sábado, 30 de junho de 2007

Intercontinental em Aparecida

EXAME - 30 de junho de 2007

A rede britânica de hotelaria InterContinental Hotels vai administrar mais quatro hotéis no Brasil. Com esses contratos, o total de estabelecimentos geridos pela companhia no país sobe para 20. Os novos empreendimentos serão implantados em Manaus, Natal, Foz do Iguaçu e Aparecida do Norte. Em conjunto, os projetos representam mais 779 apartamentos para o portfólio da rede.

A InterContinental será a administradora dos hotéis, construídos por investidores independentes. Os quatro projetos demandaram, no total, 58,5 milhões de reais em recursos. Em Manaus, a Ypuã Empreendimentos Imobiliários aplicou 20 milhões de reais para erguer um empreendimento com 240 apartamentos. O hotel receberá a bandeira Holiday Inn Manaus.

O Holiday Inn Express Natal pertence ao grupo empresarial Praiamar Empreendimentos Turísticos e recebeu 15 milhões de reais em investimentos. O edifício conta com 160 apartamentos. Em Foz do Iguaçu, outro hotel receberá a bandeira Holiday Inn Express. Trata-se de uma operação da LN Empreendimentos Imobiliários, que também demandou 15 milhões de reais para 145 apartamentos. A LN já possui outros três hotéis administrados pelo InteContinental no Paraná e um em Araraquara (SP).

A cidade paulista de Aparecida do Norte receberá o quarto hotel anunciado nesta sexta-feira (29/6). Pertencente à Hamam Hotéis e Incorporações, o projeto também terá a marca Holiday Inn e consumirá 8,5 milhões de reais. Serão 120 apartamentos.

De acordo com o presidente do InterContinental Hotels para a América Latina, Alvaro Diago, os contratos assinados agora expandem os negócios do grupo para todas as regiões brasileiras, com exceção do Centro-Oeste. "Nossa meta é alcançar 30 empreendimentos brasileiros até 2010", afirmou em comunicado à imprensa.

O grupo britânico administra 3.763 hotéis em 100 países – seja próprios ou de terceiros – o equivalente a 558.153 apartamentos. No Brasil, está presente com as bandeiras Holiday Inn, InterContinental, Crowne Plaza e Staybridge Suites. No planejamento estratégico da empresa, a meta é chegar ao final de 2008 com mais 50.000 a

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Consultor em Gastronomia para Hotéis

Artigo - O novo perfil do consultor em gastronomia para hotéis (Por Leo Filho)

Hôtelier News – 27-06-07

Para que serve um consultor em gastronomia para hotéis? Até pouco tempo era ele quem desenvolvia o cardápio dos empreendimentos em fase de abertura e, de quebra, emprestava o seu charme e nome ao estabelecimento. Era. Agora, última tendência no setor, o universo de atuação do consultor se ampliou e a busca por profissionais cada vez mais completos se torna uma realidade que não pode ser desprezada.
Criar um universo rico em opções saborosas do menu deixou de ser a única função de um autêntico chef de cuisine. O novo perfil do consultor abrange desde a criação do cardápio, passando pela avaliação de quantidades nas compras a fim de evitar o desperdício, até o cálculo de custos e preço final de cada prato. E tem mais. A montagem da cozinha, com detalhes técnicos e operacionais que muitas vezes passam despercebidos pelos proprietários e arquitetos, é uma das premissas básicas. Quem vai passar a maior parte do tempo naquele espaço, ou seja, o chef, consegue detectar por meio de sua própria experiência as necessidades operacionais do dia-a-dia na cozinha. Piso, iluminação, entradas e saídas de água, localização das tomadas... Quer um exemplo? Ralos dispostos em canaletas no chão facilitam a lavagem e tornam o ambiente mais higiênico. A disposição das câmaras frigoríficas também é importante quando se precisa pegar um ingrediente com urgência e evitar o atropelo da hora do rush.
Caçarolas, panela e afins - Normalmente um bom consultor tem os seus segredinhos dentro dos critérios de escolha de fornecedores. E não só de ingredientes. Os utensílios usados, que podem ir desde uma simples colher de pau até aquela última panela forjada em ferro haitiano, costumam ser caros e, muitas vezes, até inacessíveis para nós, pobres mortais. Mas um chef sabe exatamente onde conseguir o que há de mais moderno no setor a preços por vezes inacreditáveis. Costumo colocar toda a minha estrutura de fornecimento em prática quando chega a hora de montar uma cozinha. Itens importantes como o fogão e os fornos devem estar sempre dentro das normas técnicas estabelecidas. A escolha e o treinamento da brigada também passam a ser de responsabilidade deste profissional. Já sabemos quando um ajudante ou garçom vai dar conta do recado, afinal, convivemos com eles diariamente.
Profissionalização - Para ser completo, o atual consultor em gastronomia atua nas áreas de compras, recursos humanos, estoque, relações públicas, setor operacional e – por que não? – vendas também. Afinal, a grande estrela dos bons estabelecimentos ainda é o cardápio, que deve estar de acordo com a proposta da casa, seja ela boate, bar, lanchonete ou restaurante. ( * O chef Léo Filho trabalhou durante dez anos no Maksoud Plaza (SP))

