a pesquisa é usada por multinacionais e governos para determinar salários e diárias a empregados no exterior. Pelo terceiro ano consecutivo, Moscou ficou no topo da lista como a cidade mais cara. Segundo a pesquisa, a cidade tem, por exemplo, um café extremamente caro: US$ 10,40, incluindo a gorjeta. "A posição de Moscou como o lugar mais caro para estrangeiros viverem foi reforçada pela valorização do rublo em relação ao dólar e o contínuo aumento dos preços no setor de moradia na cidade", disse Yvonne Traber, pesquisadora da Mercer.

Por outro lado, o enfraquecimento do dólar provocou mudanças significativas no ranking deste ano, como o relativo barateamento das cidades americanas. A única cidade dos Estados Unidos a aparecer entre as 50 mais caras foi Nova York, ocupando o 22º lugar, sete posições a menos do que no ano passado. Todas as outras cidades americanas que aparecem no ranking caíram de posição. Los Angeles caiu do 42º para o 55º lugar; Miami, do 51º para o 75º; e Washington, do 85º para o 107º lugar. 'Apesar de as cidades tradicionalmente caras da Europa ocidental e da Ásia ainda aparecerem entre as 20 mais caras, cidades do Leste Europeu, Brasil e Índia estão subindo na lista', disse Traber. 'Por outro lado, cidades como Estocolmo e Nova York agora parecem menos caras em comparação', disse.

Tóquio subiu duas posições na lista, para ocupar o segundo lugar, seguida de Londres --que caiu uma posição-- e Oslo. As três cidades mais baratas foram Karachi, no Paquistão, Quito, no Equador, e Assunção, no Paraguai --a mais barata pelo sexto ano consecutivo.

MTur, Inmetro e ABIH reformulam classificação hoteleira


Panrotas

O Ministério do Turismo, por meio de uma parceria com o Inmetro e com a ABIH Nacional, reformulou a matriz da classificação hoteleira e se prepara para iniciar o processo de avaliação nas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói. De acordo com o coordenador geral de Qualificação de Serviços Turísticos do Ministério do Turismo, Ricardo Noesh, como a cidade do Rio de Janeiro é candidata à sede da Olimpíada de 2016, a certificação hoteleira torna-se uma exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI). "Essa avaliação será preliminar e poderemos com ela dizer ao Comitê Olímpico qual o percentual de hotéis de duas a cinco estrelas. Mas a classificação definitiva, com base nesses dados, só será feita em 2009" avalia Noesh. Os auditores do Inmetro já estão sendo capacitados e, no próximo mês, o novo modelo de pré-avaliação será gerado por meio eletrônico para os hotéis do Rio de Janeiro e de Niterói e o questionário será preenchido com a ajuda de estagiários de turismo selecionados por meio de um convênio com universidades locais. Após essa primeira etapa, a equipe composta por cerca de 110 auditores do Inmetro validará os resultados que, por sua vez, serão avaliados pelo COI que enviará, a partir de 2009, missões para o Rio de Janeiro a fim de confirmar as informações fornecidas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). No Rio e em Niterói a classificação não será cobrada e é uma oportunidade de os hotéis se pré-avaliarem e transformarem essa avaliação em classificação. Em setembro, esse sistema de pré-avaliação será aplicado em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador, cidades que, caso o Rio seja eleito como sede dos jogos, também abrigarão algumas disputas. A meta é que após a classificação preliminar, todo o Brasil adote esse padrão de classificação.

Projeto exime agência de viagem por falhas


As agências de viagem podem deixar de ser responsabilizadas por eventuais falhas na prestação de serviços intermediados por elas, como transporte aéreo ou hospedagem. Essa é uma das mudanças propostas no projeto de lei de autoria do deputado Alex Canziani (PTB-PR), aprovado na semana retrasada pelo Senado. Após nova votação na Câmara, o projeto, se aprovado, será encaminhado para sanção do presidente Lula.

Caso entre em vigor, os consumidores não poderão mais cobrar as agências por problemas como cancelamento de vôos e má qualidade em serviços de hotelaria. Questões como essas deverão ser resolvidas diretamente com as empresas prestadoras do serviço, como hotéis, companhias aéreas ou guias turísticos terceirizados.

Entidades de defesa do consumidor consideram a proposta um retrocesso em relação ao Código de Defesa do Consumidor (veja texto abaixo). Já o autor do projeto disse que o texto "não muda nada" para os clientes, mas beneficia as agências de turismo com uma regulamentação da atividade.

"A idéia do projeto não é prejudicar o consumidor. Mas não podemos passar para as agências uma responsabilidade que elas não têm. Que culpa tem a agência, por exemplo, se um vôo atrasou por problemas climáticos?", afirma Canziani.

O diretor de Assuntos Internacionais da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), Leonel Rossi, concorda. "Não estamos tirando nossas responsabilidades. Apenas não queremos ser responsáveis por obrigações que não são nossas."

Segundo ele, o projeto de lei foi uma demanda da própria Abav. As agências estavam insatisfeitas com a quantidade freqüente de reclamações de serviços prestados por empresas terceirizadas que recaíam sobre elas, afirmou Rossi.

Para Canziani, o maior benefício do projeto de lei é a regulamentação da atividade de agência turística. "É um avanço. As mudanças dão melhores condições para o desenvolvimento do setor de turismo. É um setor importante da economia, que gera muitos empregos."


Excursões

A proposta de Canziani, na prática, criaria um monopólio para a organização de viagens remuneradas às agências turísticas. Segundo ela, determinadas atividades são de alçada exclusiva das agências, como organização de excursões. O projeto propõe que a realização dessas atividades por empresas de outros setores ou pessoas físicas seja considerada prática de ilícito penal, sujeita à multa.

Para a coordenadora institucional da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e colunista da Folha, Maria Inês Dolci, a restrição prejudica o consumidor, pois o obrigaria a contratar uma agência para organizar viagens em grupo. "O projeto impede, por exemplo, uma associação de organizar uma viagem."

O presidente da Abav discorda. Para ele, a restrição vai beneficiar o consumidor, pois ele contará com serviços profissionais e não-leigos.

Rossi afirma ainda que a proposta não visa coibir a organização de viagens em grupo sem fins lucrativos, mas apenas as remuneradas. Dolci insiste no dano ao consumidor e responde que "essa interpretação não está clara no projeto".

Setor turístico

A Abav estima que há cerca de 10 mil agências de viagem no país. Segundo a associação, elas mantêm 35 mil empregos diretos e respondem pela venda de 80% das passagens aéreas nacionais e internacionais.

O deputado Canziani, que é membro da Comissão de Turismo da Câmara e presidente da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento do Turismo do Congresso Nacional, se diz representante da causa do turismo nacional. Durante a campanha de 2006, ele recebeu doações de empresas do setor, como R$ 10.928 do Hopi Hari e R$ 15.737 da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, que opera o bondinho no Rio. No entanto, não há registro de doações por agências de viagem.


Veículo de Publicação : Jornal Folha de São Paulo – Editoria Dinheiro
Data : 27-07-08
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quinta-feira, 24 de julho de 2008

MTur cadastrará restaurantes e centros de convenções


O Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos, Guias de Turismo e Bacharéis em Turismo (Cadastur), do Ministério do Turismo, vai incluir restaurantes e centros de convenções em seu sistema on-line.

A ferramenta hoje conta com informações dos Meios de Hospedagem, Transportadoras Turísticas, Agências de Turismo, Organizadoras de Eventos, Parques Temáticos, Guias de Turismo e Bacharéis em Turismo.

"Com a ampliação, pretendemos incluir todos os prestadores de serviços existentes da cadeia do turismo", afirma Ricardo Moesch, coordenador geral de Serviços Turísticos do Ministério do Turismo.

De dezembro a julho deste ano, o número de cadastrados no Cadastur aumentou em 25% e alcançou a marca de 40 mil prestadores de serviço turísticos. A expectativa é de crescimento, pois o projeto da Lei Geral do Turismo, que está em tramitação na Câmara dos Deputados – já foi aprovada em primeira instância pela casa e pelo Senado –, prevê que todos os prestadores de serviços do turismo participem do portal.

Os Órgãos Delegados de Turismo nos Estados estão sendo preparados para a grande demanda de cadastramento que será acarretada com a nova lei.

Ao ingressar no CADASTUR, os interessados podem participar de três programas vinculados ao Ministério do Turismo: o Viaja Mais Melhor Idade, o Vai Brasil e o Portal de Hospedagem.

Para que o cadastro seja concluído, os interessados devem pagar um valor de serviço de R$ 100 ou, no caso dos guias e bacharéis de Turismo, o valor é R$ 10. As empresas que renovarem até a data limite de vencimento pagarão R$ 60.

Fazer parte do Cadastur será obrigatório com a Lei Geral do Turismo. Tire suas dúvidas sobre o portal :

O Que é o Cadastur?

É um sistema on-line de cadastro voltado aos Prestadores de Serviços Turísticos, Guias de Turismo e Bacharéis em Turismo.

Quais campos que o Cadastur abrange?

