sexta-feira, 18 de maio de 2007

A Sorte está Lançada

O Papa veio. E o Papa foi. Embora tenha sido uma curta passagem, a visita de S.S. Bento XVI teve um significado importante para o Brasil, para São Paulo e particularmente para nós, em Aparecida e Vale Histórico. Momentos especialmente marcantes foram vividos em nossa região pelo Sumo Pontífice, que certamente guardará excelentes lembranças do calor humano e das manifestações de carinho e amor vividos aqui. Independente de qualquer coisa, foi um evento global coroado de sucesso.
Mas, e agora? Que lições podemos tirar de tudo isso? Qual a leitura dessa experiência?
Em primeiro lugar, segundo o nosso ponto de vista, ficou claro que uma nova gama de oportunidades se abrirá com as mudanças inevitáveis que acontecerão. Para os menos avisados, isso poderá significar o prelúdio de uma crise, mas para os que se situarem de maneira inovadora, será um grande momento.
E isso porque estamos vendo uma transição acontecer de maneira concreta, sistemática e inevitável. O modelo de negócios de Aparecida, seja para a rede de hotéis e restaurantes, seja para os lojistas e comerciantes em geral, baseia-se no fato de que o nosso turista - o Romeiro - vem a Aparecida de qualquer forma, na medida em que sua motivação é de caráter religioso e sua satisfação é estar na Capital da Fé brasileira. Adapta-se a condições particulares de oferta de acomodação que dispomos e tem um estilo de negociação que está consolidado entre as partes, depois de acomodações feitas ao longo do tempo. É bem verdade que mesmo o Romeiro que conhecemos, já não é mais o mesmo, porque vem tornando-se mais exigente, mais seletivo e quer mais pelo valor que paga. Isso vem se refletindo nos serviços da cidade ao longo dos anos, com melhorias substanciais na qualidade.
No entanto, o que teremos a partir dos eventos de Maio de 2007 é o aporte de um novo cliente, de um tipo de visitante que vem de outros países, movido pelo interesse em conhecer os ícones da peregrinação religiosa mundial, encabeçados pelo maior Santuário Mariano do Mundo, o Santuário Nacional de Aparecida. De um cliente que paga em Euros ou Dólares, que fala Inglês ou Espanhol, que quer um tipo de atendimento hospitaleiro e profissinal por parte dos agentes do setor. Virão pessoas que querem se hospedar em quartos e não em leitos. Que querem saborear comida típica e não apenas uma refeição robusta. Enfim, que vem viver a experiência espiritual da Fé, sem esquecer das necessidades do corpo.
Esse tipo de hóspede vai buscar onde se ficar em agências de viagem ou na internet, porque não virá para negociar sua hospedagem na porta do hotel. E se não encontrar o que procura, vai buscar o que quer em outra região, outra cidade.
Portanto, repensar a estrutura de vendas passa a ser fundamental para alcançarmos esse novo nicho. E mais importante ainda, será proporcionarmos o "momento mágico" quando da estada desse visitante em nossa região, tendo em conta que são formadores de opinião e irão propagar a experiência em sua rede de relacionamentos, que em geral é bastante grande. Falamos nos dias de hoje de uma visitação anual na ordem de 8 milhões de visitantes somente a Aparecida, mas é claro que fatos como a Canonização do Santo Antonio de Santana Galvão e todas as demais iniciativas regionais trarão um número bastante superior de pessoas ao Vale Histórico, e sem medo de errar, podemos estimar que, em poucos anos, podermos falar em 10 milhões ou 12 milhões de visitantes ano.
Ora, isso vai requerer de todos nós um esforço de adaptação e uma mudança de comportamento, porque se o nosso tradicional Romeiro vai continuar nos visitando nos moldes conhecidos, certamente um número igual ou superior de pessoas vai buscar o diferencial que garanta qualidade, conforto e segurança a sua estada. E a sorte vai estar ao lado dos que estiverem dispostos a desenvolver serviços e produtos adequados para esses novos tempos.

Definitivamente, a sorte está lançada.

Ernesto Elache
Presidente
Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Aparecida e Vale Histórico

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Empresas criam linha direta de ônibus entre igrejas de São Paulo e Aparecida


Serviço vai custar R$ 70,00, com opção de visita à casa de Frei Galvão.
Para conquistar romeiros, ônibus terão adesivos temáticos e serviços extras

Uma parceria entre o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida e empresas ligadas ao turismo vai oferecer uma alternativa para romeiros que desejam visitar Aparecida, a 167 km de São Paulo. A partir de sábado (19), o turismo religioso no Vale do Paraíba terá o reforço de uma linha diária de ônibus entre igrejas de São Paulo e o templo mariano.


De olho no público da terceira idade, o serviço começa a funcionar no sábado com cinco ônibus, que sairão entre 7h e 8h, passando por cinco igrejas de São Paulo: Igreja São Judas, Igreja Santa Cruz, Igreja do Perpétuo Socorro, Igreja de Santa Cecília e Igreja da Sé.

Os ônibus terão adesivos com a imagem de Nossa Senhora Aparecida e da Basílica Nacional, guias especializados, toilette, ar condicionado e 36 lugares. De acordo com os idealizadores do projeto, o serviço é reflexo do aumento de vistação ao templo mariano e também no interesse despertado pela canonização de Frei Galvão.

"Isso tudo surgiu de uma conversa informal com Dom Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, que falava que muitas pessoas tinham interesse em visitar a cidade, mas tinham dificuldade de chegar ao Santuário", disse Patrick Titgadt, diretor da agência de turismo Megtur.

Além do Santuário, os romeiros terão opção de incluir uma visita à casa de Frei Galvão, em Guaratinguetá, a 176 km de São Paulo. O serviço, batizado de "O Caminho de Aparecida", prevê a chegada para a missa do meio-dia na Basílica. A visita opcional à casa de Frei Galvão pode ocorrer no período da tarde. A volta para São Paulo ocorrerá às 16h30.

O custo total da viagem será de R$ 70 e os fiéis podem fazer a compra nas paróquias credenciadas ou pelo telefone (11) 2138-6070. O opcional com passagem pelo Museu de Frei Galvão custa mais R$ 9.

Pesquisa sobre Empreendedorismo

Pesquisa sobre Empreendedorismo: Global Entrepreneurship Monitor - GEM/2006


A Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) utilizada para medir as taxas de
empreendedorismo mundial, foi apresentada pelo Sebrae e Instituto
Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), no último
mês de Abril.


Os dados revelam que a principal mudança no cenário empreendedor brasileiro, foi
o número de empresas estabelecidas de forma consolidada no
País. O percentual delas tem crescido regularmente, de 7,6%, em
2003, para 12,9% em 2006 (ou 14,2 milhões de empreendimentos).


Esse crescimento percentual de empresas estabilizadas traduz uma melhoria nas
condições de sobrevivência dos empreendimentos no
País. No ranking mundial, o Brasil está em 5º lugar
no número de empreendedores estabelecidos, mantendo a mesma
colocação de 2005.



"Pela primeira vez no Brasil, o número dos empreendedores estabelecidos superou o de
empreendedores iniciantes. A pesquisa assinala que esse ineditismo
sugere um ambiente mais propício ao negócio
próprio, que ela (a pesquisa) atribui à estabilidade
econômica. Se realmente se confirmar esta tendência,
podemos somar a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas à
estabilidade econômica já alcançada como outro
fator para consolidar um clima favorável ao surgimento e
manutenção de novas empresas - este sim um ingrediente
certo e não apenas uma tendência", afirma o presidente do
Sebrae, Paulo Okamotto.



Cultura e política


O brasileiro adulto tem uma mentalidade empreendedora bastante
desenvolvida. Esse foi outro aspecto favorável ao Brasil
demonstrado na pesquisa. Constatou-se que, direta ou indiretamente, a
atividade empreendedora faz parte da vida cotidiana do brasileiro:
quase a metade da população conhece alguém que
montou uma empresa nova nos dois últimos anos.


A pesquisa GEM também identifica e distingue em cada país
que participa do estudo, um conjunto de "Condições
Nacionais que Afetam o Empreendedorismo". Entre essas
condições está a "Atual Política relativa
ao Empreendedorismo". Nela é analisado até que ponto as
políticas governamentais regionais e nacionais, refletidas ou
aplicadas em termos de tributos e regulamentações,
são neutras ou encorajam ou não o surgimento de novos
empreendimentos.



No Brasil essa condição recebeu destaque com a nova Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, sancionada
pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
em 14 de dezembro de 2006 e que passou a ter vigência no dia
seguinte em todo o País - exceto o capítulo
tributário, que passará a vigorar em 1º de julho
deste ano.



A Lei Geral traz diversos benefícios para o micro e pequeno empreendimento, como o estímulo ao seu
estabelecimento e desenvolvimento, por meio da redução de
exigências burocráticas e da criação de um
sistema tributário diferenciado e simplificado favorável
ao segmento. Entre outras vantagens, a Lei ainda implementará
uma base de dados de informação única e integrada
e um sistema único de coleta de impostos, pelo qual as receitas
são automaticamente transferidas à União, estados
e municípios.



"A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas permitirá aos empreendedores conduzir melhor seus
negócios, simplificando a tomada de decisões sobre os
processos administrativos, fiscais e tributários que envolvem a
gestão de uma empresa, e isso basicamente devido à
redução expressiva das exigências que dificultam o
ato de empreender no Brasil", afirma o diretor-presidente do IBQP,
Carlos Artur Krüger Passos.



Ranking mundial



A pesquisa mostra que o Brasil é o décimo país com o
maior número de pessoas que abrem negócios no mundo.
São cerca de 13,7 milhões de empreendedores iniciais (que
estão em fase de implantação do negócio ou
que já o mantêm por até 42 meses). Eles
correspondem a 11,65% da população adulta de 118
milhões de brasileiros com 18 a
64 anos de idade. O País passou de 7º colocado no ranking
em 2005 para 10º em 2006, o que pode ser explicado pela entrada de
novos países no consórcio GEM apresentando taxas
superiores às brasileiras, como por exemplo, Uruguai, Filipinas,
Colômbia.



A pesquisa GEM trabalha com duas categorias
para montar o ranking mundial. Uma delas é a taxa de
empreendedores em estágio inicial, medida a partir da pesquisa
com a população adulta (18 a
64 anos) que está ativamente envolvida na criação
de novos empreendimentos ou à frente de empreendimentos com
até três anos e meio. A outra categoria é a de
empresas estabelecidas há mais de três anos e meio (42
meses).



Na categoria de empreendedores iniciais, os
países mais empreendedores são Peru (40,15%),
Colômbia (22,48%), Filipinas (20,44%), Jamaica (20,32%),
Indonésia (19,28%), China (16,19%), Tailândia (15,20%),
Uruguai (12,56%) e Austrália (11,96%). Já os cinco
países menos empreendedores são Emirados Árabes
(3,74%), Itália (3,47), Suécia (3,45%), Japão
(2,90%) e Bélgica (2,73%).



Empresas estabelecidas



Os
países que saem na frente na categoria de empresas estabelecidas
são Filipinas (19,72%), Indonésia (17,62%),
Tailândia (17, 42%), Peru (12,37%) e Brasil (12,09%), desbancando
países como China (8,98%), Estados Unidos (5,42%) e Japão
(4,76%).