Mestrado Internacional em Gestão Hoteleira

Mestrado internacional em gestão hoteleira - Universidade de Madri oferece também curso de gerência em hotel boutique

Brasilturis Jornal – 27-06-07

A Universidade Europeia de Madri abriu curso de mestrado profissionalizante, especializado na alta gestão hoteleira internacional, e um outro mestrado voltado para a gerência de 'hotéis-boutique'. O mestrado em Direção e Gestão Hoteleira tem duplo aprendizado, na Universidade Européia de Madri e na escola Les Roches Marbella, na Suíça, instituições de prestígio que combinam a tradição suíça no setor turístico e a capacidade de organização, com rigor e exigências padronizadas da universidade espanhola. Trata-se de um mestrado internacional, com o curso sendo nas duas cidades e possibilitando a realização de estágios em hotéis de todo o mundo. A formação é bilingüe, idiomas inglês e espanhol. O mestrado internacional em Direção e Gestão Hoteleira é considerado profissionalizante devido à metodologia de ensino essencialmente prática e ao período de estágio, organizado em colaboração com Les Roches Hotel Management School, na Suíça, onde tem aulas por um período de 10 semanas. Além deste curso, a Universidade Européia oferece ainda uma formação adaptada à categoria dos hotéis-boutique. Uma experiência única que inclui, além dos serviços comuns dos hotéis, o ensino categorizado de decoração, cuidados ambientais, gastronomia e outras áreas diferentes. Este mestrado conta com a colaboração da Rusticae Selección de Calidad, pioneira e líder neste segmento na Espanha.

"Hotel Verde" um bom negócio

Hotel 'verde' se torna um bom negócio - Preocupação ambiental começa a ter peso na escolha dos hóspedes