O Cadastur abrange sete atividades do turismo: Meios de Hospedagem, Transportadoras Turísticas, Agências de Turismo, Organizadoras de Eventos (congressos, feiras ou congêneres e prestadores de serviços especializados), Parques Temáticos, Guias de Turismo e Bacharéis em Turismo. Em breve, envolverá também Restaurantes e Centros de Convenções.

Como se cadastrar?

O cadastro pode ser feito via web (no site www.cadastur.turismo.gov.br) ou diretamente nos Órgãos Oficiais de Turismo conveniados nas Unidades da Federação.

Por quanto tempo o cadastro é válido?


O cadastro é válido por dois anos.

Quanto custa o cadastramento?


R$ 100 para empresas, R$ 10 para guias e bacharéis e R$ 60 na renovação antes do prazo.

Brasil recupera possibilidade de usar nome 'rapadura'

O palavra "rapadura" poderá voltar a ser usada livremente em produtos brasileiros vendidos para o exterior. Após dois anos de negociações com o Itamaraty, a empresa alemã Rapunzel Naturkost comunicou à embaixada brasileira na Alemanha que renunciará aos registros que fez do termo rapadura nos órgãos de proteção a marcas e patentes dos Estados Unidos e da Alemanha. A empresa aceitou a proposta brasileira de manter apenas o registro composto da marca - rapadura Rapunzel, por exemplo -, sem exclusividade sobre o termo rapadura. O resultado evita que exportadores brasileiros de açúcar mascavo tenham que pagar royalties à Rapunzel Naturkost ao venderem para os Estados Unidos (EUA) e Alemanha.

A decisão da empresa alemã, comunicada aos diplomatas brasileiros no início do mês pelo escritório de advocacia Taylor Wesfing, que a representa, atendeu a uma última proposta feita no início do ano pelo grupo interministerial brasileiro que acompanha o caso. Nos dois últimos anos, a empresa se negou a cancelar os registros da marca "rapadura" que fez em 1989, na Alemanha, e em 1993, nos Estados Unidos. Chegou a oferecer ao Brasil a titularidade dos registros, desde que recebesse em troca a licença de uso da marca. "Mas, como o nome rapadura é genérico e, portanto, não pode ser apropriado, a oferta foi rejeitada", diz o diplomata Fábio Schmidt, da divisão de propriedade intelectual do Itamaraty. A contraproposta brasileira foi de que a empresa registrasse um nome composto, sem exclusividade sobre o termo rapadura, o que foi aceito. A resposta enviada pela empresa ainda deverá ser formalmente aprovada pelo grupo interministerial até o fim deste mês.

"Foi uma última tentativa de negociação. Caso não desse certo, iríamos ao Judiciário dos países onde os registros foram feitos", afirma Roberto Busato, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que acompanhou o diálogo desde o início. A OAB acelerou as negociações do Itamaraty com a empresa alemã depois que sua seccional no Ceará percebeu os registros indevidos, em 2006, e enviou notificações às embaixadas brasileiras nos Estados Unidos e na Alemanha, como explica Ricardo Bacelar, presidente da comissão de cultura da seccional. "A Convenção de Paris e o acordo Trips, dos quais os países envolvidos são signatários, garantem que nomes genéricos não tenham exclusividade", explica Bacelar.

A OAB já havia enviado ofícios às associações de advogados dos países envolvidos, a pedido do Itamaraty, além de negociar com bancas estrangeiras, preparando o terreno para entrar com ações judiciais contra a empresa.

"A idéia do governo é buscar uma solução amistosa, já que a disputa é mais onerosa", afirma Fábio Schmidt. Segundo ele, há outras negociações em andamento no Itamaraty. Para evitar outros registros de nomes genéricos no exterior, o grupo interministerial criou uma lista com cerca de 6,7 mil nomes comuns e científicos da biodiversidade vegetal brasileira, distribuída a cem embaixadas brasileiras e aos países membros da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). O Brasil já enfrentou o mesmo problema antes com empresas japonesas - que registraram como marcas o cupuaçu e o açaí - e uma empresa alemã, que tentou registrar o termo "escapulário" como marca. Nesses casos os registros foram cancelados ou negados.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Governo desiste de acabar com autonomia do Sistema S

Governo desiste de acabar com autonomia do Sistema S

Sob pressão, Planalto acerta regras para apenas parte dos recursos das entidades
Acordo prevê que Senai e Senac deverão destinar percentuais crescentes das receitas para custear vagas gratuitas em cursos técnicos



Temendo o embate político com setores empresariais da indústria e do comércio, o governo desistiu de acabar com a autonomia do Sistema S na gestão de R$ 4,8 bilhões, que hoje são aplicados livremente pelas entidades. Ontem, foi firmado acordo entre governo e confederações patronais estabelecendo regras para o uso de apenas uma parte desses recursos.
A partir do ano que vem, os serviços de aprendizagem da indústria (Senai) e do comércio (Senac) deverão destinar percentuais crescentes de suas receitas líquidas para bancar vagas gratuitas em cursos técnicos. No caso dos serviços sociais de cada setor (Sesi e Sesc) uma parcela também crescente da receita deverá ser aplicada em educação básica e ações educativas.

O acordo estabelece que Senai e Senac deverão passar a investir, até 2014, 66,6% de sua receita na gratuidade. Para a indústria, o ponto de partida é 50% dos recursos a partir de 2009. Para o comércio, é 20% (veja quadro ao lado).
Ao final da transição, porém, um terço da receita dessas entidades continuará sem regras para aplicação. No acordo, o governo também deixou de lado outras entidades que integram o sistema, como as ligadas a transportes e agricultura.

Reforma

Em março, o governo havia anunciado proposta mais abrangente de reforma do Sistema S. A idéia era disciplinar, com a criação de um fundo, a aplicação de 40% da receita do sistema, que deverá contar neste ano com um total de R$ 8 bilhões. Um projeto seria enviado ao Congresso para fixar as diretrizes para o uso do dinheiro.

Desde os anos 40, quando foi criado, o sistema não passa por mudanças. Todas as tentativas de reformá-lo foram barradas pelo lobby das confederações patronais. Com o anúncio do governo, a proposta do presidente Lula também passou a ser bombardeada por líderes empresariais. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) chegou a classificar as mudanças de "estatizantes" e "intervencionistas". Os defensores do sistema não se cansaram de repetir que o próprio presidente havia se diplomado torneiro mecânico pelo Senai.

A Folha apurou que, diante da pressão e para evitar o confronto político no Congresso, o governo buscou conciliar interesses e recuou nos planos de promover mudanças na legislação. A saída foi fechar um acordo sem alterações profundas.

Tabu

"Isso não é fruto de concessão por nenhuma das partes. Ninguém abriu mão de princípios "imovíveis". O acordo foi feito sobre o que foi possível compatibilizar", disse ontem o ministro Fernando Haddad (Educação). O governo considera, porém, que obteve uma vitória nas negociações porque conseguiu derrubar o tabu de que o Sistema S era "imexível".

"Prevaleceu o bom senso. Medidas que partem de um modelo intervencionista às vezes não produzem os resultados esperados", também comemorou o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto.

"Agora a gratuidade será compulsória. Antes queríamos aplicar a gratuidade, mas tínhamos dificuldades porque as entidades regionais não permitiam", declarou o presidente da CNC (Confederação Nacional do Comércio), Antônio de Oliveira Santos.

Haddad afirmou que o acordo com o sistema representa apenas o começo de uma nova agenda que o governo conduzirá em relação às entidades.

Entrevista do Ministro do Turismo


Desafio é investir em qualificação e infra-estrutura

Entrevista do Ministro do Turismo ao Mercado & Eventos

Desde a época em que ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério do Turismo, Luiz Barretto vem acompanhando com maior proximidade os desafios do setor. Agora, há pouco mais de um mês à frente da pasta, tem diante de si a tarefa não apenas de ajudar a cumprir as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Turismo, como também contribuir para que o país esteja preparado para a Copa do Mundo, em 2014, e até para a possibilidade de sediar as Olimpíadas de 2016.

Diante destes desafios, Barretto não tem dúvidas em afirmar que o setor precisa avançar e dar um salto de qualidade e que o apoio parlamentar tem possibilitado obter mais recursos para o orçamento. "Lembro que os recursos do Turismo que eram pouco mais de R$ 300 milhões em 2003, hoje já representam quase R$ 3 bilhões". Veja a entrevista:

MERCADO & EVENTOS - Qual é o grande desafio do Turismo brasileiro?

Luiz Barretto - Investir na melhoria da nossa infra-estrutura turística e na qualificação profissional. São os dois aspectos fundamentais para o desenvolvimento do nosso setor e para nos prepararmos de forma adequada para eventos como a Copa do Mundo e quem sabe as Olimpíadas.

M&E - A Copa do Mundo será determinante no processo de promoção do país no exterior?

Barretto - Um evento deste porte talvez venha a ser uma das maiores oportunidades dos últimos anos para o turismo brasileiro, principalmente pelo aspecto da promoção e divulgação da nossa imagem no exterior. Mas temos que nos preparar adequadamente para isso. Lembro que o Brasil inteiro vai ganhar com este evento, mesmo aqueles destinos que não forem contemplados como cidades-sede.

M&E - De que forma governo e iniciativa privada podem levar o brasileiro a viajar mais? Além dos programas existentes com este objetivo, o MTur estuda trabalhar novos segmentos?