Desde 2005, o GEM tem analisado também países em dois grupos
segundo o Produto Interno Bruto (PIB) per capita: são os
países de renda média e os de renda alta. Esse aspecto
é considerado pela paridade de poder de compra. Por essa
análise, constatou-se que as taxas de empreendedorismo inicial
tendem a ser mais altas nos países de renda média, devido
a diversos fatores como perfil demográfico e valores culturais,
por exemplo. A taxa de empreendedores em estágio inicial
é relativamente menor nos países de alta renda, de modo
especial nos países da União Européia e no
Japão.





Motivação x necessidade



Como na edição passada da pesquisa, o GEM também
diferenciou os empreendedores em função de sua
motivação para desenvolver um negócio
próprio. O objetivo é verificar se as iniciativas
empreendedoras decorrem de oportunidades de negócios ou se
estão relacionadas à falta de opções no
mercado de trabalho. Tem-se, portanto, as taxas de empreendedorismo por
oportunidade e por necessidade.



Quanto a essa classificação, no Brasil os números permanecem
iguais aos de 2005. No empreendedorismo por oportunidade, o País
manteve a taxa de 6% (7 milhões de iniciativas); no ranking
mundial, porém, o Brasil foi da 15ª posição
para a 20ª.



No empreendedorismo por necessidade, houve uma pequena variação: em 2005, a
taxa era de 5,3% e passou para 5,6% em 2006 (6,5 milhões de
iniciativas). No ranking, o Brasil passou de 4º para 6º
colocado. Proporcionalmente, é possível dizer que no
Brasil, para cada indivíduo que empreende por oportunidade,
existe outro que o faz por necessidade.



Metodologia



Criado em 1999, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é o maior
estudo independente do mundo sobre a atividade empreendedora,
abrangendo mais de 50 países consorciados, o que representa 90%
do PIB e 2/3 da população mundial. O GEM é
atualmente coordenado pela London Business School (Inglaterra) e Babson
College (Estados Unidos).



No Brasil, desde 2000, o GEM vem se consolidando como uma importante referência para as iniciativas
relacionadas ao empreendedorismo. O projeto é liderado no
País pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade
(IBQP), que coordena e executa o GEM, tendo como parceiros o Sebrae
Nacional, a Federação das Indústrias do Estado do
Paraná (Sistema Fiep), a Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUC/PR) e o Centro
Universitário Positivo (Unicenp).



Para compor a pesquisa no Brasil, em 2006, foram entrevistados dois mil indivíduos com idades entre 18 a
64 anos de todas as regiões do País, selecionados
aleatoriamente. A pesquisa, que tem nível de confiança de
95% e margem de erro amostral de 1,47%, conta ainda com opiniões
de 37 especialistas brasileiros.



Nesta edição, 42 países participaram da pesquisa. São países da
Europa, Américas (cinco da América do Sul), Ásia,
África e Oceania. Oito países participaram pela primeira
vez neste ciclo da pesquisa GEM: República Tcheca Turquia,
Colômbia, Uruguai, Emirados Árabes, Filipinas,
Indonésia e Malásia.



Fonte: ASN - Assessor de Imprensa do Sebrae Nacional - Alessandro Soares

Assessora de Imprensa do IBQP - Maria Júlia

Um toque sutil: Como fazer um restaurante de sucesso?





A receita pode ser até a mesma, mas os pratos certamente não saem iguais. Dependem da combinação de ingredientes extras como conhecimento, prática e criatividade na culinária. E o mais importante: vocação para cozinhar. Esse é o principal quesito para atuar em um mercado que corresponde a 2,4% do PIB brasileiro e congrega cerca de um milhão de empresas, gerando seis milhões de empregos diretos em todo o país. A gastronomia é um ramo que não comporta mais aventureiros. Cresce de maneiras diferentes dependendo da localidade, mas em todas elas a busca é por aperfeiçoamento contínuo, profissionalizar-se para sobreviver. Somente assim é possível alcançar resultados e fidelizar os clientes.



O consumidor é o responsável pela árdua disputa nesse mercado. O hábito da alimentação fora de casa já representa 26% dos gastos dos brasileiros com alimentos, conforme dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), entidade presente em 24 Estados, que tem como missão promover essa área no país.



A exigência, para a grande maioria, é ser bem atendido e comer bem. "Os empreendedores devem investir na elaboração de cardápios atraentes, com impressão em outras línguas como inglês e espanhol, na diversificação para atender a uma gama nova de clientes que chegam ao mercado, como idosos, diabéticos e pessoas com restrições ao glúten, e outras particularidades, por exemplo, oferecer a possibilidade de um alimento mais natural, com produtos orgânicos", diz Paulo Solmucci Júnior, presidente da Abrasel nacional.



Para se destacar nesse mercado, empreendedores põem em ação estratégias que tenham o consumidor como alvo:



- Um bom atendimento é essencial para o sucesso do negócio;



- A qualidade dos alimentos servidos é consensual e indiscutível, sob risco de fechar as portas do bar ou restaurante;



- Também é importante elevar o padrão da apresentação dos pratos e sempre que possível oferecer novidades gastronômicas. Atualmente, há maior facilidade em encontrar fornecedores especializados para adquirir ingredientes e criar novas receitas, simples ou sofisticadas.



Nas capitais, mais do que em outros lugares, existe muita variedade dos itens em alimentação disponíveis nas gôndolas de supermercados, por exemplo. "É preciso investir cada vez mais na capacitação de sua equipe para oferecer serviços de qualidade a seus clientes, sem esquecer também dos investimentos na qualificação para o alimento seguro (que não oferece perigos à saúde e à integridade do consumidor)."



Sabor Brasil



O cliente se ganha nos detalhes, e na valorização e promoção da gastronomia. Esse é o objetivo da Abrasel, Ministério do Turismo e Sebrae, que se uniram em torno do programa Movimento Brasil Sabor.



O programa possui uma série de iniciativas que têm como foco a profissionalização do setor de alimentação fora do lar, começando pela qualificação para o alimento seguro, gestão e excelência em atendimento. Uma delas, o Programa Qualidade na Mesa (PQNM), realiza cursos de boas práticas e de Multiplicador no Local de Trabalho (MLT), uma metodologia nova para impulsionar o atendimento. "Esse programa qualifica os profissionais e contribui de forma significativa para que os empreendimentos que passam pelos treinamentos possam ocupar um lugar diferenciado no mercado", diz Solmucci.



Mas o carro-chefe do programa é o festival Brasil Sabor, que cria oportunidade para empreendedores apresentarem toda a qualidade de seus serviços aos clientes. "É, sem dúvida, uma grande ação de promoção da gastronomia, do setor e dos restaurantes participantes, pela visibilidade e projeção que ele proporciona. O sucesso do festival é tão grande, que muitos restaurantes incorporam o prato do evento em seus cardápios", diz o presidente da Abrasel. O evento contribui para divulgar a culinária regional e promover a imagem da gastronomia brasileira no exterior.



Para o Brasil Sabor 2007, que está ocorrendo no período de 17 de abril a 20 de maio, a meta é dobrar o número de participantes e de cidades envolvidas. "O Brasil Sabor é uma ação de extrema importância para demonstrar que, além de seus belos roteiros turísticos e de sua valiosa cultura, o Brasil possui uma riqueza de dar água na boca: a gastronomia."



A importância da gastronomia no "trade" do turismo



O mercado de gastronomia é um prato cheio para outros nichos como o de eventos e  do turismo. "A gastronomia brasileira é muito rica e diversificada e é, sem dúvida, um forte instrumento para estimular estas áreas no país". O estudo "Economia do Turismo: Análise das Atividades Características de Turismo", do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprova essa vocação para fomentar o empreendedorismo. Das 81 prestadoras de serviço no turismo, 49% são empresas de alimentação. Esse nicho também é responsável por 31,18% da receita operacional líquida do turismo.



"França, Espanha, Itália e, mais recentemente, Japão e México já estão apostando de forma consistente no setor de alimentação fora do lar como instrumento para impulsionar as áreas de turismo e economia, com resultados excelentes." Diante dessa realidade, não há nenhum ingrediente exótico e de difícil acesso para aprimorar ainda mais a gastronomia brasileira. O cliente está na mesa, à espera, e com muita fome.



Gostar de cozinhar passou de divertimento para uma rede de restaurantes



A melhor receita de Sergio Arno é combinar gastronomia e negócios. Filho de Ana Maria Ferraz de Oliveira Dias e Carlos Arno, empreendedor bem-sucedido no ramo de eletrodomésticos, ele encontrou na culinária a sua vocação. Nunca precisou de um motivo, de uma razão específica, sempre teve prazer em cozinhar. Por gostar e ter aptidão na arte de preparar alimentos, é considerado um dos cinco melhores chefs do mundo em culinária italiana. Em 2001, abriu a rede de restaurantes La Pasta Gialla, franquia com nove unidades em São Paulo e outras três no Paraná, Pernambuco e Alagoas.



Começou a cozinhar com sete anos, ajudando sua mãe em casa. Aos 12, ele já fazia sozinho os primeiros pratos, receitas mais simples como molhos para saladas e arroz. Na adolescência, tinha muita dificuldade de concentração e acabava tirando notas baixas na escola. Por não ser um bom aluno, conforme os padrões educacionais da época, o pai propôs que ele fosse trabalhar na fábrica, montando enceradeira e outros eletrodomésticos. Mas nunca sofreu pressão da família para seguir carreira na empresa. "A pressão era justamente ao contrário, para não ficar. Era para cada um se virar sozinho na vida e não depender de ninguém", diz Arno. Cozinhar sempre foi o que melhor sabia e gostava de fazer.



Mais tarde, conheceu a italiana Maria Graça, que se tornou sua namorada e depois sua esposa. Foi com a mãe dela que começou a se interessar pela gastronomia daquele país. Foi morar na Itália e, para se manter, trabalhou numa subsidiária da Pirelli; sua função era carregador de pneus, ajudava a transportá-los até os caminhões. O tempo que passou no país, aproveitou para aprimorar sua técnica e conhecimento na gastronomia. Foi estagiário de um restaurante e lá começou a cozinhar profissionalmente. "Tive que aprender na prática e ler muito. São mais de 15 mil livros lidos."



Em 1987, voltou ao Brasil com muita vontade de abrir o próprio negócio na área. Como andava sem dinheiro, pediu emprestado ao pai para poder se tornar sócio de um restaurante. Mas seu pai lhe fez uma proposta: fazer dois jantares; caso aprovasse o seu desempenho, ele emprestaria, era essa a condição. Mesmo achando apenas regular, financiou o filho, mas com uma quantia que mal deu para adquirir as panelas. O empreendimento recém-inaugurado começou a fazer sucesso, mas também dava bastante trabalho.



De início, tinha que fazer tudo, manobrar carros, recepcionar os clientes e atendê-los nas mesas, cozinhar e fechar as contas. Após uma semana, já esgotado e sem dormir direito, pensou em fechar o restaurante.



Porém, a paixão pelo empreendimento fez com que continuasse a colocar em prática sua aptidão. Depois desse restaurante, montou ainda mais três empresas na área, a mais recente, La Pasta Gialla, tem no cardápio massas e bruschettas como pratos principais.



"Existe muita concorrência em todo o ramo de alimentação, e em cada segmento é necessário atuar de maneira diferente, dependendo do público, mas todos os meus empreendimentos têm algo em comum, que é a paixão pelo negócio", diz. Na sua avaliação, é preciso saber cozinhar e gerenciar, não uma ou outra, mas aliar as duas coisas. "Não tratar o negócio como se fosse um investimento qualquer ou, como muitas pessoas fazem, sobrou um dinheiro, abrem um restaurante porque acham legal, isso não cabe mais hoje em dia."