Barretto - Atuando em parceria para fomentar o turismo interno e levando os brasileiros a incluírem o item "viagem" em seu orçamento como um bem a ser adquirido. É o que o Ministério do Turismo está fazendo junto com operadoras de turismo, agências de viagens e meios de hospedagem. Estamos desenvolvendo o programa Viaja Mais que busca exatamente estimular os brasileiros a conhecerem o Brasil e, assim, reduzir os impactos da sazonalidade sobre o setor. A modalidade Viaja Mais - Melhor Idade, iniciada no ano passado, e a primeira a ser lançada, teve grande adesão de empresas e de turistas e, por isso, cresceu neste ano. Em 2007, a meta era sete mil e vendemos nove mil pacotes; em 2008, a meta era 50 mil e as vendas praticamente triplicaram essa estimativa somente no primeiro semestre. Lançamos também o Viaja Mais - Melhor Idade Hospedagem, que dá desconto de 50% na diária, com a adesão de mais de 1.500 meios de hospedagem. Mais recentemente, o MTur lançou o Viaja Mais – Jovem, que pretendemos ampliar para outros estados além do Acre, onde estamos desenvolvendo a primeira experiência. Essa modalidade estimula o Turismo Pedagógico por meio de viagens de estudantes dentro do próprio estado. Não vamos parar por aí. Ao contrário, vamos criar outras modalidades do Viaja Mais e a de trabalhadores já está sendo estruturada.

M&E - Entre as prioridades do ministério, o turismo doméstico continua a merecer uma especial atenção. O Programa de Regionalização é umas das vertentes para o desenvolvimento do turismo no país?

Barretto - Não é possível ter políticas públicas direcionadas para o turismo sem um foco específico. Nós temos mais de cinco mil municípios no país e boa parte deles com vocação turística. A decisão do Ministério do Turismo, ao selecionar os 65 destinos indutores, foi justamente com o objetivo de trabalhar melhor estes mercados para que eles tenham uma política de indução. Num mercado cada vez mais competitivo, precisamos estar mais qualificados e ter programas de capacitação para receber bem o turista.

M&E - Um dos desafios da consolidação dos 65 destinos indutores é a questão da acessibilidade.

Quais os principais desafios em relação a infra-estrutura turística e de serviços?

Barretto - Qualquer desafio para o setor, hoje, tem uma nova dimensão, que é a da preparação do país para a Copa do Mundo de Futebol em 2014, seja no acesso aos destinos, seja em infra-estrutura ou qualificação dos serviços. Nós sabemos que o que for feito, em termos de melhorias, terá repercussão daqui a seis anos e permanecerá incorporado definitivamente à infra-estrutura turística do país. O MTur trabalha com planejamento e é necessário observar que os setores públicos e privados contam com um norte para direcionar ações e recursos. Estamos falando do Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores – Relatório Brasil, isso nunca existiu no país. Mas agora existe e vai ser monitorado permanentemente. O estudo, feito pela FGV, mostra onde estão os problemas e o que precisa ser feito para resolvê-los. Mostra que o turismo não se desenvolve isoladamente. Neste sentido, entregamos ao Presidente Lula o Plano de Mobilidade Urbana para a Copa, com projetos dos ministérios do Esporte, Transporte, Saúde e da Casa Civil. Ou seja, é um planejamento integrado. Nós sugerimos investimentos, no total de R$ 38,5 bilhões, em cidades que pleiteiam sediar os jogos (São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Olinda, Natal, Maceió e Brasília) e que estão incluídas entre os 65 destinos indutores. Da parte do turismo, o projeto considera as discussões do PNT 2007-2010, que prioriza a logística de transporte em um de seus macroprogramas; o Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores e a observação de investimentos realizados na Alemanha para a Copa de 2006 e na China, que este ano sedia os jogos olímpicos, além das ações que estão em andamento na África do Sul para a Copa de 2010. Outro trabalho importante, com resultados para os 65 destinos, diz respeito ao financiamento do Prodetur Nacional para ações de infra-estrutura, qualificação e capacitação de gestores. O MTur trabalha nisso em sintonia direta com os estados e municípios. Não podemos esquecer que os 65 destinos serão vitrines no país e a Copa do Mundo colocará o Brasil na vitrine do mundo. Esse é o grande desafio para todos.

M&E - Como resolver a equação de fazer com que o Brasil seja um destino capaz de receber nove milhões de turistas/ano?

Barretto - Atrativo turístico qualificado mais promoção e marketing planejados é igual a mais turistas. Essa é a equação trabalhada pelo Ministério do Turismo. Identificamos os destinos indutores, realizamos ações e investimentos em infra-estrutura e qualificação, planejamos e executamos campanhas promocionais no mercado internacional adequadas aos perfis de cada país. Não podemos esquecer que há variáveis que podem interferir no resultado. Estamos no caminho certo do desenvolvimento. Temos o propósito de atrair 7,9 milhões de estrangeiros até 2010 e penso que chegaremos lá.

M&E - Em sua gestão você deve manter a equipe atual ou trará novos nomes? E em relação ao programa de gestão, o que terá maior ênfase e prioridade?

Barretto - O Ministério do Turismo tem um histórico de ações de sucesso, graças a uma equipe técnica de excelência, e queremos seguir essa trilha. Na minha gestão é prioritário avançar nos projetos de inclusão, diretriz de governo do presidente Lula, como o Viaja Mais Jovem. O Prodetur Nacional também está na minha agenda de prioridades. O MTur tem dado apoio técnico aos estados que querem apresentar a carta-consulta para terem acesso ao crédito do BID, que é de US$ 1 bilhão para todo o programa. Esses recursos são muito importantes para os projetos de infra-estrutura e qualificação, pois são investimentos que terão reflexos diretos sobre o padrão de competitividade dos 65 destinos indutores e para a Copa do Mundo.

M&E - O que mais atrapalha o desenvolvimento da indústria do turismo e quais as soluções para que possamos dar um salto qualitativo?

Barretto - É fundamental a regulação do setor. E isso será conquistado com a Lei Geral do Turismo. A Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram o texto que foi resultado de um amplo acordo envolvendo governo federal, os vários segmentos empresariais e parlamentares da Comissão de Turismo e Desporto. Os líderes avalizaram o acordo, aprovando o projeto de lei. O Congresso reconheceu a importância econômica e social do turismo, que em 2007 foi o quarto produto na pauta de exportações do país. Com a Lei do Turismo, o setor poderá avançar bem mais porque serão criadas as condições favoráveis ao investimento e à expansão da iniciativa privada, além disso, o Ministério do Turismo terá os instrumentos para implementar políticas estabelecendo um modelo que atenda aos interesses do setor. Creio que é apenas isso que faltava ao setor: o marco regulatório.

M&E - A carência de vôos internacionais e conexões nacionais preocupa?

Barretto - Muito se fala sobre a necessidade de novos vôos internacionais, mas estamos trabalhando para equacionar este problema. Em setembro, a Tam inicia sete vôos diários para Miami a partir do Rio de Janeiro e em outubro, serão mais sete para Nova York.

M&E - E a questão da exigência de visto para os turistas norte-americanos, uma das maiores queixas dos secretários de Turismo na última reunião do Fornatur?

Barretto - Estamos tentando buscar soluções alternativas que passam pela flexibilização do visto. Estou otimista que no médio prazo possamos resolver esta questão junto ao Itamaraty. Superar este impasse nos ajudará muito, principalmente no sentido de trazermos mais turistas norte-americanos para o Brasil. Atualmente captamos apenas 1% deste mercado o que corresponde a cerca de 700 mil turistas/ano que visitam o país.

M&E - O fato de os brasileiros estarem viajando mais ao exterior preocupa?

Barretto - Não. Isso mostra que a economia do país vai bem. Além disso, os turistas estrangeiros estão gastando cada vez mais em suas vindas ao Brasil. Apenas neste ano já acumulamos uma receita de quase US$ 2,5 bilhões em divisas, o que corresponde ao volume total em divisas do ano de 2003.

Turismo sustentável, principal desafio da indústrias de viagens

Turismo sustentável, principal desafio da indústrias de viagens

France Presse

Com 1,6 bilhão de turistas previstos em 2020, a maior indústria do mundo começa a se preocupar com seu impacto na natureza e culturas locais: a idéia do turismo sustentável, respeitoso da natureza e dos homens, começa a ganhar espaço.

Percorrer a floresta tropical da Costa Rica, passar uma temporada em cabanas na savana senegalesa, compartilhar a vida dos monges de um templo budista na China: cada vez mais turistas buscam esta forma de viagem de imersão, longe de multidões.

As grandes empresas da indústria turística mundial já começaram a explorar o filão do turismo sustentável, que não está mais limitados aos ecologistas ou terceiro mundistas, e multiplicam as campanhas de marketing "verde". "Atualmente, este discurso é 80% publicidade e 20% realidade. O objetivo é inverter as proporções em 10 anos", declara Jean Viard, sociólogo especializado em turismo. "No que diz respeito aos viajantes, o turista sustentável é ainda marginal, apenas 2% deles, mas se registra uma forte progressão", explica Pascal Aguillon, fundador da Associação Francesa de Ecoturismo. O setor precisa limitar os efeitos devastadores das grandes viagens, alerta a Organização Mundial de Turismo (OMT). "O turismo é vítima e responsável pelo aquecimento global, e sua contribuição às emissões de gases que provocam o efeito estufa é de quase 5%", afirma o presidente da OMT, Francesco Frangialli.