A rede tem crescimento de 9% ao ano, e o plano de expansão para 2007 é abrir cinco novos restaurantes. "A filosofia é igual para todas as unidades, e o cardápio é exatamente o mesmo, exceto alguns pratos mais regionais nos quais não interferimos", diz.  "A receita é essa, tem dado certo, e temos feito bons negócios." Eleita a Melhor Cantina da Cidade de São Paulo por dois anos consecutivos, 2003 e 2004, na Revista Gula, também recebeu o prêmio de Melhor dos Melhores Gula 2005.



"O prêmio é maravilhoso, mas não cozinho para ganhar, gosto de cozinhar e acho que as pessoas têm que comer bem. O objetivo é fazer o cliente feliz e valorizar a culinária." Para despertar a vocação de cozinhar em outras pessoas, Arno escreveu dois livros de culinária. O primeiro em 1990, La Vecchia Cucina, A Cozinha Renovada, e, em 1999, A Cozinha do Amor e da Paixão. "Esse é um dos poucos ramos que se tem de fazer com amor, senão é melhor desistir e fazer outra coisa." Tem que ter dom.



Pratos típicos de países diferentes podem conviver no mesmo restaurante



Japão é logo ali perto da Itália, pelo menos quando se trata da culinária servida no mesmo restaurante. Palavras japonesas como Gohan, Kanten e Ebi (arroz cozido, gelatina de algas marinhas, camarão) estão presentes no cardápio do I Piatti Sushi Bar, que serve tradicionais pratos da culinária oriental.



No mesmo local, só que no andar de baixo de um casarão em Botafogo, no Rio de Janeiro, funciona o I Piatti Ristorante, especializado em cozinha italiana. A sócia proprietária Suzi Clementino Niv, aprendeu a não misturar sushi e sashimi com lasagna e spaghetti. Combinar os pratos não faz parte da sua estratégia. O objetivo é oferecer dois tipos de culinária para satisfazer todos os gostos dos clientes.



A diversidade tem dado destaque para a casa. São três andares, no qual funcionam o restaurante e o Sushi Bar, que alternam a forma de servir, dependendo do horário. Para atender à clientela durante o dia, por exemplo, o primeiro piso serve comida italiana à la carte, no segundo tem um buffet a quilo de pratos variados, e no terceiro, também por peso, comida japonesa. "À noite, a diferença é que servimos rodízio no segundo andar e no terceiro piso alugamos o salão para eventos, festas e banquetes", diz.



Suzi optou pelas duas cozinhas depois de observar o mercado. Tanto a culinária italiana quanto a japonesa fazem sucesso aqui no Brasil há algum tempo. Com decoração temática, apostou na variedade e riqueza gastronômicas de cada cultura para criar uma novidade inusitada, mas que foi bem recebida e deu certo. "Sempre ficava de olho no que tinha de novo no mercado, mas não tinha recursos para abrir o negócio."



A infância pobre trouxe a responsabilidade cedo. Ainda quando criança, ela era encarregada de tirar o leite das vacas para vender na vizinhança, em Piabetá, distrito de Magé, município localizado a 50 km da cidade do Rio de Janeiro. Com muita determinação e sempre em busca de superação a cada novo dia, graduou-se em Direito. E não parou de estudar. "Fiz vários cursos sobre gestão em restaurante e culinária no Sebrae e no Senac, e depois, quando tive a oportunidade, me formei em Gastronomia, pela Estácio de Sá."



Foi uma árdua batalha, mas conseguiu montar o empreendimento que pretendia. Antes, teve que virar empreendedora do ramo têxtil. Conseguiu dinheiro emprestado com o tio e se tornou sócia de uma confecção de roupas. Mais tarde, com a clientela formada e o negócio consolidado, seguindo de vento em popa, aproveitou o momento para tomar uma decisão radical. Vendeu sua parte na empresa, e usou o dinheiro para quitar sua dívida com o tio e montar o tão sonhado restaurante, em 1985.



"Já gostava de gastronomia, fui me envolvendo cada vez mais, troquei e deu certo." Gradativamente, foi fazendo investimentos. "Quando abrimos o restaurante, convidei um sócio que tinha experiência fora do Brasil na área, tínhamos apenas quatro funcionários. O crescimento foi aos poucos, mas foi bem sólido", diz Suzi.



Fonte:  Empreendedor - Fábio Mayer

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Pesquisa sobre visitação a vinda do Papa

Segundo a VNEWS (TV Vanguarda) , numa pesquisa feita em seu site, verificou-se o seguinte até o presente momento (09/05 às 16:20h)

Resultado da Enquete
Você vai acompanhar a visita do Papa Bento XVI
RESPOSTA

TOTAL
Ao vivo, em Aparecida ................... 14%
Ao vivo, em São Paulo .................. 2%
Pela internet ................................... 19%
Pela TV ............................................ 65%

domingo, 6 de maio de 2007

Na reta final, Aparecida improvisa obras



A uma semana da chegada do papa, prefeitura já prepara limpeza da cidade sem concluir serviços

A Prefeitura de Aparecida corre contra o tempo para terminar as obras de infra-estrutura na cidade antes da chegada do papa Bento 16, no dia 11 de maio, próxima sexta-feira. Da proposta inicial de recapear 20 vias públicas – 60 mil metros quadrados) e construir um reservatório com capacidade para 1,5 milhão de litros de água, o prefeito José Luiz Rodrigues (DEM), o Zé Louquinho, já admite improvisar e recuperar apenas ruas da região central e ao longo do trajeto que Bento 16 fará na cidade.

Otimista, Rodrigues acredita que tudo dará certo e dentro do prazo estipulado. “Não haverá nenhum problema de infra-estrutura em Aparecida na visita do papa”, afirmou. Quanto ao reservatório, cuja estrutura metálica ainda está sendo feita, a prefeitura espera poder contar com pelo menos 50% da capacidade – 750 mil litros.

Já as adutoras do reservatório, que o ligarão à rede do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) de Aparecida, serão construídas depois da visita do papa. Segundo a secretária de Obras de Aparecida, Jeffercy Souza Nunes Chad, os trabalhos estão em ritmo acelerado e a meta é terminar as obras até o dia 10 de maio, véspera da chegada do papa.

“Após o prazo, só haverá serviços de limpeza”, disse a secretária. Jeffercy informou que estão em fase de conclusão as obras de alargamento e arborização das calçadas na avenida Barão do Rio Branco, na entrada do Seminário Bom Jesus, onde ficará hospedado o papa e sua comitiva. Haverá ainda a colocação de 40 postes decorativos na via.

Prossegue também a construção da rua padre Jorge Antão, que ligará as ruas Chad Gebran e Rosa Penido. A via servirá de alternativa para o acesso à via Dutra sem passar pelo centro da cidade. No local, segundo Jeffercy, serão pavimentados cerca de 8.000 metros quadrados de rua.

Enquanto as obras públicas estão atrasadas, a direção do Santuário Nacional argumenta que os serviços no interior do templo estão adiantados e terminarão no cronograma previamente estipulado pela Igreja (leia texto nesta página).



TODO VAPOR – Transformada em canteiro de obras, as principais avenidas da região central de Aparecida recebem os últimos acabamentos, com recuperação de calçadas, construção de canteiros arborizados e colocação de postes decorativos, além da troca das lâmpadas. “Estamos trabalhando dia e noite para terminar as obras dentro do prazo. Quando o papa passar pelas ruas de Aparecida, tudo estará limpo, organizado e bonito.

Tenho certeza”, disse o prefeito Rodrigues.

Mas nem todo mundo acredita que a reforma será concluída a tempo. Na opinião do comerciante João Campos da Silva, de 50 anos, muita coisa ficará por fazer após a visita do papa.

“Acho que o tempo é curto para fazer tudo que a prefeitura disse que ia fazer. O jeito é priorizar algumas obras e trabalhar sem parar”, disse Silva, que possui um comércio na rua Maestro Benedito Barreto, que também passa por reformas.



LIMPEZA – Com toda as dúvidas quanto ao prazo do término das obras, a única certeza da prefeitura é que os trabalhos terão que ser encerrados no dia 10 de maio. Este é o prazo que o prefeito deu para iniciar o serviço de limpeza da cidade. Todo o material usado nas obras, como máquinas e caçambas, será retirado das ruas.

Dez mil ônibus em Aparecida

A visita oficial do papa Bento XVI ao Brasil, entre os dias 9 e 13 de maio, deve aquecer o turismo religioso no País. Segundo a CNBB, estão sendo aguardados, somente na cidade de São Paulo, cerca de 1 milhão de fiéis no Campo de Marte, além de 35 mil jovens no estádio do Pacaembu, e, pelo menos, 500 mil pessoas em Aparecida, interior de São Paulo, onde será realizada a V Conferência do Episcopado da América do Sul e Caribe. O papa deve ainda visitar a cidade de Guaratinguetá (SP).



O turismo em torno do papa, incluindo a vinda de fiéis católicos de todos os cantos do Brasil e também de países latino-americanos, deve movimentar um montante de R$ 60 milhões na Capital paulista.



Além da média 120 mil turistas em finais de semana, milhares de pessoas deverão viajar para a cidade de Aparecida com a intenção de participar da missa celebrada pelo papa Bento XVI.



Toda essa movimentação deve mobilizar uma frota de 10 mil ônibus de fretamento às cidades visitadas pelo papa. O que preocupa Maurício Marques Garcias, presidente da FRESP- Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo, é a infra-estrutura preparada para receber esse meio de transporte e seus passageiros.



Segundo o diretor-executivo de planejamento de Aparecida, Carlos Alberto de Almeida, foram construídos uma alça marginal à via Dutra, novos bolsões de estacionamento para 40 mil carros e ônibus - antes a cidade comportava 19 mil - e três calçadões para facilitar a circulação do público na cidade.



Os estacionamentos adicionais para 2 mil ônibus foram distribuídos em três pontos próximos à Basílica, onde será celebrada a missa pelo pontífice: no bairro de Santa Terezinha, próximo ao residencial Rosa de Ouro (1.400 ônibus); estacionamento Santo Afonso, no centro (324 ônibus) e no bairro de Vila Mariana (280 ônibus).



Uma área reserva no bairro do Jardim Paraíba, próximo ao Santuário Nacional deverá ser acionada para eventual estacionamento de veículos. Os locais devem ser equipados com banheiros químicos, bebedouros, pedregulhos no chão para facilitar o tráfego e sinalização.



Julio Oliveira, gerente de Operações da Basílica de N. Sra. Aparecida, na cidade de Aparecida, informa: "operacionalmente falando, trabalhamos para acolher cerca de 500 mil romeiros no dia 13 e, para tanto, reservamos os dois bolsões laterais ao Centro de Apoio ao Romeiro somente para os pedestres".



No dia 12 de maio, o pontífice visitará a Fazenda Esperança em Guaratinguetá. Foram criados três bolsões especiais de estacionamento: um na entrada da cidade (divisa com Aparecida); um à margem da Avenida J. K. (Ilha dos Ingás) e outro na área institucional ao lado do prédio do Fórum.



A prefeitura de São Paulo divulgou seu esquema de tráfego e estacionamentos durante a visita do papa: haverá bolsões no entorno do Campo de Marte, separados por cor, de acordo com a rodovia de origem do veículo.



Não haverá bolsões de estacionamento nas proximidades do estádio do Pacaembu. Os ônibus deverão estacionar nos bolsões próximos ao Campo de Marte e os passageiros serão orientados a utilizar o Metrô ou transporte coletivo até o estádio.

Papa surpreende Igreja no país ao escolher Aparecida

Papa surpreende Igreja no país ao escolher Aparecida para cúpula

Domingo 6 de Maio, 2007 9:47 GMT15

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Por Guido Nejamkis



BRASÍLIA (Reuters) - A decisão do papa Bento 16 de escolher a cidade de Aparecida como sede do mais importante encontro da hierarquia católica latino-americana em 15 anos surpreendeu a própria Igreja brasileira, que acreditava que Chile, Argentina ou Equador sediariam o evento.



Aparecida, com 35.600 habitantes e localizada a 167 km de São Paulo, recebe 8 milhões de peregrinos por ano devido ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, com capacidade para 45 mil pessoas.



Será em uma grande sala do Santuário que acontecerá a partir do dia 13 a 5a Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe. A reunião será aberta pelo papa, que faz sua primeira viagem ao continente em dois anos de pontificado.



Participarão da conferência 162 bispos, além de teólogos, membros de movimentos eclesiásticos e convidados. Todos debaterão as missões da Igreja na região e os "desafios que ela enfrenta", visando "traçar diretrizes e orientações" sobre sua atuação, explicou o arcebispo de São Paulo, Odilo Scherer.



Assuntos como globalização, pobreza e exclusão social, a secularização da sociedade e o "dominante fator econômico e técnico-científico" na vida humana serão temas das deliberações dos bispos.



A primeira conferência do tipo aconteceu em 1955 no Rio de Janeiro. Depois, foram realizadas reuniões semelhantes em Medellín (1968), Puebla (1979) e Santo Domingo (1992).



"No caso de Aparecida, sua escolha foi surpreendente. Não se previa Aparecida como uma possibilidade. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) não havia proposto Aparecida porque já havia sido sede de uma conferência. Por isso, a CNBB acreditava que fosse normal que outros países pudessem hospedar a conferência", explicou Scherer.



"Para a surpresa de todos, Bento 16 escolheu Aparecida para a realização da conferência. Falava-se de Equador, da possibilidade da Argentina, do Chile", disse o religioso.



Scherer, recentemente nomeado arcebispo de São Paulo pelo papa Bento 16 e também secretário-geral da CNBB, indicou que o processo de escolha de Aparecida foi árduo. "O lugar é sugerido pela organização da conferência, pelo Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano). Apresentam-se vários lugares e o papa define", afirmou.



A definição do local da cúpula também atravessou momentos de incerteza com a doença e morte de João Paulo 2o, em 2005. "Quando a saúde de João Paulo 2o ainda era precária, pensou-se em realizar a conferência em Roma para que ele pudesse estar presente. Como ele faleceu em seguida, isso foi reconsiderado", disse Scherer.



O papa Bento 16 chegará na tarde da próxima sexta-feira a Aparecida, de helicóptero, proveniente de São Paulo. No dia seguinte, visitará uma fazenda em Guaratinguetá, onde se tratam dependentes químicos.



No dia 13, domingo, antes de voltar a Roma, o papa abrirá a conferência episcopal com uma missa na praça em frente ao Santuário.

Para Leonardo Boff, Conferência de Aparecida deveria debater futuro do planeta

Sabrina Craide

Repórter da Agência Brasil



Brasília - O futuro do planeta Terra deveria ser tema abordado na 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, que acontecerá em Aparecida (SP). Essa é a avaliação do teólogo e filósofo Leonardo Boff. “As igrejas devem ajudar os fiéis a se adaptarem às mudanças climáticas e com os recursos próprios da religião a minorar os efeitos maléficos do aquecimento global”, afirmou ele, em texto publicado em seu site pessoal na internet.



Segundo ele, se esses temas forem abordados em Aparecida, a Igreja Católica terá cumprido sua missão histórica num momento crítico da Terra e da Humanidade. Os comentários do teólogo sobre a conferência e a vinda do papa Bento XVI ao Brasil foram postados como "entrevista coletiva". Segundo Boff, ele sabia que receberia grande número de pedidos de entrevista neste período e não poderia atender a todos eles.



Em sua "entrevista coletiva", Boff diz que não espera muito do evento em Aparecida, a não ser que avanços obtidos no passado sejam mantidos: “Não há muita coisa a se inventar para a Igreja na América Latina”. “Nestas assembléias [as conferências anteriores] sempre se identificou que a causa maior mas não exclusiva de nossa miséria se deve ao sistema econômico, político e cultural que se instalou desde os tempos da colônia que em termos diretos se chama de capitalismo hoje em sua versão neo-liberal. Espero que esta lucidez esteja presente nos documentos de Aparecida.”



O teólogo acredita que a escolha do Brasil foi motivada pela perda de fiéis católicos no país nos últimos 20 anos. Para ele, o conservadorismo e a falta de atendimento espiritual faz com que os fiéis se afastem da igreja. “A maioria dos cristãos adultos não sentem mais a Igreja como seu lar espiritual, emigram interiormente ou simplesmente buscam outros caminhos”, constata Boff. Ele também diz que quem não articula fé justiça social no Brasil num contexto de grandes injustiças sociais e violência generalizada não está fortalecendo a Igreja, mas traindo sua missão.



Para Boff, o pontificado de Bento XVI não mostrou até agora nenhuma diferença em relação à gestão de João Paulo II. “A estratégia de João Paulo II e do atual papa é construir a igreja para dentro, distanciada criticamente do mundo no qual vê acima de tudo riscos de relativismo, de materialismo e de modernismo”, avalia.



Ex-frade da Igreja Católica, Boff foi punido pelo Vaticano por publicações ligadas à Teologia da Libertação, movimento de destaque entre os anos 60 e 70 na América Latina, que incorporava elementos de análise sociológica marxista ao catolicismo. Na época em que o brasileiro sofreu essas sanções, o atual papa, Bento XVI, então cardeal Joseph Ratzinger, ocupava o cargo de prefeito da Congregação no Vaticano. Boff deixou a Ordem dos Franciscanos em 1992.



A avaliação de Leonardo Boff em relação à Teologia da Libertação é que ela continua viva e forte no Brasil e em muitas partes do mundo. Ele lembra que, há dois anos, foi realizado o Fórum Mundial da Teologia da Libertação, com a presença de mais de 300 representantes de todos os continentes. O mesmo ocorreu neste ano em Nairobi. “Tal fato não deve ter passado despercebido ao Vaticano, que tem olhos atentos em todas as partes”, acredita Boff.

Papa abençoará Circuito Turístico Religioso em SP



O Circuito Turístico Religioso do Vale do Paraíba, lançado pelo Sebrae-SP e parceiros locais, será abençoado pelo papa Bento XVI, durante sua visita ao Brasil na próxima semana. O roteiro será simbolizado por cinco painéis (de três metros cada) que terão as imagens de Nossa Senhora Aparecida, Frei Galvão e a Canção Nova, representando, respectivamente, as cidades de Aparecida, Guaratinguetá e Cachoeira Paulista.



O pontífice visitará a Fazenda Esperança, uma das 41 unidades do Brasil para recuperação de pessoas com dependência química, onde os quadros estarão em exposição. Os artistas plásticos Enock Vilela e Idoíno Fernandes são os responsáveis pela pintura dos painéis que representam o Circuito Turístico Religioso. (UOL/Agência Estado)



Papa Bento XVI terá acompanhamento médico 24 hor...

Papa Bento XVI terá acompanhamento médico 24 horas por dia em SP



04/05/2007   por Redação Pantanal News

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A Secretaria de Estado da Saúde preparou uma mega-operação para garantir a saúde do papa Bento XVI, que visita São Paulo a partir de 9 de maio. Para qualquer atendimento ou urgência relacionado à sua saúde, o líder da Igreja Católica terá, por exemplo, uma ambulância de suporte avançado (tipo UTI móvel) 24 horas por dia à disposição. Além disso, todo o andar da terapia intensiva do Hospital Santa Catarina, que cedeu a ambulância que o acompanhará, será isolado. Uma suíte da UTI cardiológica será reservada para o Papa.



Sob responsabilidade do Santa Catarina, o veículo aguardará o papa desde sua chegada ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e o acompanhará em todo trajeto até o mosteiro de São Bento, no Centro. De lá a ambulância só sairá durante as missas no Campo de Marte e no estádio do Pacaembu e nos eventos em Aparecida e Guaratinguetá. Outra ambulância do mesmo porte estará a cargo da comitiva que acompanha o sacerdote, composta por aproximadamente 30 autoridades eclesiásticas.



Caso haja necessidade de uma remoção aérea, o helicóptero Águia número 2 (HB 350 em versão aeromédica) da Polícia Militar estará à disposição. O heliponto do hospital Santa Catarina tem acesso direto com a terapia intensiva.



Os responsáveis pela saúde do Sumo Pontífice durante toda sua passagem pelo Estado de São Paulo serão o professor doutor José Honório Palma, cirurgião cardíaco integrante da equipe do Santa Catarina, e o tenente do Corpo de Bombeiros e capitão médico da PM César Galeti.



O hospital Santa Catarina foi escolhido para a retaguarda médica durante a visita por sua localização e por poder designar uma de suas alas para o papa e sua equipe. A Secretaria não quis ocupar um de seus hospitais e, assim, correr o risco de prejudicar o atendimento à população. Outros dois hospitais da Capital foram designados para atender a comitiva do Vaticano. São eles: o Hospital São José, que integra o complexo hospitalar da Beneficência Portuguesa de São Paulo, e o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo.



“Está tudo pronto para receber o papa. São Paulo tem uma das mais bem equipadas redes de saúde do mundo, apta a receber qualquer pessoa. O esquema está preparado para qualquer emergência”, afirma Wladimir Taborda, coordenador da Secretaria o projeto de retaguarda ao papa.



Durante a viagem a Aparecida e Guaratinguetá, o Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté, será a referência para um eventual atendimento hospitalar ao Papa.



O esquema organizado pela Secretaria também inclui o atendimento ao público que participará dos eventos na capital e no Interior. Para a missa no Campo de Marte, na manhã de 9 de maio (quando se espera um público de um milhão de pessoas), foi fechada parceria com a São Paulo Turismo, órgão da Prefeitura. Dez postos médicos atenderão o público no local. Esses postos serão montados pelas Forças Armadas, sendo seis do exército, dois da aeronáutica e dois da marinha. A Prefeitura ainda será a responsável por outros dois postos médicos de grande porte.



Também serão montados 15 postos de resgate que poderão atender com macas as emergências em meio à multidão. No total, 24 ambulâncias serão destinadas ao evento, seis delas do tipo UTI móvel. Os hospitais acionados para o avento serão o Conjunto Hospitalar Mandaqui, da Secretaria, e os pronto-socorros de Santana e do Tatuapé, da prefeitura.



Para a missa com a juventude, no estádio do Pacaembu, onde são esperadas 35 mil pessoas, o esquema será o seguinte: três postos médicos internos, três externos e 12 ambulâncias. Em Aparecida serão cinco postos ambulatoriais à disposição do público, montados pelo Exército. Já a Aeronáutica será a responsável por um hospital de campanha, que inclusive poderá realizar cirurgias de urgência. Além do Hospital Regional do Vale do Paraíba, as Santas Casas de Aparecida e Guaratinguetá estarão de prontidão.