A mudança climático ameaça diretamente a parte financeira do turismo, com as perspectivas de desaparecimento, por exemplo, das neves do Kilimanjaro ou das ilhas Maldivas.

O crescimento vertiginoso do turismo internacional, que envolvia apenas 25 milhões de pessoas em 1950, pode resultar em um aumento de 150% das emissões de gases que provocam o efeito estufa nos próximos 30 anos, segundo a OMT.

Em tempos de expansão meteórica das empresas de "baixo custo", quase metade dos 898 milhões de turistas que percorreram o planeta em 2007 viajaram de avião, responsável por 40% das emissões de CO2 provocadas pelo turismo.

Algumas agências de viagens já temem que a alta do petróleo volte a fazer das viagens de avião um luxo.

Esgotamento de recursos naturais, trabalho infantil, prostituição, abandono das culturas tradicionais: a democratização das viagens nos países do hemisfério norte causou estragos nos países do sul.

Para evitar uma presença excessiva nas áreas turísticas, alguns países optam por fixar cotas de visitantes, como fez o Peru com o caminho dos incas que leva a Machu Picchu.

Para especialistas, o turismo sustentável não significa reduzir as viagens, o que seria um grande retrocesso, e sim viajar de outra maneira, com um ritmo diferente. Além disso, o turismo também tem conseqüências benéficas: é um aporte às economias locais ao criar empregos, valoriza o patrimônio cultural e, em muitos casos, é a principal fonte de renda de países em desenvolvimento. No entanto, o lucro turístico não é distribuído de maneira equitativa. Segundo estimativas de ONGs, apenas um terço dos recursos anuais (800 bilhões de dólares) beneficia os países visitados.

Colômbia isenta impostos para atrair empresas e ampliar turismo

Colômbia isenta impostos para atrair empresas e ampliar turismo

Folha Online – Editoria Dinheiro

A Colômbia ampliou os benefícios fiscais e criou zonas francas para atrair investimentos e gerar empregos. Para divulgar as medidas, o governo recebe amanhã uma comitiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais de cem empresários.

A economia do país avança após um investimento pesado em segurança. O Plano Colômbia destinou US$ 10,7 bilhões no combate à violência e ao terrorismo entre 1999 e 2005, com participação de 35% dos EUA.

Com a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) por seis anos, o país espera consolidar a transformação de sua imagem. "A Colômbia é um país mais seguro há anos, mas a percepção sobre a segurança é que está mudando. O governo está dedicado a reformas gerais para atrair investimento estrangeiro", afirma Carlos Rodríguez, cônsul comercial da Colômbia no Brasil.

Empresas de turismos, hotéis e resorts são isentos de Imposto de Renda por 20 anos e fabricantes de softwares são livres do tributo até 2012. Indústrias, empresas de telecomunicações e de agronegócios que garantam investimento mínimo com geração de empregos que variam de acordo com o setor têm a alíquota reduzida de 33% para 15% por até 30 anos. Matérias-primas e máquinas para produção para essas empresas também são isentas de imposto de importação.

Além de redes de hotéis, duas empresas já anunciaram investimentos, a brasileira Votorantim Metais e a cervejaria sul-africana SAB Miller. O governo colombiano espera outras cinco neste segundo semestre. A Votorantim anunciou investimento de US$ 146,5 milhões com o aumento de participação na Acerías Paz del Río, em março. A SAB Miller, que já estava na Colômbia quando adquiriu a Bavária, em 2005, deve abrir uma nova unidade. Na área de infra-estrutura, grandes licitações podem atrair empresas como Camargo e Corrêa e Odebrecht. A Colômbia registrou US$ 9 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2007 e deve chegar a US$ 12 bilhões em 2010.

Balança - O corrente comércio entre Brasil e Colômbia somou US$ 1,476 bilhão no primeiro semestre. O Brasil registrou superávit de US$ 687 milhões com exportação de celulares, ligas de aço, insumos para bebidas e automóveis, principalmente. Por outro lado, o Brasil compra óleo bruto de petróleo, carvão, ferroníquel e pneus para automóveis.

O vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, afirmou que as medidas favorecem as empresas brasileiras. "A Colômbia era símbolo de terrorismo, o que provocava receio nos investidores. Hoje a imagem é positiva e, com os seus tratados, as empresas podem ter ali uma base exportadora."

A Colômbia tem tratados de livre-comércio com União Européia, Canadá, México, entre outros países. O acordo com EUA está fechado, mas aguarda aprovação do Congresso.

Segundo Castro, também colabora o fato de a taxa de câmbio estar a favor dos investimentos externo, com o dólar desvalorizado em relação ao real. Para ele, o lado negativo é que as empresas brasileiras passam a gerar empregos em outro país.

Miguel Lima, professor da FGV, afirmou que empresas montadoras de ônibus e carrocerias e as ligadas ao setor petroquímico podem ampliar seus negócios na Colômbia e se beneficiar das medidas de incentivo. Para o Brasil, que tem a Colômbia como 17º destino de suas exportações, também será vantagem, já que o país de ampliar suas relações comerciais e passar a consumir mais. O país andino tem a terceira maior população da América Latina, com 44 milhões de habitantes --atrás de Brasil e México--, e o quinto PIB, com US$ 172 bilhões (2007), após crescimento de 7,5%. À frente estão Brasil, México, Argentina e Venezuela.

Turismo - O país retomou, no ano passado, o mesmo número de turistas de 1983: 1,2 milhão. Em 2002, o país recebeu 322 mil visitantes internacionais.

A cidade de Cartagena, no litoral colombiano, voltou a ser incluídas em rotas de cruzeiros internacionais, como o Royal Caribbean, por exemplo, que voltou a atracar em Cartagena em abril de 2007, após seis anos sem visitas. Bogotá, que já foi eleita a capital do livro, é a cidade mais visitada da Colômbia. A biblioteca Luis Ángel Arango, mantida pelo Banco Central colombiano, recebe cerca de 9.000 visitantes por dia, tem dois milhões de livros e capacidade para dois mil leitores sentados. San Andrés, Santa Marta, Medelin e Cali também são roteiros conhecidos no país.

Inbev adquire Anheuser-Busch, ícone da cerveja norte-americana


Inbev adquire Anheuser-Busch, ícone da cerveja norte-americana

A decisão de vender a Anheuser-Busch acabou com a independência de mais de 150 anos da empresa, cuja administração já está na sexta geração. A transação foi realizada de forma amigável, em que pese as batalhas já travadas anteriormente pelas duas empresas. O montante envolvido no acordo superou a oferta inicial da Inbev à AB, atingindo US$52 bilhões, US$ 70 por ação. Este valor será financiado por bancos múltiplos com vencimento em cinco anos.

Com as especulações acerca da participação da Ambev, controlada pela Inbev, na operação, as ações da empresa brasileira despencaram no mercado. Os investidores temiam a utilização da Ambev para a captação de recursos. A notícia de que isso não ocorreria fez suas ações subirem novamente.

A Anheuser-Busch é, atualmente, a maior cervejaria dos Estados Unidos, detendo cerca de 50% do mercado norte-americano. Com a aquisição da AB, a belgo-brasileira Inbev torna-se a maior fabricante de cervejas mundial, com faturamento projetado de US$ 36 bilhões no ano, representando uma das marcas mais vendidas nos EUA, como a Budweiser e Bud Light, deixando para trás a até então líder no mercado SABMiller (Reino Unido). A nova empresa, Anheuser-Busch Inbev, terá em seu conselho dois membros da AB. Além de ter se tornado a maior cervejaria mundial, a Inbev agora está entre as cinco maiores companhias do mundo de produtos ao consumidor.

Para Carlos Brito, presidente da Inbev, a Ambev poderá ser utilizada no processo de distribuição da Budweiser no Brasil, o que, de acordo com ele, não deve modificar significamente os hábitos de consumo do brasileiro, já que a Bud é caracterizada por ser uma marca diferenciada, com maior valor agregado, assim como a Stella Artois.



A transação irá gerar uma profunda alteração no mercado mundial, o que levará as outras fabricantes de cervejas a criarem vantagens competitivas. A empresa mexicana Femsa é um exemplo disso. Da noite para o dia ela observou seu principal concorrente nos EUA mais que dobrar de tamanho. Além do mais, a AB tem participação de 50% em outra empresa mexicana, o que também gerará modificações neste mercado, com implicações das mais diversas possíveis.

A transação ainda aguarda uma avaliação das entidades antitruste, mas analistas da área acham improvável que elas se oponham ao acordo em virtude da pequena sobreposição de empresas.

A administração da Inbev informou que não fechará nenhuma das 12 fábricas nos Estados Unidos, já que elas estão adequadas ao fornecimento do mercado norte-americano. Mas informou que os programas de demissão e aposentadoria voluntárias da empresa serão mantidos, sendo que a Inbev aguardam a adesão de 1.200 funcionários nestes programas.