 



Secretaria de Estado da Saúde

Assessoria de Imprensa

Fiéis se preparam para visita do Papa

BENTO XVI -

06-05-2007



Aparecida do Norte recebe visita do Papa Bento XVI



Fiéis de Marília se preparam para acompanhar a visita do Papa Bento XVI ao Brasil. Representantes da Pastoral da Juventude, Renovação Carismática e da Comunidade São Vicente de Paula, vão estar presentes em São Paulo, participando na 5ª feira do Encontro da Juventude no Brasil. Além deles, outras 50 pessoas deverão acompanhar a estada do supro pontífice em Aparecida do Norte no final de semana.

Para o assessor diocesano da Pastoral da Juventude, Gilson de Souza, a oportunidade dessa pessoas poderem estar próximo ao representante maior da Igreja Católica tem causado uma certa euforia nos jovens e nos fiéis de uma modo geral. Para a Pastoral que em 2008 comemora 30 anos de atividade na Diocese de Marília, a visita representa uma graça que vem a contribuir na caminhada da entidade.

“Essa preparação já vem de algum tempo e a empolgação dos jovens e até dos carismáticos e vicentinos é muito grande. É uma oportunidade ímpar, que deverá marcar a ‘nossa história. Para nós vai ser um momento de fortalecimento na fé”, comentou Souza.

Conforme destacou o assessor da Pastoral, momentos como esse deverão servir para resgatar a espiritualidade dos cristãos e para ajudar os jovens a retomar valores que estão se perdendo. “Somente através dessa retomada é que a sociedade poderá se reencontrar e se reconstruir”, afirmou. O ônibus vai sair da 5ª feira, às 5h30 em frente a Prefeitura.

No sábado às 17 horas, uma outra excursão sai de Marília com destino a Aparecida do Norte. A previsão de chagada é as 3 horas. Segundo o organizador da viagem, Ronaldo de Oliveira da Rocha, ainda há lugares disponíveis.

Na avaliação de Rocha muitas pessoas estão temendo o tumulto pela visita e deixando para confirmar a ida praticamente às vésperas da viagem. Ainda, de acordo com ele, conhecer o maior representante da igreja, é um sonho que se realiza. “Mesmo se não estivesse promovendo a excursão, iria de qualquer jeito”, afirmou.



Visita do papa ao Brasil tem objetivo de atrair mais fiéis



05/05/2007 às 17:37  Aumentar tamanho da fonte Reduzir tamanho da fonte

 



A visita do papa Bento 16 ao Brasil, além de tentar deter a perda de fiéis no país, pretende ampliar o rebanho em outros países em desenvolvimento e usar o exemplo brasileiro no diálogo inter-religioso, afirmaram teólogos e religiosos.



Oficialmente, o pontífice virá ao Brasil entre 9 e 13 de maio para abrir a 5a Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em Aparecida, interior paulista, e para disseminar os preceitos da Igreja Católica.



Especialistas crêem, no entanto, que o Vaticano não busca apenas revigorar a religião no país, que há cerca de 20 anos perde fiéis para igrejas evangélicas pentecostais. O Brasil serviria ao mundo também como modelo de tolerância religiosa.



"A visita amplia o olhar do papa da Europa para a América Latina e certamente indica interesse para a África e o Oriente, onde a pobreza também é grande e nos preocupa", disse à Reuters o bispo auxiliar de São Paulo dom Pedro Luiz Stringhini.



"Já a possibilidade do diálogo inter-religioso atrai não apenas os católicos, mas também os que seguem outras religiões. É necessidade mundial, que o Brasil já resolve bem", afirmou.



Para Eulálio Figueira, professor da PUC-SP e especialista em catolicismo europeu, o número de fiéis e uma forte presença no Brasil são estratégicos porque o país é ponta de lança no debate com outras religiões.



"Se em Portugal é impensável a Igreja dizer algo sobre aborto e as pessoas seguirem, aqui é o contrário. Isso dá um peso político grande junto ao Vaticano, algo que agora começa a ser visto", definiu.



BENTO E A MASSA



Ao contrário do antecessor João Paulo 2o, que fez mais de cem visitas a países dos cinco continentes em quase 27 anos como Bispo de Roma, Bento 16 deixou a Europa por apenas um dia desde que assumiu o trono de São Pedro, em 2005.



Em novembro de 2006, ele passou menos de um dia na parte asiática da Turquia, entre Ancara e Éfeso, para aliviar tensões após declarações que deu sobre o Islã. Alemães, poloneses e espanhóis também receberam a visita do octogenário pontífice.



Mas nenhum desses povos deu a Bento 16 uma recepção tão calorosa quanto a que ele deverá viver no Brasil, segundo o professor Fernando Altemeyer Júnior, da PUC-SP. Para ele, Ratzinger sairá outro depois da sua primeira passagem pelo país como papa, após duas visitas ainda como cardeal.



"Aconteceu o mesmo com o antecessor dele. O contato com a nossa realidade muda um papa. Bento 16 nunca esteve diante do povão como estará nessa viagem. E, apesar de algumas pessoas acharem que ele pode não se comunicar bem nessa condição, penso que dará certo. Ele tem a sua finesse", disse Altemeyer.



"Talvez o público não seja tão grande, porque ele não tem como atrair o mesmo ibope de um papa que ficou quase 30 anos no cargo. Mas ele tem seus meios. Falará um monte ao povo, que vai acompanhá-lo aos montes."



Mais de um milhão de pessoas são esperadas para a missa de canonização do frei Galvão no Campo de Marte em São Paulo, no dia 11 de maio. Um número que pode ajudar a animar uma religião que está perdendo espaço no Brasil.



Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os católicos eram 83,8 por cento da população em 1991 e passaram a 73,9 por cento nove anos mais tarde. Os evangélicos, que representavam 9,05 por cento dos brasileiros no começo da década de 1990, dez anos depois eram 15,45 por cento.



O coordenador da Campanha da Fraternidade e arcebispo de Belém, dom João Orani Tempesta, admite que a queda no número de católicos no Brasil pesou para a visita, mas considera que a preocupação de Bento 16 é mais global do que regional.



"O papa tem os olhos voltados para o mundo inteiro. Ele fez questão de vir a nós, mudou o local do encontro de Roma para Aparecida conforme tinha decidido João Paulo 2o, que teria o Celam mais perto por estar doente. Bento 16 quis dar essa oportunidade para a América ter uma celebração. Mas mesmo aqui ele olha para todos em todos os lugares", afirmou.



SANTO BRASILEIRO



Os sinais de interesse do papa pelo Brasil, país que já visitou duas vezes (1985 e 1990) incluem também a escolha de dom Cláudio Hummes para prefeito da Congregação para o Clero e a canonização do frei Galvão.



Até o momento, apenas madre Paulina, nascida italiana, tem status de santa por milagres realizados no Brasil, condição que o frei Galvão, nascido em Guaratinguetá, no interior paulista, receberá na missa do papa do Campo de Marte.



O primeiro santo brasileiro contará com uma quebra de protocolo do Vaticano, que costuma indicar os santos ainda na Praça de São Pedro. Um sinal de prestígio, somado aos demais, que para os especialistas tem o dedo de dom Cláudio, ex-cardeal arcebispo de São Paulo.



Bento 16 ficará em São Paulo de 9 a 11 de maio, onde se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e realizará a canonização do frei Galvão.



Dos dias 11 a 13, ele visitará Guaratinguetá e Aparecida, onde presidirá o encontro do Conselho do Episcopado Latino-Americano(Celam). O papa volta a São Paulo no fim do dia 13 para retornar ao Vaticano.





Fonte: Terra

Segurança de Papa será maior do que a de Bush

05/05/2007 - 18:36h  





O esquema de segurança para a visita do papa Bento XVI ao Brasil, na semana que vem, contará com um contingente de 5 mil pessoas, em uma operação maior que a realizada em março para a passagem do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, por São Paulo.



"A operação de segurança será maior que a da visita de Bush por uma razão: o número de pessoas que assistirão aos eventos do Papa será muito maior", explicou o coronel César Augusto Moura, porta-voz do Comando Militar Sudeste do Exército, encarregado do plano.



Bush, cujo esquema de segurança contou com 3 mil pessoas, passou pouco mais de 24 horas em São Paulo e só teve encontros com autoridades, além de uma breve visita a uma escola de alunos carentes.



A expectativa é que mais de 1 milhão de fiéis assistam às missas que o Pontífice irá realizar em São Paulo e Aparecida durante sua estada de cinco dias, entre quarta-feira e domingo da semana que vem. O esquema de segurança é composto por integrantes do Exército, da Polícia Federal, da Polícia Militar e da Guarda Metropolitana de São Paulo. Mas também haverá participações da Guarda Suíça Pontifícia, do Corpo de Bombeiros, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Polícia Rodoviária Federal, afirmou Moura.



Em seus deslocamentos, o Papa usará helicópteros, automóveis e dois papamóveis, os tradicionais veículos de vidro blindado usados pelo pontífice em suas viagens pelo mundo.



A assessoria de imprensa para a visita do Papa ao Brasil, a primeira de Bento XVI à América em dois anos de papado, afirmou que a Polícia Federal ficará encarregada da segurança mais próxima ao Papa, tarefa que dividirá com a força do Vaticano. O papamóvel será acompanhado por helicópteros da PF, e todas as ruas pelas quais Bento XVI passar serão fechadas.



O papa Bento XVI inaugurará no próximo domingo, em Aparecida, a 160 km de São Paulo, a 5ª Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe. Antes disso, vai rezar missas em São Paulo, onde também terá encontros com representantes da juventude católica e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Terra

Ação Social em Aparecida relacionada a vinda do Papa

Serginho Groisman mostra iniciativas sociais relacionadas à visita do Papa Bento XVI 

 

O Ação deste sábado, dia 05, vai mostrar diversas ações sociais realizadas na região da basílica de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo. Uma dessas iniciativas é a Fazenda da Esperança, um projeto que surgiu em Guaratinguetá há cerca de 28 anos. Serginho Groisman receberá, no estúdio, o frei Hans Stápel, que irá falar mais sobre o projeto e contar como estão os preparativos para a visita do Papa Bento XVI. O principal objetivo da Fazenda é ajudar dependentes químicos e alcoólatras. Lá, eles aprendem valores sociais e espirituais que os ajudam a se reintegrar à sociedade. No núcleo feminino são produzidos alimentos e no masculino funciona uma fábrica de reciclagem de plástico. Diariamente, os produtos feitos pelos pacientes são vendidos na cidade.



O programa vai mostrar também o trabalho da ONG Orientavida, que fica na cidade de Potim, no Vale da Paraíba. O projeto tem como objetivo ensinar as técnicas do bordado para que as mulheres da região possam colaborar com a renda familiar. A ONG já reúne 150 associadas e as peças produzidas por elas são vendidas no Brasil e em países da Europa. O trabalho funciona em ciclo: quem já sabe ensina as associadas mais novas. A mais nova missão das artesãs é bordar um jogo de cama para o Papa. Elas vão utilizar a técnica francesa "bouti" para fabricar as peças. No Brasil, somente a Orientavida tem autorização para aplicar esse método.



O Ação vai falar também sobre um outro projeto da arquidiocese de Aparecida, a Casa do Pequeno Trabalhador. A iniciativa oferece aulas de informática, oficinas de artesanato e reforço escolar para os jovens da região. Para comemorar a visita de Bento XVI, os jovens vão tocar em uma cerimônia celebrada por ele. O Ação vai ao ar aos sábados, logo após o Globo Ecologia.