A fusão seria a mais ousada no mundo empresarial desde o início da crise norte-americana no ano passado, instituindo um grupo avaliado em cerca de US$ 100 bilhões.

Fonte : Ass.Economia FNHRBS
Data : 22-07-08

sábado, 19 de julho de 2008

FNHRBS é recebida no Denatran e reafirma posição sobre a Lei Seca

wwww.fnhrbs.com.br
O presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), Norton Luiz Lenhart, foi recebido no dia 09/07 em audiência pelo diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), sr. Orlando Moreira. Na ocasião, Lenhart aproveitou para reafirmar a posição da FNHRBS referente a Lei 11.705/08, alterando o Código de Trânsito Brasileiro, que, prevalecendo-se do máximo rigor, considera falta gravíssima dirigir veículos automotores depois da ingestão de qualquer quantidade de álcool.

A Federação, segundo Lenhart, está agindo contra a radicalização da Lei Seca, questionando, através da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no Supremo Tribunal Federal, a constitucionalidade da Lei, resultante da conversão da MP 415/2008.

Pela lei ordinária, houve a liberação na venda de bebidas alcoólicas nas rodovias localizadas em perímetros urbanos, porém mantendo-se a proibição da comercialização nas áreas rurais. Isso fere o princípio do tratamento igualitário, já que a liberdade de iniciativa do comerciante deve ser exercida em ambas as áreas, em todo o território nacional. A CNC ajuizou no ultimo dia 11, no STF, um pedido de aditamento à Ação Direta de Inconstitucionalidade.

Veja a posição oficial da FNHRBS referente à Lei, conforme solicitado pelo diretor do Denatran à entidade :

Brasília, 14 de julho de 2008.
OF. FNHRBS BSB nº 1064/2008

Ilustríssimo Diretor,

A Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, entidade sindical que congrega 61 sindicatos filiados, sediados nos diversos Estados e Municípios, representando cerca de 1.200.000 (um milhão e duzentas mil) empresas geradoras de mais de 8.000.000 (oito milhões) de empregos, pede permissão a V. Exa., com os respeitosos cumprimentos, para apresentar à sua elevada consideração o assunto a seguir exposto, que é de suma importância para o setor de restaurantes, bares e similares do país, para os seus empregados, bem como para a comunidade em geral.

No mês passado foi publicada a Lei nº. 11.705/08, que alterou o Código de Trânsito Nacional passando a considerar falta gravíssima dirigir veículos automotores depois da ingestão de qualquer quantidade de álcool.
Esta entidade, consciente de sua responsabilidade, entende que realmente não se pode dirigir alcoolizado, o que é um disparate e coloca em risco a vida do condutor e dos demais transeuntes, devendo esses criminosos serem punidos imediatamente e com o rigor da lei. Todavia, Senhor Diretor, não podemos confundir os infratores do trânsito com o cidadão de bem que com suas famílias e amigos dirigem dentro do limite do razoável, sem perder seus reflexos e sem agir de maneira perigosa, em nada prejudicando sua capacidade de conduzir seus veículos, trabalhar e se divertir.
A aplicação de penalidade a uma pessoa que faz um brinde de aniversário, casamento ou qualquer outro evento social, compartilhando uma taça de champanhe ou um gole de outra bebida, é ato que se apresenta de radicalização aos costumes de um povo alegre e festivo como o brasileiro.
As restrições impostas pela nova lei precisam ser interpretadas ou regulamentadas procedimentalmente, sob contornos razoáveis, bem como de forma compatível com as normas adotadas em outros países com sucesso reconhecido no combate à violência do transito. Para exemplificar, em países como Argentina, Chile, Uruguai, EUA, Inglaterra, França onde o limite legal de concentração de álcool no sangue varia de 0,5 decigramas por litro a 0,8 dg/l. Vê-se, dessa forma, que a Lei brasileira é de total incompatibilidade com exigências e costumes internacionais.
Assim, com a adoção desse tipo de índice de teor alcoólico, a medida cria sérias restrições ao turismo e altos prejuízos diários aos segmentos econômicos representados por esta Federação, com drásticas restrições na comercialização/freqüência em hotéis, bares, restaurantes e boates. O que já está gerando acentuado desemprego e vultosos prejuízos ao setor. A situação se agrava, porque muitos medicamentos contêm álcool, e pessoas doentes em tratamento poderão ser punidas injustamente, como também é do hábito nos restaurantes a preparação de pratos com bebidas, especialmente vinho e cerveja, ingestões que, por certo, não prejudicam a capacidade do condutor.
Como a lei estabelece que cabe ao Poder Executivo regulamentar as exceções da legislação em comento, seria importante que esse respeitável órgão estabelecesse procedimentos relativos à fiscalização, que fossem razoáveis, de modo que seja punido com rigor aquele que abusa do consumo de álcool, apresentando alto teor alcoólico em seu sangue, e que seja aceito a ingestão de quantidade moderada, deixando fora índices inferiores ou tomando como parâmetro, para a punição, somente índices superiores 0,6 dg/l.
Por fim, entendo oportuno relembrar lição do grande filósofo inglês, John Locke: "O fim da lei não é abolir ou restringir, mas preservar e ampliar a liberdade". Que este importante Departamento possa, como de costume, agir com sabedoria e parcimônia, regulamentando bem a questão acima exposta.
Com os nossos cumprimentos, subscrevemo-nos.

Cordialmente,


NORTON LUIZ LENHART
Presidente FNHRBS


Ilmo. Sr.
Dr. ALFREDO PERES DA SILVA
DD. Diretor do DENATRAN
Brasília-DF

Câmbio e turismo: quem ganha e quem perde com o Real valorizado


Câmbio e turismo: quem ganha e quem perde com o Real valorizado

No Brasil, a atividade turística tem expandido e mostrado sua importância em termos de desenvolvimento sócio-econômico regional, nos últimos anos. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), estima-se que no ano de 2010 o número de desembarque mundiais atinja a marca de 1 bilhão. Em 2020 o número de turistas internacionais chegaria a 1,6 bilhão, ou seja, um incremento de 60% nas viagens internacionais em um período de 10 anos. Entre os destinos procurados está incluído o Brasil.

Diferentemente do período entre os anos de 1994 e 1998, quando o câmbio foi fixado pelo governo na paridade R$1,00/US$1,00, o regime adotado hoje pelo Brasil é baseado no câmbio flutuante, onde a taxa de câmbio é determinada pelo mercado. Após adoção do regime de câmbio flutuante, tem-se observado, nos últimos anos, a valorização da moeda nacional frente o dólar. Isso ocorreu devido às políticas baseadas em altas taxas de juros, atraindo um grande volume de moeda estrangeira no mercado de capitais brasileiro, como também o aumento dos investimentos diretos por estrangeiros na economia nacional. Conseqüentemente, esta grande oferta de dólares faz com que a moeda nacional se valorize perante a moeda estrangeira, tornando as viagens internacionais mais baratas ao bolso dos brasileiros.

Evidentemente que a questão cambial influencia e impacta as decisões dos brasileiros quanto a viajar para o exterior ou pelo Brasil. Da mesma forma, para o turista estrangeiro, esta valorização cambial torna mais caro o turismo no Brasil, configurando uma perda de competitividade do País no turismo internacional. Ainda sobre a conseqüência da valorização cambial no turismo, houve um aumento de 60,29% nas despesas internacionais feitas por turistas brasileiros no exterior, no período entre janeiro e maio deste ano, contra o mesmo período do ano passado, totalizando US$ 4.488 milhões, enquanto as receitas cresceram apenas 18,10% no mesmo período, atingindo US$ 2.473 milhões. Estes dados são oficiais, mas exigem uma alerta: a especulação financeira no mercado de câmbio paralelo é atuante nas principais cidades turísticas do Brasil por produzir um grande fluxo de moeda estrangeira e as operações realizadas neste mercado não são contabilizadas no Balanço de Pagamentos. Entretanto, a análise dos dados sugere que o turista brasileiro preferiu viajar para o exterior ao invés de praticar o turismo interno, em razão do câmbio valorizado. Outro dado interessante: nos primeiros cinco meses do ano, o número de desembarques de passageiros em vôos nacionais aumentou apenas 0,42%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o que corrobora a influência do câmbio nas decisões dos brasileiros acerca de viagens.

Como os gastos dos brasileiros no exterior crescem mais rapidamente do que os dos turistas estrangeiros no Brasil, o turismo internacional acaba se tornando uma fonte cada vez mais forte de saídas de dólares, embora seu impacto nas contas externas como um todo seja reduzido.

Dessa forma, grande parte dos empresários ligados ao setor turístico perde a queda de braço travada com o câmbio valorizado, que estimula as viagens internacionais de brasileiros. Pelo princípio básico, quem leva os turistas brasileiros ao exterior ganha com o câmbio valorizado, enquanto o turismo receptivo amarga as conseqüências do dólar fraco. Logo, estabelecimentos como hotéis, bares e restaurantes têm muito a perder com isso. A situação é mais grave no caso específico dos hotéis, já que bares e restaurantes contam com os gastos da população local.

O estado da Bahia, por exemplo, um dos principais destinos turísticos de estrangeiros, tem sentido a perda de turistas internacionais. É o efeito reverso do câmbio valorizado, que torna as viagens de estrangeiros ao Brasil mais onerosas.