Concessionária faz megaoperação para visita do Papa





Domingo, dia 06 de Maio de 2007 às 12:10hs

Foto: Marcelo Pedroso/Especial para o Terra



Restrições aos principais acessos a Aparecida (SP), 126 viaturas, 664 profissionais papafilas (que atendem as pessoas ainda na fila) nas praças de pedágio e até um guindaste com capacidade para erguer 120 t são algumas das medidas anunciadas pela concessionária NovaDutra para garantir a fluidez no trânsito da Via Dutra, a principal rodovia do Brasil, entre os dias 11 e 13 de maio, durante a visita do papa Bento XVI.



Os números refletem a preocupação da concessionária com a previsão de 500 mil romeiros distribuídos em 28 mil veículos que estão sendo esperados no período em que o sumo pontífice estiver no Santuário Nacional.



Caso as previsões sejam concretizadas, o motorista que se dirigir até Aparecida deve estar preparado para congestionamentos de 13 km nos horários de pico durante o final de semana, em especial no domingo.



Para realçar essa preocupação, a NovaDutra espalhou em pontos estratégicos faixas informativas com os dizeres "Atenção, se você não for à visita do Papa, evite trafegar pela rodovia nos dias 11, 12 e 13 de maio. Operação Aparecida".



Segundo o gestor de Interação com o Cliente da NovaDutra, Marcos Brunelli, nestes três dias a cidade de Aparecida poderá ser comparada a um imenso estádio de futebol, sendo as saídas da rodovia consideradas "portões de acesso".



"As saídas da Dutra serão trabalhadas como portões. Se uma delas estiver congestionada, desviamos o tráfego para outra. Se, dentro da cidade não houver fluidez, o tráfego pode piorar na rodovia."



Prevenção

Um esquema preliminar de acessos diferenciados para ônibus, caminhões, carros de passeio e vans já foi montado pela NovaDutra e está sendo divulgado por meio de faixas, folhetos e pela Internet.



Brunelli disse que o "gargalo estratégico" considerado pela concessionária tem cerca de 20 km de extensão e está compreendido entre as cidades de Pindamonhangaba e Guaratinguetá, tendo Aparecida e a Basílica Nacional ao centro. Neste trecho, o SOS Usuário da NovaDutra concentrará 26 viaturas e 64 profissionais nos três dias de visita.



"O dia 13 será o mais pesado. Neste domingo do Dia das Mães estamos esperando 28 mil veículos, 40% vêm de São Paulo, 40% do Rio de Janeiro e 20% do Sul de Minas", disse Brunelli.



Deste total, são esperados 11,9 mil veículos leves, 11,6 mil ônibus e 1,5 mil vans, além de um número ainda não definido de motocicletas.



Segundo o gestor, os pedágios nas proximidades de Aparecida poderão servir como "barragens viárias" para controlar o fluxo do trânsito em direção ao santuário. Em caso de necessidade, 15 papafilas abrirão as "comportas" das praças com a venda antecipada de tíquetes de pedágio nas filas para agilizar a passagem dos veículos pelas cancelas. Eles estarão identificados com bonés azuis-escuros, camisetas brancas e coletes-refletivos.



"Serão 15 pessoas por praça. Eles irão vender tíquetes somente para aquele ponto. Os pedágios vão trabalhar conforme a fluidez da rodovia".



Outra preocupação destacada por Brunelli é relacionada ao estado de conservação dos veículos, principalmente dos ônibus de romeiros. "A condição dos veículos é importante. Pedimos às pessoas que aluguem ônibus de empresas idôneas para evitar transtornos."



Brunelli também destacou a proibição de estacionamentos de quaisquer veículos no acostamento da rodovia ocasionados por eventuais congestionamentos no trecho urbano de Aparecida.



"A Dutra é uma rodovia federal. As pessoas não poderão, sob qualquer hipótese, usar os acostamentos como estacionamentos".



Horários

A expectativa da NovaDutra é que ocorra um maior movimento de veículos com destino a Aparecida entre as 16h e 23h do dia 11 e entre 4h e 23h dos dias 12 e 13.



Faixas estão sendo afixadas em pontos estratégicos da rodovia para reforçar o alerta. Folhetos com essa mensagem também estão sendo distribuídos nas praças de pedágio. No verso, os folhetos trazem um mapa estilizado com os principais acessos na região próxima à Basílica.



Informações atualizadas da operação serão oferecidas pela concessionária aos usuários por meio do site www.novadutra.com.br, pelo disque NovaDutra, que atende 24 horas por dia no número 0800-0173536 e pelos painéis de mensagens variáveis instalados ao longo da rodovia.



Restrição de veículos entre 11 e 13 de maio



Liberação para todos os veículos em ambos os sentidos:

- Km 65: trevo de Guaratinguetá

- Km 67: trevo de Guaratinguetá

- Km 74: trevo de Aparecida

- Km 80: trevo de Roseira

- Km 85: trevo de Moreira César



Somente veículos leves e vans:

- Km 68: acesso a Aparecida pela pista RJ-SP

- Km 69: acesso a Aparecida pela pista RJ-SP

- Km 70: acesso a Aparecida pela pista SP-RJ

- Km 71: trevo principal de Aparecida em ambos os sentidos



Viaturas atuando na região de Aparecida entre o km 87 e o km 65:

- 14 viaturas leves de inspeção

- 9 guinchos leves

- 1 guincho pesado

- 2 ambulâncias-resgate

- 2 viaturas médicas de intervenção rápida

- 1 guindaste



Redação Terra

Revelada a imagem de Frei Galvão

Guaratinguetá



Após longo período de estudos, artista retrata o primeiro santo brasileiro que vai ser canonizado pelo papa



São Paulo

Assessoria de Imprensa



O anúncio oficial do Vaticano de que o Frei Galvão vai ser canonizado pelo papa Bento XVI em 11 de maio, em cerimônia no Campo de Marte, em São Paulo, serviu de inspiração para que o pintor Gilberto Gomes retratasse, de forma fidedigna, o primeiro santo brasileiro.

A relação do desenhista com o Santo vem de longe. Além de ser da mesma cidade natal – Guaratinguetá –, em 1977 Gomes participou de uma exposição coletiva no Convento (Mosteiro de Nossa Senhora de Belém da Cachoeira - BA) onde Frei Galvão iniciou a sua formação religiosa. Lá teve a oportunidade de meditar e orar na própria sela onde o frei morou.

Além disso, estudou informações diversas, algumas delas sobre a própria exumação e sua concepção fisiológica, como, por exemplo, a sua postura longilínea. “Estima-se que tinha mais de 1,90m de altura e feições de rosto como nariz e orelhas com traços mais acentuados”, relata Gomes.

“Tive uma inspiração muito especial para retratar com a maior precisão possível os seus traços e dar uma expressão de vida a ele”, explica o pintor. A imagem do frei vem acompanhada, ao fundo, da Matriz de Santo Antônio, atual Catedral de Guaratinguetá onde, segundo dados históricos, o santo foi batizado, e também da Serra da Mantiqueira e do rio Paraíba do Sul, representando a sua terra Natal.

A obra, óleo sobre tela, foi entitulada como 'Frei Galvão, Santo da Nossa Terra'. “O frei é uma figura que eu admiro muito, tinha um coração gigante”, complementa Gomes.

O artista

Gilberto Geraldo dos Santos Gomes é pintor, desenhista, ilustrador, gravador, escultor, restaurador e professor de artes plásticas. Pertence a várias entidades culturais brasileiras, como a Associação Paulista de Belas Artes e a Sociedade Brasileira de Belas Artes no Rio de Janeiro. É detentor de prêmios em Exposições e Salões de Arte no Brasil e exterior, dentre eles Medalha de Ouro, Medalha de Honra, Menção Honrosa, Comenda e Medalha de Dom Quixote, Medalha do Mérito Cultural da UNAP e diversas Salas Especiais, ao lado de grandes artistas brasileiros.

Ao completar 30 anos de carreira, em 2006, o artista recebeu como prêmio sua biografia e obras inseridas no livro “Contando a arte de Gilberto Gomes” (por Alexandre Marcos Lourenço Barbosa), fazendo parte da coleção de Arte Brasileira do mesmo nome, que tem entre outros artistas Portinari, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.

Livrarias católicas lucram com o papa

01/05/2007



Em Bauru, já aumentaram as vendas da biografia de Bento XVI, postais, CDs e livros sobre a conferência dos bispos

Lígia Ligabue

Na próxima semana, o papa Bento XVI chega ao Brasil. Além de ser a primeira visita oficial do sumo pontífice ao maior País católico do mundo, a passagem de Bento XVI pelo Brasil, que chega a São Paulo no dia 9, será muito importante para a Igreja Católica. Além de canonizar o primeiro santo brasileiro, frei Galvão, o papa participará da 5.ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe.



Para não perder detalhes da visita de Bento XVI, nem sobre os temas que o papa tratará no Brasil, muitas pessoas estão recorrendo às livrarias católicas de Bauru para adquirir biografias, postais e até CDs.



De acordo com José Roberto Fazzio, funcionário de uma livraria localizada na Praça Rui Barbosa, como o papa Bento XVI está há pouco tempo no Vaticano, muitos ainda procuram a sua biografia oficial. O livro conta a trajetória do alemão Joseph Alois Ratzinger e seu primeiro ano como papa.



Outro material bastante requisitado é a série de publicações sobre a conferência de bispos latino-americanos. “A primeira aconteceu no Rio de Janeiro, na década de 1950. E só está retornando ao Brasil agora, com o Bento XVI”, relata Fazzio. Nesse encontro - que será sediado em Aparecida, a partir do dia 13 - dirigentes da Igreja Católica irão debater os rumos do catolicismo no continente.



“São vários livros que abordam os temas que serão discutidos na conferência. As pessoas querem se manter informadas sobre esse evento, que será muito importante. A expectativa de algumas mudanças é grande”, avalia Fazzio. Ele conta que, desde que a visita foi confirmada pelo Vaticano, a venda desses materiais se intensificou. “Livros que falam sobre a vida e as obras de Bento XVI também são bem requisitados. Principalmente a biografia, que vem com bastante fotos”, diz.



Para Maria Elizabeth Campaneli, que trabalha numa livraria católica na rua Gustavo Maciel, as vendas estão num ritmo progressivo.



“O movimento começou a se intensificar com o anúncio oficial da vinda do papa. Acho que até na véspera da chegada dele, a procura deve aumentar ainda mais”, acredita. Ela conta que o material procurado varia conforme o nível de envolvimento da pessoa com o catolicismo. “Tem desde os que buscam os postais, até aqueles que procuram livros mais aprofundados”, avalia. Diversidade de títulos não faltam aos fiéis. “Praticamente todas as editoras católicas lançaram publicações sobre o papa”, conta Campaneli.



Devota



Terezinha Aragão Domingos estava com tudo acertado para ir a Aparecida com a mãe e uma irmã, moradoras do Rio Grande do Norte, acompanhar a visita de Bento XVI de perto. Como a sua mãe não está boa de saúde, talvez ela não consiga sair do Nordeste para ir até a basílica. “Mas ela já comprou tudo e ainda ficou brava comigo por eu não ter comprado nada. Ela, que foi na visita do João Paulo II, tem até o CD oficial da visita do Bento XVI”, conta. Caso decida ir, Terezinha vai sair de Bauru no dia 9. “E aí eu compro as cosias do papa em Aparecida mesmo”, afirma.





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Frei Galvão



Além de Bento XVI, frei Galvão também tem despertado a curiosidade de fiéis, que procuram conhecer a vida do primeiro santo brasileiro.