Entretanto, as agências e operadoras de turismo se beneficiam deste cenário, reflexo da maior demanda por pacotes turísticos internacionais. Mesmo quem deseja viajar pelo Brasil se rende aos preços mais favoráveis às viagens ao exterior, alterando seu destino inicial. Mas vale destacar que, no ano passado, o mercado doméstico foi afetado também pelo caso Varig e os vôos internacionais, pelo acidente da TAM.

O dólar barato também favorece os cruzeiros marítimos. No passado, fazer viagens em cruzeiros era um privilégio de poucos, mas, atualmente, está muito mais fácil e acessível viajar de navio, dado o crédito farto e o dólar desvalorizado. O mercado de cruzeiros marítimos cresceu bastante e consolidou-se entre os brasileiros. Existem muitas opções de rotas e pacotes turísticos e cruzeiros temáticos oferecidos por inúmeras agências de viagens que agradam a todos os tipos de pessoas e idades. O sucesso dos cruzeiros é tamanho que a demanda tem expandido.

Entre os destinos mais procurados pelos brasileiros no exterior estão os Estados Unidos, em que pese as dificuldades para a obtenção de vistos, Argentina e Chile. Já o Caribe é o local mais procurado pelos cruzeiros.

As entidades brasileiras ligadas ao turismo estão cientes do atual cenário e das limitações que ele impõe, mostrando certa preocupação com a situação. Segundo Janine Pires, presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), o programa “Viaja Mais Melhor Idade” é uma iniciativa que favorece a minimização do impacto do câmbio no turismo interno.

É inegável que o Brasil possui uma infinidade de destinos muito atraentes, não só ao turista estrangeiro, como também ao turista doméstico. A parcela da população que viaja ao exterior, apesar de ter crescido enormemente, ainda é pequena quando comparada à população total. A grande maioria ainda elege passar as férias no País. E é com este grupo de pessoas que o trade turístico deve procurar atender, através de um esforço conjunto, visando à melhoria constante dos seus serviços, abarcando setores chaves, como hotéis, restaurantes, prestadores de serviços em geral, taxistas e, especialmente, o setor público, através da melhoria da infra-estrutura, possibilitando uma melhor estadia ao turista.

Somente o patrimônio histórico e cultural brasileiro já avaliza um bom fluxo de turistas domésticos e estrangeiros. Mas é importante enfatizar que, com ou sem a influência do câmbio, o turismo possui potencial enorme de gerador de divisas, se for tratado como setor de extrema importância econômica, além da social.


Fonte : Ass. Economia FNHRBS
Data : 17-07-08
Marcia Tuna - Jornalista FNHRBS
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Emprego formal no país volta a bater recorde em junho

Criação de vagas com carteira assinada no 1º semestre também foi a maior da história, com 1,36 milhão de postos

O Ministério do Trabalho reviu suas projeções para o desempenho do mercado formal no ano e elevou de 1,8 milhão para 2 milhões de empregos a meta de geração de vagas até dezembro.

A reestimativa foi feita com base no número recorde de criação de postos no primeiro semestre: 1,361 milhão de novas vagas, conforme antecipou a Folha ontem.

O resultado ficou 24,27% acima da melhor marca atingida até então. De janeiro a junho de 2007, foi criado 1,095 milhão de postos. Os dados do mês de junho também animaram o ministro Carlos Lupi (Trabalho) a rever a meta. "Em junho, geramos o maior número de empregos formais da história do Brasil para um único mês."

No mês passado, o mercado formal apresentou saldo positivo de 309.442 vagas. Antes disso, o maior número de geração de empregos em um mês havia sido registrado em abril do ano passado (301.991). O setor que mais colaborou para a boa performance do mercado em junho foi a agricultura (92.580), principalmente por conta das lavouras cafeeiras de Minas Gerais e São Paulo.

As atividades de serviços vieram em seguida, registrando 73.436 novas vagas no mês. O segmento de administração de imóveis e de serviços técnicos de limpeza e vigilância associado ao de alojamento e alimentação foram os que mais impulsionaram a criação de vagas no mês passado.

Na avaliação do ministro, apesar da alta da inflação e do processo de elevação dos juros deflagrado pelo Banco Central, o emprego continuará em forte expansão nos próximos meses. "O aumento da inflação está atingindo o mundo todo. Não é algo que ocorre somente no Brasil e, por isso, os grandes investimentos não são afetados aqui. Eles continuam e geram mais empregos", afirmou Lupi.

Para ele, a dosagem que o BC vem aplicando na elevação da taxa Selic tem se mostrado acertada. O ministro acrescentou ainda que o setor produtivo tem capacidade de atender à demanda interna e externa, pois continua investindo e criando postos. "Se estão empregando, é porque podem produzir mais."

Regiões - O Sudeste foi a região que puxou a alta do emprego no mês passado, com a geração de 194.732 vagas. Somente em São Paulo, foram criados 102.726 postos em junho. Em segundo lugar, aparece o Nordeste, que foi responsável por 39.972 empregos, superando as regiões Sul e Centro-Oeste -tradicionalmente as áreas a ocupar a segunda posição.
Também no acumulado do ano, o Sudeste se destaca entre as regiões e, mais um vez, São Paulo desponta na liderança, com 577.745 postos. Na análise do Ministério do Trabalho, a geração de emprego formal nas áreas metropolitanas foi menor do que a registrada nos municípios do interior, segundo os dados de junho. A influência do ciclo agrícola foi determinante para isso. "Essa notícia é muito boa porque o aumento do emprego no interior evita o êxodo rural e garante mais qualidade de vida", afirma o ministro.

Veículo de Publicação : Jornal Folha de São Paulo – Editoria Dinheiro
Data : 18-07-08

Marcia Tuna - Jornalista FNHRBS
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sexta-feira, 18 de julho de 2008

FHORESP lança seu 1o. Boletim Informatido

A Federação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do Estado de São Paulo criou o seu primeiro boletim informativo, o que denota o início da percepção mais acurada a respeito da importância da internet como elemento de integração e comunicação entre sindicatos, profissionais, entidades e empresas associadas. De fato, não ter presença na internet, ou manter apenas um site institucional é altamente problemático, nesses tempos de globalização, principalmente quando se trata de gerenciar uma categoria desse porte, com tantas interfaces. É gratificante saber que, mesmo que de forma tardia, venhamos a ter um veículo de atualização constante e com periodicidade, para saber mais a respeito da gestão da FHORESP e de suas ações em prol das categorias e sindicatos filiados.
O SINHORES Aparecida e Vale Histórico vai remeter a sua primeira contribuição nas próximas horas, visando contribuir para que a informação se distribua de forma ampla entre seus pares.
Nota: Clique na imagem para ver a mesma ampliada.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

STF vai julgar mérito da ação contra Lei Seca em agosto


O Supremo Tribunal Federal vai decidir em agosto se é constitucional ou não a chamada Lei Seca (Lei 11.705/08), que, dentre outras medidas, restringe totalmente o uso de álcool por motoristas. As informações são da Agência Brasil. A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi impetrada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) na última sexta-feira (4/7).

Despacho preliminar do presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, definiu pelo não julgamento do pedido de liminar e, por conta disso, as partes envolvidas terão ainda dez dias para apresentar mais informações no processo. Depois desse prazo, os autos serão encaminhados para o advogado-geral da União e para o procurador-geral da República, que vão emitir pareceres.

Somente depois do retorno das atividades dos ministros no STF, um relator será indicado para a matéria e, a partir de então, será finalmente apreciada no Plenário do Supremo.

Regulamentação

O Ministério da Saúde deve concluir nessa semana uma relação de medicamentos que contém álcool em sua composição e que podem ser flagrados no teste do bafômetro exigido pela nova Lei 11.705/08.

A relação de medicamentos será usada pelo Conselho Nacional de Trânsito na regulamentação do texto. A partir dela será determinada a tolerância de álcool no sangue para cada caso específico. O Contran ainda não confirmou quando os estudos ficarão prontos.

Senado aprova projeto que pune crimes praticados pela internet

A polícia e a Justiça poderão ter em breve munição jurídica apropriada para lidar com ciberpiratas, disseminadores de vírus, pedófilos e outros praticantes de crimes na área de informática. O Senado aprovou na noite de quarta-feira proposta substitutiva ao projeto de lei da Câmara (PLC 89/2003) que trata dos ilícitos que tragam danos a pessoas, equipamentos, arquivos, dados e informações, em unidades isoladas ou em redes privadas ou públicas de computadores.

A matéria segue agora para a Câmara dos Deputados, casa de origem do projeto, já que este foi modificado. A nova redação foi dada, primeiramente, pelo relator na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o tema foi novamente aprimorado pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Mercadante também negociou com setores do governo e da sociedade as emendas que modificaram o substitutivo já na votação de Plenário.

- Aprovamos um projeto rigoroso contra o crime, mas que garante a liberdade de expressão na internet - conceituou Mercadante.

- Os brasileiros poderão ter com a futura lei um ambiente seguro em que desenvolver suas atividades no campo da informática - afirmou Azeredo.