Segundo José Roberto Fazzio, imagens e novenas do santo são os itens mais procurados. Maria Elizabeth Campaneli concorda. “Do simples santinho de papel às imagens. A procura está constante”, avalia.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Cavaleiros percorrem mais de 900 km para homenagearem Padroeira do Brasil




01/05/2007 13:31:37 - Redação Gazeta Rádios e Internet





Letícia Cardoso

Os devotos de Nossa Senhora Aparecida não medem esforços para homenagear e agradecer as graças alcançadas por meio da fé à santa padroeira do Brasil. Nesta terça-feira, feriado do Dia do Trabalho, 20 cavaleiros capixabas deixaram a cidade de Vitória com destino à Aparecida do Norte, em São Paulo. Um viagem de 930 km que será realizada em 25 dias.

Para o longo percurso, os cavaleiros escolheram mulas e burros que são mais resistentes a cavalgadas de maior distância. Cada um dos participantes também levou um animal a mais para que possam ser revesados durante a viagem. Nos próximos 25 dias, os devotos de Nossa Senhora Aparecida vão realizar 50 paradas, sendo duas por dia. Uma para almoço e outra para o pernoite.

Um dos organizadores da cavalgada, o padre Francisco de Mello, da paróquia São Francisco de Assis, em Vitória, contou que a cada parada os participantes vão plantar uma muda de árvore. O ato simbólico marcará os trabalhos da Igreja Católica que, este ano, vem ressaltando a necessidade de preservação da Amazônia e de todas as matas brasileiras, através da Campanha da Fraternidade.

"Essa é uma romaria de fé. Saímos da Catedral Metropolitana de Vitória com uma oração da Ave Maria em louvor à Nossa Senhora Aparecida. Estaremos levando 50 plantas, mudas de árvores, para plantar em cada parada. São cerca de 50 paradas. Com isso vamos recuperar e mostrar para as pessoas o tema da Campanha da Fraternidade "Missão Nesse Chão", que é tão importante para nós e a natureza", explica padre Francisco.

Durante a romaria os cavaleiros vão adotar as mesmas técnicas utilizadas pelos tropeiros, pessoas que conduzem gados de um Estado para outro. A comida será feita em um fogão a lenha improvisado. Redes e esteiras servirão para o descanso. Os cavaleiros também prometem cumprir todo o trajeto vestidos a caráter: com botas e o tradicional chapéu que traz a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Um dos participantes da cavalgada, o agricultor Lauro Lopes, de 59 anos, contou que essa é a terceira vez que participa da romaria a cidade de Aparecida. Ele, que é morador de Conceição do Castelo, no Sul do Estado, afirmou que o ingrediente fundamental para aguentar os 930 km será a fé na santa padroeira do Brasil.

"Faremos essa cavalgada com muita fé e com o objetivo de resgatar uma tradição cultural brasileira, o transporte feito por animal. Com fé iremos pedir à Nossa Senhora Aparecida uma atenção especial para nosso Estado e nossos jovens, que são os mais atingidos pelos males do mundo das drogas e da violência urbana", ressaltou o agricultor.

Para auxiliar na viagem, dois carros de apoio seguem os romeiros, transportando água, comida, medicamentos e acessórios para os animais, como selas e ferraduras. A cavalgada é composta somente por homens. Apenas duas mulheres participam da romaria acompanhando os maridos, nos carros de apoio. Elas vão ajudar na preparação da comida. A agricultora Maria Célia Maretto, mulher de um dos participantes, conta que também pretende agradecer à Nossa Senhora Aparecida por todos os pedidos realizados.

Romeiros fazem uma parada em Viana

Esta é a quinta vez que os romerios fazem a cavalgada entre Vitória e Aparecida. Todos têm experiência com trajetos de longa distância e a maioria é do interior do Estado, sendo que apenas quatro deles residem na Grande Vitória.

Caminhada em busca da fé

Caminhada em busca da fé



Peregrinos percorrem 500 km entre Descalvado e Aparecida em busca de paz espiritual ou só para viver uma aventura



LUCAS REIS

Gazeta de Ribeirão

lucas.reis@gazetaderibeirao.com.br



Eternizada por Paulo Coelho no best-seller "Diário de um Mago", o milenar Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, ganhou, há quatro anos, sua versão brasileira. O Caminho da Fé, rota religiosa que corta os Estados de São Paulo e Minas Gerais, com destino final no Santuário de Aparecida, aos poucos vem ganhando destaque entre fiéis, esportistas e aventureiros. O percurso todo tem quase 500 km, abrangendo 25 cidades e distritos. Duas cidades são opções para o ponto de partida: Descalvado e Mococa.



Criada em fevereiro de 2003, o Caminho da Fé já formou aproximadamente 5.500 mil peregrinos, que pagam promessas religiosas ou simplesmente querem curtir a natureza e praticar o esporte, a pé ou de bicicleta.



A cada dois quilômetros uma placa de sinalização orienta os peregrinos, que passam por estradas de terra, asfalto, trilhas, bosques e pastagens. Para cumprir todo o Caminho são necessários, aproximadamente, 15 dias, viajando até dez horas por dia.



Porém, o peregrino pode traçar sua própria rota e escolher uma das cidades credenciadas para fazer o ponto de partida. Para garantir o Certificado Peregrino Mariano, título emitido pela Basílica de Aparecida, é necessário percorrer, no mínimo, 100 km. Além disso, a viagem pode ser dividida em etapas. "O peregrino pode levar uma vida toda para cumprir todo o traçado. Não há um tempo limite, pode-se fazer por etapas", afirmou Iracema Tamashiro, diretoria da Associação dos Amigos do Caminho da Fé.



Pousadas



Pousadas credenciadas pela associação estão espalhadas em cada cidade. São nesses pontos que o peregrino carimba sua credencial para, em Aparecida, comprovar o caminho percorrido.



Ela explica que a visita do papa Bento 16, que chega do Brasil no dia nove de maio, não está impulsionando o número de fiéis. "Quem quer ver o papa prefere ir de carro ou ônibus mesmo. Até agora apenas duas pessoas nos procuraram para fazer o Caminho apenas para ver o papa."



O Caminho foi idealizado pelo presidente da Associação Comercial de Águas da Prata, Almiro José Grings, que percorreu o Caminho de Santiago de Compostela por duas vezes.



"Percorri todo o trajeto em 13 dias. Até hoje não sei de onde tirei forças para chegar até o final. O desgaste é muito grande, mas a beleza e a paz das trilhas, e o pensamento em chegar em Aparecida compensam qualquer sacrifício", disse o administrador de empresas Marcelo Bacco, que fez o caminho no final do ano passado. Já o advogado Gustavo Marques vai aproveitar o feriado prolongado para percorrer um trecho do Caminho.



Marques vai sair de Tambaú, em São Paulo, e deve seguir até Ouro Fino, em Minas Gerais, de sábado até quarta-feira. "Vou fazer o Caminho mais pela aventura do que pela fé. Mas pretendo concluir o trajeto todo, até Aparecida, até o final do ano."



A inscrição para fazer o Caminho da Fé custa R$ 5.

Mais informações podem ser obtidas pelo site www.caminhodafe.com.br ou pelo telefone (19) 3642-2751.



Planejamento garante conforto físico



Preparo físico e psicológico, bebidas isotônicas e carboidrato. Essa é a principal combinação para quem vai ganhar por horas, durante vários dias, como no Caminho da Fé.



Para o professor de educação física Marcelo Jabour, o peregrino deve ter um bom preparo físico para suportar horas caminhando sob sol e chuva. Porém, o limite de horas caminhadas por dia depende muito de cada pessoa. "Uns conseguem caminhar dez horas por dia e está pronto para caminhar no dia seguinte. Outros caminham cinco horas e sentem o cansaço físico no dia seguinte", explicou Jabour. Para ele, um dos maiores problemas encontrados pelos peregrinos é o chamado "cansaço progressivo". "O terceiro dia de caminhada vai ser mais cansativo que o primeiro. E assim sucessivamente. Dores musculares e de articulação são os maiores obstáculos dos viajantes", explicou. Segundo Jabour, roupas leves, protetor solar, boné e tênis confortáveis são indispensáveis.



Segundo a nutricionista Aline Plessmann, só água não é o suficiente para suportar tamanho desgaste físico. "Exercícios físicos com mais de duas horas e meia devem ser acompanhados de bebidas isotônicas, para repor a perda de sais minerais. O ideal é tomar um pouco a cada 40 minutos", explica Aline. A principal alimentação é aquela à base de carboidratos. "O ideal é consumir produtos ricos em carboidratos com fácil digestão, como mel, rapadura, bolachas integrais e barra de cereais. Nas refeições, o cardápio também deve ser à base de carboidratos, mas sempre leve e em quantidades pequenas."(Gazeta de Ribeirão)

Arcebispo vê com cautela evento da Teologia da Libertação

Arcebispo vê com cautela evento da Teologia da Libertação em SP

Segunda-feira 30 de Abril, 2007 8:26 GMT20

   

Por Fernanda Ezabella



APARECIDA, São Paulo (Reuters) - Poucos dias depois da partida de Bento 16 de Aparecida, no Estado de São Paulo, em maio, acontecerá um seminário em uma cidade ao lado, que irá reunir conhecidos nomes da Teologia da Libertação, vertente da qual o papa foi forte opositor quando ainda era cardeal.



O evento será realizado pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNBL), entre 18 e 20 de maio, em Pindamonhangaba, cerca de 20 km de Aparecida.



O teólogo peruano Gustavo Gutierrez, considerado um dos pais do movimento e cujo livro "Teologia da Libertação: Perspectivas" foi condenado pelo Vaticano nos anos 1970, será uma das vozes mais fortes no seminário.



Bento 16 estará em Aparecida até dia 13 para a abertura da 5a Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, onde é esperado para dar as diretrizes da Igreja na região para os próximos anos.



Dom Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, teve cautela ao falar nesta segunda-feira do evento que correrá paralelo à conferência, mas afirmou que será bem-vindo se tiver como intuito somar às discussões dos bispos.



"Agora, se tiver um sentido de oposição, de contestação, evidentemente que não é bem-vindo", disse o arcebispo, ao receber jornalistas no Seminário Bom Jesus, recém-reformado para receber o papa.



"Nós só podemos entender a Igreja em comunhão, dos fiéis em comunhão com seus pastores, seus bispos, e os bispos em comunhão com a cabeça do colégio episcopal, que é o papa", disse. "Portanto, não existe Igreja paralela, que exerça suas funções independentes, como se fosse algo à parte."



Gutierrez falará no mesmo dia que o padre chileno Pablo Richard e o brasileiro Agenor Brighenti, personalidades da Teologia da Libertação. O evento abordará o tema "América Latina, Cristianismo e Igreja no século 21", e o número de participantes é limitado a 200 pessoas.



Bento 16 fará sua primeira viagem à América Latina desde que assumiu o comando da Igreja Católica. Ele chega na cidade de São Paulo em 9 de maio.



A Teologia da Libertação ganhou muita força na região nos anos 1960 e 1970, principalmente com a ênfase dada pela Igreja à opção pelos pobres. O excesso de politização e a maneira doutrinária, no entanto, passaram a ser condenadas pelo Vaticano.



Em março deste ano, o Vaticano puniu o jesuíta espanhol Jon Sobrino, expoente da Teologia da Libertação e que vive em El Salvador, devido a seus livros, passando a ser o primeiro teólogo a ser "silenciado" durante o papado de Bento 16.

Está pronto o seminário que hospedará Bento XVI ...

Está pronto o seminário que hospedará Bento XVI em Aparecida



Preocupação agora é com a estrutura montada para atender o papa no local



Simone Menocchi



APARECIDA - A Arquidiocese de Aparecida apresentou nesta segunda-feira, 30, a reforma da primeira etapa do seminário Bom Jesus, onde o papa Bento XVI ficará hospedado por três dias, de 11 a 13 de maio. O prédio de 13 mil metros quadrados em estilo neoclássico foi construído há 112 anos e apresentava infiltrações e problemas na rede elétrica. A reforma da primeira etapa, de cerca de 7 mil metros quadrados, custou R$3,5 milhões e foi paga com doações de 20 empresas. "Foi um alívio pra nós. Estávamos preocupados se daria tempo. Graças às empresas e aos operários que trabalharam sem parar", afirmou o arcebispo de Aparecida, d. Raymundo Damasceno Assis, anfitrião do papa em Aparecida. "Não tivemos a ajuda de nenhum governo", ressaltou. Duzentas pessoas trabalharam na obra.



O papa e sua comitiva de 40 pessoas ficarão no primeiro andar, onde além do quarto de Bento XVI no final do longo corredor, há outros 34 aposentos. A ala do pontífice é formada por um quarto de 50 metros quadrados, um banheiro de 20 metros quadrados, um refeitório e uma capela particular, aberta pela primeira vez à imprensa nesta segunda. A pequena igreja será usada na manhã de 12 de maio pelo papa, para celebrar a Eucaristia junto com outras cinco pessoas. Com cerca de 25 metros quadrados a igrejinha tem uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, altar em aço escovado, uma cruz também em aço e é foi decorada com pedra mineira e vidro. "É uma capela moderna e simples", concluiu d. Raymundo. Um piano foi colocado no quarto do papa para que ele tocar nas horas vagas. "Foi uma doação de uma família de São Paulo, que depois ficará para o seminário", informou a supervisora do seminário Sílvia Aquino.



Infra-estrutura



No térreo do seminário há salas de comunicação, refeitório, biblioteca e salas de aula. A preocupação agora é com o funcionamento da estrutura montada para atender o papa dentro do seminário. Cento e vinte pessoas, divididas em nove equipes, vão cuidar da limpeza, da comida e saúde do papa. A segurança ficará a cargo da guarda suíça, do Exército e da Polícia Federal, que fará uma varredura no prédio 48 horas antes da chegada e depois vai lacrar o local. "Depois disso só entram os funcionários selecionados com o devido credenciamento", informou o padre que coordena a hospedagem, Gilson Maia.



Três mulheres, entre elas uma religiosa, foram escolhidas para servir a comida para o papa e cuidar da arrumação e limpeza dos aposentos dele. "São três mulheres de uma grande formação católica, que tem cultura alemã, falam um pouco a língua e ainda têm experiência em servir autoridades", completou Maia. A escolha foi criteriosa e a identidade das mulheres não foi revelada.



120 pessoas para o papa



A equipe de 120 pessoas fará um treinamento no dia 4 de maio, para saber se toda estrutura dará certo. "Faremos tudo, como se o papa aqui estivesse. Desde a comida, até o tempo que levará para que esta comida chegue até o quarto dele e quem vai acompanhar esse trajeto".



O cardápio do papa está sendo mantido em segredo. A orientação do Vaticano é uma comida simples, sem fungo nem mariscos e com suco de laranja. "Serão dois peixes, uma carne e uma massa, além de doces a base de frutas brasileiras e sorvete", se limitou a dizer o cozinheiro responsável pela alimentação de Bento XVI, César Medeiros. Todos os alimentos para o papa, para a comitiva e para os 300 bispos que participam da Conferência Geral da América Latina e Caribe será doada pelo Empório Santa Maria.

Arcebispo pede espírito de sintonia e comunhão c...

Arcebispo pede espírito de sintonia e comunhão com Papa em sua visita ao Brasil



Dom Raymundo Damasceno chama a intensificar as orações nestes momentos



APARECIDA, segunda-feira, 30 de abril de 2007 (ZENIT.org).- Nestes dias que antecedem a viagem de Bento XVI ao Brasil, o arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, pediu aos fiéis que se coloquem «em um espírito de sintonia e comunhão com o Santo Padre em sua visita».



É que já «estamos no final da preparação da chegada do Santo Padre e também da realização da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe», enfatizou a Zenit esta segunda-feira.



Por isso, «é importante que nós todos estejamos em comunhão com a Igreja».



O arcebispo insistiu em que os fiéis coloquem seu coração também «em sintonia de comunhão com os bispos e representantes das 22 Conferências Episcopais da América Latina e Caribe que estarão reunidos aqui em Aparecida a partir do dia 13».



Pediu ainda sintonia com os objetivos da V Conferência e o desafio de formar discípulos e missionário de Jesus Cristo, tema da grande reunião episcopal.



«Estará aqui no Brasil aquele que é o chefe da Igreja, o Papa, sucessor de Pedro, vigário de Cristo na terra, aquele que torna para nós visível o próprio Cristo», explicou Dom Damasceno.



Por isso, «é fundamental estar em comunhão com ele, com a palavra que ele vai nos dirigir, em comunhão com os pastores reunidos junto ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida para a V Conferência».



O arcebispo insistiu ainda na necessidade de que todos intensifiquem suas orações nestes momentos, «para que estes dois acontecimentos históricos e tão importantes para a Igreja não só do Brasil mas de toda América Latina tragam muitos frutos para o nosso continente».



«Frutos em todos os sentidos», disse a Zenit.



«Aprofundamento da nossa fé, da nossa adesão a Jesus Cristo, nosso ardor missionário, evangelizador, nossa comunhão com o Papa, com os pastores, para que a ação evangelizadora da Igreja na América Latina seja uma continuação da evangelização feita por aqueles que nos precederam, para que nós possamos levá-la a bom termo, levá-la à frente, sempre sob a ação do Espírito Santo e com a força do Cristo ressuscitado.»

Papa vai falar a 2 mil dependentes de drogas em Guaratinguetá

Papa vai falar a 2 mil dependentes de drogas em Guaratinguetá

Sexta-feira 27 de Abril, 2007 6:34 GMT136

Por Terry Wade



GUARATINGUETÁ (Reuters) - No extremo de um vale estreito, a apenas 15 quilômetros da Basílica de Aparecida, dependentes de drogas em recuperação trabalham no campo, numa fazenda que receberá em maio a ilustre visita do papa Bento 16.



Fundada por freis franciscanos há 25 anos, a Fazenda Esperança recebe dependentes de crack, cocaína e heroína de todo o Brasil e até de outros países, como a Rússia, para estadas de até um ano para se livrar do consumo de drogas.



Oitenta por cento dos pacientes permanecem "limpos" depois de deixar a instituição, e a alta taxa de sucesso permitiu aos padres que fundaram a fazenda abrir outros 30 projetos semelhantes no Brasil e mais dez no restante do mundo, do México às Filipinas.



A receita do tratamento consiste em acordar cedo, ter uma breve conversa matutina sobre uma citação da Bíblia, trabalhar várias horas, receber uma boa alimentação e rezar no fim do dia. Tanto a hospedagem quanto o tratamento são gratuitos.



"Estamos abertos a todas as religiões. A única coisa que é preciso fazer é concordar em entrar no espírito de família e de amor", disse Hans Stapel, um padre alemão robusto de 61 anos que dirige o projeto e gosta de usar sandálias, calças cáqui e camisas com estampas tropicais.



"Aqui se vive de acordo com a Bíblia, mas ela não é estudada. A interpretação da doutrina causa discussões, mas viver dentro dos ensinamentos da Bíblia não causa."



Dependendo de o centro de tratamento ficar numa fazenda ou numa cidade, os pacientes trabalham em cozinhas produzindo comida congelada, fábricas que fazem móveis para escritórios com plástico reciclado ou cuidando de pomares e cavalos. O dinheiro arrecadado com a venda dos produtos sustenta os centros.



Para abrir novas instituições, os padres dependem de doações de terras ou construções, de uma rede de voluntários e da ajuda do bispo local.



Stapel e sua equipe convidaram o papa para visitar a fazenda durante sua estada em Aparecida, em maio. As autoridades municipais estão correndo para ajeitar a cidade para a chegada do pontífice e, depois de anos, asfaltaram a estrada de terra que leva ao centro.



"Vamos sempre dizer que o papa é o melhor prefeito que Guaratinguetá já teve", brincou Nelson Giovanelli Rosendo dos Santos, 44, um franciscano da fazenda.



Guaratinguetá também é a cidade natal de frei Galvão, que o papa canonizará como o primeiro santo brasileiro durante a visita.



No dia 12 de maio, o papa vai falar a 2.000 dependentes em recuperação que vão viajar para a fazenda vindos de outros centros de tratamento do grupo franciscano. Isso significa que o discurso do papa será traduzido para o espanhol, o alemão, o russo, o inglês e o tagalo (língua falada nas Filipinas).



Marcelo Cardoso, 29, concluiu o programa de tratamento há três anos e hoje trabalha em tempo integral na fazenda como voluntário. Dias antes da chegada do papa, ele disse estar pensando em se tornar padre.



"O que eu quero agora que estou aqui de volta é descobrir qual será minha vocação", disse ele.

Começa montagem de palcos para visita do Papa

Começa montagem de palcos para visita do Papa Bento XVI

No Pacaembu, fiéis verão 'pomba da paz' que tem 90 metros de envergadura.



No Campo de Marte, palco terá 70 metros de largura e 15 de altura.



Começou nesta segunda-feira (30) a montagem dos palcos que serão utilizados pelo Papa Bento XVI durante a visita a São Paulo. No dia 10 de maio, o Papa particiárá de um encontro com jovens no Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste. No dia seguinte, o Papa vai celebrar uma missa no Campo de Marte, onde são esperadas mais de 1 milhão de pessoas.



Uma agência de comunicação desenvolveu para o cenário do evento no Pacaembu uma imensa pomba branca da paz com 90 metros de envergadura, que utiliza parte das arquibancadas do estádio. O projeto venceu uma concorrência, foi aprovado pelo Vaticano e doado pela agência à igreja.



"A grande sacada do projeto foi justamente a gente utilizar um símbolo que é o símbolo internacional absolutamente conveniente para a época que a gente vive no Brasil", disse a diretora da agência, Sônia Galass. "A gente fez questão de participar porque para nós é uma honra, um orgulho, dar contribuição para um evento dessa importência aqui", afirmou.



O palco do Campo de Marte também terá grandes dimensões. O escritório de arquitetura que venceu a concorrência apresentou o projeto com palco de 15 metros de altura e 70 metros de largura. "É nessa missa que Frei Galvão será canonizado. O altar tem uma imagem dele com oito metros de altura ao lado de Nossa Senhora Imaculada Conceição, de quem ele era devoto. O palco resume em linhas retas e figuras geométricas o imenso orgulho de receber o Papa no Brasil e em São Paulo.



"A gente tem a bandeira do Brasil estilizada nas formas do palco. Efetivamente o Papa está sendo recebido no coração de São Paulo", afirma o arquiteto Marcelo Mola.



 Papamóveis



Chegaram ontem de roma os dois "papamóveis", que serão usados por bento dezesseis. Os dois carros foram trazidos no maior avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Cada papamóvel pesa mais de quatro toneladas, os dois são blindados.



Os carros foram levados em comboio para a sede da Polícia Federal. No dia dez de maio, um deles vai para a cidade de Aparecida (a 167 km).

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