As emendas aprovadas em Plenário tratam dos temas mais polêmicos, como a pirataria e a ação de pedófilos. O novo texto tipifica o crime de acesso a equipamentos ou redes com a violação da segurança de ambientes que tenham "proteção expressa". Da mesma forma, será considerada criminosa a transferência sem autorização de dados e informações de unidades ou sistemas cujo acesso for restrito e protegido expressamente.

O projeto também considera crime falsificar dados eletrônicos ou documentos públicos e verdadeiros; falsificar dados ou documentos particulares e verdadeiros; criar, divulgar ou manter arquivos com material pornográfico contendo imagens e outras informações envolvendo crianças e adolescentes; praticar o estelionato; capturar senhas de usuários do comércio eletrônico; e divulgar imagens de caráter privativo.

Esteve presente à votação o casal Marco Antônio e Cristina Del'Isola, pais de Maria Cláudia Siqueira Del'Isola, jovem de 19 anos assassinada em 2004. As fotos da perícia realizada no corpo de Maria Cláudia foram divulgadas pela Internet causando grande comoção.

Mercadante explicou que os provedores de Internet serão obrigados a preservar em seu poder, para futuro exame, arquivos requisitados pela Justiça, assim como encaminhar às autoridades judiciais quaisquer denúncias de crimes que lhes forem feitas. No mais, os provedores terão de guardar por três anos os registros de acesso para que se possa saber quem acessou a Internet, em que horário e a partir de qual endereço.

O senador paulista explicou que essas regras foram objeto de discussão com entidades como a Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet (Abranet) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

domingo, 13 de julho de 2008

Brasil e Estados Unidos fecham acordo com reflexos positivos sobre o turismo

No ano de 2007, os índices do turismo americano ficaram aquém das expectativas, com crescimento de 11%, frente um crescimento de 35% no turismo mundial. Com o objetivo de ampliar o turismo americano aos brasileiros, e vice-versa, foi fechado um acordo entre Estados Unidos e Brasil, que prevê uma expansão de quase 50% no número de vôos semanais entre os países. A partir de julho, os vôos semanais entre os dois países totalizarão 154, ante os 105 permitidos antes do acordo.

Mas os EUA não são os únicos beneficiados pelo acordo, fechado em 27 de junho. Um dos pontos estabeleceu que as empresas norte-americanas efetuassem vôos para outros cinco destinos brasileiros previamente escolhidos, como Fortaleza e Curitiba, por exemplo. Além disso, houve a eliminação das cláusulas que limitavam as companhias aéreas a realizar o trecho Brasil-EUA, restringindo a entrada de novas empresas no mercado brasileiro para operar tal trecho.

Esta medida beneficiará o turismo entre os dois países, já que, atualmente, somente a TAM está autorizada a operar o trecho.

As mudanças previstas pelo acordo, que irá facilitar o atendimento da crescente demanda de passageiros entre estes países, serão implantadas por etapas, com prazo máximo para outubro de 2010.

A primeira fase, a ser posta em prática ainda este ano, estabelece que as primeiras 21 novas freqüências semanais sejam destinadas, especificamente, ao nordeste brasileiro. De acordo com o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Ronaldo Serôa Motta, “o acordo coloca o Brasil na rota do turismo mundial”. Motta ainda afirma que o acordo será cumprido de forma gradual para garantir o aumento da concorrência saudável. Nos dois anos seguintes, 2009 e 2010, serão implementados novos 14 vôos semanais a cada ano.

No ano de 2007, os turistas provenientes dos EUA corresponderam a 14% do total de turistas no Brasil, atrás apenas da Argentina (18%). Vale destacar que, conforme estatísticas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o norte-americano é o turista que mais gasta em solo brasileiro, seja para viagem a negócios (US$ 202,80 por dia, em média), seja para viagens a lazer (US$145,10 por dia, em média). Portanto, o acordo abre uma perspectiva mais otimista para os empresários do trade turístico, já que o número de turistas norte-americanos, estes economicamente primordiais para o desenvolvimento do setor, tende a expandir.

ATENÇÃO COM ESTUDANTES






Associação dos Municipíos de Interesse Cultural e Turístico (AMITUR)

amitur.sp@uol.com.br

ATENÇÃO COM ESTUDANTES

Os Formandos em Turismo, os Bacharéis de Turismo e os Técnicos em Turismo, oriundos de nossas Faculdades ou Escolas Técnicas, precisam merecer a atenção das pessoas que tenham qualquer tipo de empreendimento em quaisquer dos vários segmentos do Turismo.

Se é verdade que alguns empresários conseguiram sucesso no setor apenas exercitando-se na prática e com decorrer do tempo, da mesma maneira é verdade que a grande maioria, asim agindo, “deu com os burros n’água”.

Da mesma forma, se é verdade que somente a teoria não é o bastante, o fato é que os nossos jovens estão, cada vez mais, bem preparados para o mercado de trabalho após os referidos cursos.


CONTRATEM BACHARÉIS

É atraso de vida a contratação de qualquer pessoa sem formação especial para trabalhar com turistas. Esse negócio de contratar filho de amigo, ou indicados políticos e assemelhados, nada mais é do que uma demonstração de que o patrão está na idade da pedra.

Nossas escolas formam moças e rapazes altamente habilitados para todos os segmentos do turismo. Todos os anos. Por que, então, não aproveitar essa rapaziada cheia de conhecimentos técnicos e “babando” por uma oportunidade?

E tem mais. Todos aqueles alunos antes do diploma necessitam de um período de estágio. Então, por que não dar a esses estudantes essa oportunidade? Ao mesmo tempo o empresário igualmente estará dando uma oportunidade a si mesmo.

sábado, 12 de julho de 2008

Viaja Mais ainda não decolou



Programa dirigido ao segmento da Melhor Idade tem poucas vendas em Brasília. Mesmo assim, agências apostam no sucesso

Jornal Correio Braziliense

Lançado em setembro de 2007, o programa do governo Viaja Mais Melhor Idade Turismo ainda não conseguiu cativar o público brasiliense. Apesar de possuir um ótimo propósito, que é fomentar o turismo na época de baixa temporada e estimular que idosos e aposentados viagem mais pelo país, o programa não conseguiu alcançar um número expressivo de vendas na capital federal. Das 12 agências de turismo procuradas pelo Correio, apenas duas conseguiram negociar pacotes da iniciativa do governo. A Cays Turismo admite que vendeu "alguns pacotes no ano passado" e a Lago Sul Turismo declara que as "vendas foram mínimas". Um levantamento foi solicitado à operadora responsável pelo Viaja Mais em Brasília para saber o número exato de pacotes vendidos em Brasília, mas o pedido não foi atendido. As agências que responderam à reportagem foram: Abrolhos Turismo, Buriti Turismo, Cays Turismo, Clan Turismo, Everest Turismo, Fly Club In, Jovem Turismo, Lago Sul Turismo, Mykonos Turismo, Santiago Turismo, Téneré Tour e VB Turismo. Todas elas estão credenciadas no programa.

A maior parte das agências confirmou que a procura existe. Mas os idosos têm preferido fechar com os pacotes tradicionais. Vários motivos diferentes são apontados para tal escolha e a falta de divulgação é um deles. "Falta fazer uma campanha para conscientizar os idosos de que eles devem aproveitar, viajar. Eles também devem entender os benefícios de ir pelo programa, que às vezes sai um pouco menos em conta, mas traz serviços especializados para essa faixa etária", explica Anne Araújo, diretora da Clan Turismo. Magali Souto, vendedora da Abrolhos Turismo é um pouco mais dura. "Acho a divulgação feita pelo governo muito fraca. A propaganda não explica direito o programa, é muito superficial", conta.

Outro aspecto destacado pelos representantes das agências é que muitas vezes os pacotes do Viaja Mais Melhor Idade acabam saindo mais caros que os pacotes normais. "Com as promoções de passagens feitas pelas companhias aéreas, os pacotes tradicionais acabam saindo mais em conta. Uma solução seria o governo fazer uma parceria com essas companhias", sugere Marcus Vinícius Szrvineck, emissor da Jovem Turismo.

Eneida Siade, gerente da Cays Turismo, agência que chegou a vender alguns pacotes no ano passado lembra que muitas vezes os clientes têm Bancorbrás e acabam ganhando diárias, o que deixa os pacotes tradicionais mais baratos também. Valquíria Almeida, gerente da Buriti Turismo, ainda não viu "uma vantagem real nos preços do programa". A gerente ainda destaca que o financiamento dos pacotes é feito com juros, o que, segundo ela, é "sem sentido" já que todos os outros pacotes podem ser parcelados. Valquíria ainda vê mais problemas. "Os pacotes são pré-determinados, não é o cliente que escolhe quando quer ir e quanto tempo quer ficar. E o item de que os acompanhantes devem ser maiores de 16 anos também atrapalha na hora de fechar negócio", explica.

Somente uma das agências afirma não ter recebido treinamento ao fazer o credenciamento. "A agência se credenciou logo que o programa começou. Mas não houve nenhum treinamento. Eu não sei quais são as vantagens do Viaja Mais. Acho que falta informação para as agências", conta Tatiane Andrade, emissora da Everest Turismo.

Apesar das reclamações, a maior parte das agências está otimista em relação ao programa. Se as falhas forem solucionadas, ele tem uma grande chance de obter sucesso. "Acho o programa muito bom. Estamos plantando uma sementinha para que pessoas nessa idade comecem a viajar. Só falta fazer uma conscientização eficiente com eles", conta Anne Araújo da Clan Turismo. Já Magali, da Abrolhos Turismo, acha que se o programa for melhor divulgado, ele dá certo. "O número de clientes aposentados é grande, eles já possuem uma estabilidade financeira e tempo. Se divulgarem melhor o Viaja Mais, ele vai ser bem sucedido", declara. Suzana Pereira, da Téneré Turismo, agência que havia se credenciado a menos de um mês no programa também acha que ele veio para ficar. "O Viaja Mais é uma iniciativa muito boa. Estamos apostando muito nele, por isso nos credenciamos", finaliza.

Falta segurança - O secretário nacional de políticas do Ministério do Turismo Airton Pereira acredita que criar uma cultura de viagem na melhor idade é o maior desafio do programa. "Criar essa cultura de viagem leva tempo. No Chile, país que tem programa semelhante no qual nos baseamos muito, foram precisos dois anos para atingir 32 mil pacotes", explica. Segundo o secretário, é preciso criar uma segurança de viajar no idoso. "Muitos idosos têm medo de viajar sozinhos, porque não existe muita estrutura para eles. Mas o Viaja Mais, além de criar essa estrutura, tem preço e condições de pagamento que também facilitam", declara.

O Ministério do Turismo lançou, em abril deste ano, o Viaja Mais Melhor Idade Hospedagem, em que os hotéis cadastrados oferecem 50% de desconto aos idosos. Com essa nova vertente do programa é possível driblar o problema das promoções de passagens aéreas. "O Viaja Mais Hospedagem é para aquele tipo de turista que já possui milhas, que quer viajar de carro ou que conseguiu comprar passagem aérea em promoção. E ainda poderá contar com os 50% de desconto dos mais de 1500 hotéis do programa", afirma Pereira.

Quanto à publicidade, o secretário afirma que o Governo está fazendo sua parte do acordo. "O combinado com as operadoras é que nós faremos a parte institucional da divulgação e elas fariam uma campanha complementar. Estamos fazendo a nossa parte." Ele ainda lembra que as pessoas costumam achar que só existe propaganda na televisão. "Quando passa na TV a visibilidade é maior, mas nós nunca paramos de fazer divulgação. Temos um telemarketing e o número de acessos no site continua grande", declara.

Airton Pereira ainda destaca que o principal é "lançar a idéia de um turismo voltado para a terceira idade". "Em pouco tempo vão surgir ofertas da livre iniciativa, para esse segmento, que ultrapassam o programa. Vi uma promoção da WebJet voltada para essa faixa etária. A cidade de Gramado vai lançar um evento específico para eles também", conta. E o fato do Viaja Mais incentivar as saídas em baixa temporada, segundo Pereira, dá maior estabilidade aos funcionários. "Assim, um funcionário contratado para a alta temporada consegue manter o emprego depois."

Proposta aumenta juros do FGTS para 6% ao ano


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 3381/08, apresentado pelo deputado Filipe Pereira (PSC-RJ), que aumenta de 3% para 6% ao ano os juros das contas vinculadas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo o autor, a inflação e os planos econômicos corroeram o saldo das contas do FGTS nos últimos 40 anos. Ele explica que pesquisas realizadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) têm demonstrado que a correção monetária dos saldos das contas vinculadas dos trabalhadores foi incapaz de manter o valor real do dinheiro depositado pelo empregador em benefício futuro do empregado. Pereira observa ainda que as contas vinculadas do FGTS têm uma taxa de rendimento inferior às demais aplicações financeiras.


Tramitação

A matéria, que tramita em caráter conclusivo, será examinada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Entidades realizam sabatina com os candidatos a prefeito de Taubaté

O Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), com o apoio da Associação Comercial e Industrial de Taubaté (ACIT) e da Associação das Construtoras, Imobiliárias e Serviços Correlatos (Acist), promovem de 14 a 18 de julho a 1ª sabatina aos candidatos à prefeitura da cidade.

A cada dia, os candidatos poderão expor as ações do plano de governo que fomentem o setor industrial, comercial e de prestação de serviço do município. Os participantes também poderão elaborar perguntas aos prefeituráveis de acordo com os temas pré-estabelecidos.

O primeiro a responder as questões sobre incentivos fiscais e infra-estrutura será Ortiz Júnior (PSDB), na segunda-feira, 14. Na quarta-feira, 16, será a vez do candidato Padre Afonso Lobato (PV) participar do evento. Os candidatos Roberto Peixoto (PMDB) e Fernando Borges (PSOL) ainda não confirmaram suas participações.

O evento será realizado no Gávea Hotel, na Avenida Juscelino Kubitscheck de Oliveira, 380, no Centro, a partir das 19h. A sabatina terá duas horas de duração e a participação do público será restrita aos convidados das entidades organizadoras. Mais informações pelo telefone (12) 3632-4877.

Rio ganhará 17 novos hotéis, dez na Barra da Tijuca



Panrotas – 11-07-08

A ABIH-RJ fez um levantamento dos novos empreendimentos hoteleiros que o Rio de Janeiro deve ganhar nos próximos anos. No estudo constam apenas os nomes das construtoras, mas não quais redes hoteleiras vão operá-los. Alguns ainda estão em fase de licenciamento. Na lista da ABIH-RJ constam 17 empreendimentos, sendo dez na Barra da Tijuca (sete na orla) e cinco em Copacabana. A planilha mostra ainda dois hotéis a serem construídos em Niterói e um no Recreio dos Bandeirantes.

Cama e Café (RJ) busca aumento de 30% com novo site em inglês

Cama e Cafe Contato Central de Reservas






Hôtelier News – 11-07-08

A rede Cama e Café busca aumentar em 30% as vendas direcionadas ao público estrangeiro com a implantação do site mais atualizado com fotos e informações completas em inglês. "Nosso principal mercado é o inglês, seguido pelo alemão, francês e italiano", destaca Leonardo Rangel, um dos diretores da rede.

O projeto de ampliação da idéia bed and breakfast até Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro, foi adiado para que o padrão seja mantido. "O período é de muito movimento no destino, o que dificultaria nossa escolha", explica Rangel.

Serviço : www.camaecafe.com.br

Aprovação da LGT no Senado beneficia agência de receptivo e organizadoras de eventos

Ascom Dep. Otávio Leite – 11-07-08

A aprovação, nesta quarta-feira (9), pelo Senado da Lei Geral do Turismo (Projeto de Lei nº 114/08 da Câmara) consolida uma vitória histórica para o setor de receptivo: a aceitação da emenda de autoria do deputado Otavio Leite (PSDB/RJ) que classifica o turismo receptivo como atividade econômica exportadora -- única emenda admitida ao projeto pelo relator da matéria, o senador Adelmir Santana (DEM-DF).

Outras pequenas modificações na Lei propostas por Leite também vão trazer grandes benefícios a alguns setores específicos, como é o caso da empresas organizadoras de evento. A LGT estabelece que o preço cobrado por essas empresas passe a ser o valor cobrado pelos serviços de organização, a comissão recebida pela intermediação na captação de recursos financeiros para a realização do evento e a taxa de administração referente à contratação de serviços de terceiro. Essa modificação vai desonerar o setor que será tributado apenas sob o que retém. Para o receptivo internacional, a emenda possibilitará que as empresas do setor recebam benefícios fiscais, linhas de crédito e financiamentos oficiais em órgãos, bancos e agências públicas de fomento à exportação. Entre os beneficiados estão hotéis, agências de turismo e organizadoras e administradoras de feiras, eventos e congressos. Segundo o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), a lógica de classificar o turismo receptivo como atividade exportadora é a de que a atividade traz moedas estrangeiras para o Brasil, seja em forma de venda de mercadorias, seja com a atração de turistas. "Todos os agentes econômicos que trazem turistas precisam ter um tratamento tributário, fiscal e também de financiamento, enfim, tudo isso de forma especial, de forma a estimulá-los a ampliar as suas atividades", ressaltou.

Receptivo: financiamento do BNDES - Dentro deste mesmo raciocínio, o deputado também incluiu uma emenda na Medida Provisória 429/08 que cria o Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN) que vai beneficiar diretamente o turismo receptivo. A MP também muda regras para estimular a exportação, principalmente das micro e pequenas empresas, e permite ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criar subsidiárias no exterior para melhorar o trabalho de estímulo à exportação.

O texto aprovado com a emenda ainda autoriza o BNDES a financiar empreendimentos e projetos destinados à produção ou comercialização de bens e serviços para exportação e inclui as atividades desenvolvidas por agências que trabalham com turismo receptivo internacional. Os recursos serão repassados, em até 20%, pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e os financiamentos vão envolver apenas operações internacionais negociadas em dólar ou euro. "Finalmente, em função do texto que aprovamos, as portas do BNDES terão que ficar abertas para financiar projetos de captação de turistas. Acho que é uma grande vitória para o nosso trade", destaca o deputado Otavio Leite. Essa MP ainda será avaliado pelo Senado. A LGT também voltará para Câmara para aprovação final.