Jornal O Estado de São Paulo – 27-06-07

Lembram quando tudo que um hotel tinha a fazer para mostrar sua preocupação com o meio ambiente era pedir que seus hóspedes reutilizassem as toalhas? Agora os hotéis estão usando toda sorte de programas 'verdes', em parte porque seus hóspedes de negócios, em particular, os estão pedindo, e em parte porque os hotéis estão descobrindo que ser 'verde' compensa.
'As questões ambientais estão entre as mais quentes na indústria de viagens na atualidade', disse Bill Connors, diretor executivo da National Business Travel Association. A associação vai abordar o tópico dos elementos de pendor ecológico no projeto e operação de hotéis, pela primeira vez, em sua convenção anual em julho.
A afirmação de Connors é corroborada pelo aumento do número de hotéis que se registram para serem certificados pelo programa americano Green Building Council's Leadership in Energy and Environmental Design, um sistema de classificação de edifícios comerciais. 'Acredito que esta seja uma tendência realmente perceptível', disse Max Zahniser, um dos gestores do programa.
Atualmente, há dois hotéis certificados nos Estados Unidos, um Marriott em Maryland e um Hilton em Washington, e vários outros a caminho disso. 'Pelo menos três quartos dos projetos que se registraram estão a um ou dois anos de se completar', disse Zahniser.
Isso é uma boa nova para Josh Rachlis, redator de publicidade baseado em Toronto que viaja pelos Estados Unidos por até duas semanas de cada vez. 'Quando estou em um hotel, sempre procuro ver se eles usam lâmpadas fluorescentes compactas, e tento usar o menos possível as toalhas', disse. 'Se um hotel possui instalações de reciclagem, isso seria ótimo. Eu ficaria mais do que contente de levar minha empresa a ele.'
Rachlis não está sozinho. Numa pesquisa de 2005, a Kimpton Hotels & Restaurants descobriu que 16% dos hóspedes escolhiam suas unidades pelas práticas ambientais da companhia. Os faxineiros da rede não usam agentes tóxicos na limpeza, há coletores para reciclagem de lixo nos quartos e os hotéis pretendem mudar todas as lâmpadas por outras fluorescentes compactas nos próximos 12 a 18 meses.
'Recebi uma porção de cartas espontâneas de hóspedes e estou um pouco surpreso por muitas mencionarem nosso programas verdes', disse Michael Depatie, presidente e principal executivo do Kimpton Hotel & Restaurant Group. 'Já fazemos isso há algum tempo, mas parece que, de repente, se tornou uma tendência.' Outros executivos de hotéis também dizem que a preocupação ecológica está influenciando a demanda. No Crowne Plaza Hotel Atlanta-Perimeter Northwest, Hugh Anderson, o gerente-geral, diz que aumentaram em muito as reservas por uma sala de reuniões renovada há dois anos com um assoalho de bambu.
'Ela é muito requisitada e é reservada constantemente, o que é incomum', disse Anderson. 'É algo que é importante para os viajantes. Eles certamente têm pensamentos positivos sobre o uso de uma instalação feita com preocupações ambientais.' Alguns hotéis vêm usando medidas para poupar energia há anos.
'O Fairmont vem fazendo isso desde antes de ecochique ser uma palavra, e uma coisa que descobri sobre nossos programas ambientais é que uma porção de nossos hóspedes não tem consciência disso', disse Michelle White, diretora de assuntos ambientais da Fairmont Hotels & Resorts.
Todos os computadores da recepção das unidades norte-americanas da Fairmont operam com energia eólica comprada de uma cooperativa de energia sustentável, e muitos de seus campos de golfe são irrigados com água reciclada. No hotel-butique Greenhouse 26, previsto para ser inaugurado no próximo ano no bairro de Chelsea, em Manhattan, o elevador captará energia gerada quando ele pára, de maneira muito parecida com a de um carro híbrido, que recicla a energia liberada quando o freio é acionado. Além disso, o aquecimento e resfriamento serão realizados por um sistema geotérmico que poupa energia, e a água de pias e chuveiros será reciclada para o uso em vasos sanitários.

Ficha de Registro em Braile

Hotéis do Rio já têm Ficha Nacional de Registro de Hospedagem em braile

Revista Business Travel Magaz.-HotNews – 27-06-07

Os deficientes visuais já podem preencher sozinhos o cadastro de estadia quando se hospedarem no Rio de Janeiro. A FNRH - Ficha Nacional de Registro de Hospedagem possui textos em braile, alto-relevo, impressão em caixa alta (letras maiúsculas) para baixa visão e com contraste forte. A implantação da FNRH, desenvolvida pela empresa Arco Sinalização Ambiental, visa os Jogos Pan-americanos 2007 e obedece ao que dispõe a Lei nº 4.831 de 30 de agosto de 2006, que obriga os hotéis e similares a colocarem à disposição dos hóspedes com deficiência visual uma ficha cadastral de hospedagem e demais serviços e normas existentes dentro do estabelecimento para leitura do método braile.
"O primeiro hotel do Rio de Janeiro que adotou a FNRH desenvolvida pela Arco foi o Copacabana Palace . Criamos essa ficha com as especificações da Embratur. Esperamos atingir todo o Brasil com esse produto dentro dos próximos dois anos, mas isso dependerá das leis de cada município", explica Frederico Viebig, diretor-geral da Arco.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O Futuro de Aparecida já começou


O SINHORES Aparecida e Vale Histórico esteve em visita de cortesia nas obras civis do futuro Hotel Go Inn, junto a área onde funcionou o Magic Park, em Aparecida.
Na ocasião, estiveram presentes o Presidente Ernesto Elache, bem como o Diretor de Projetos, Nelson Marques e o Produtor da TV SINHORES, Rodrigo Fernandes, que conversaram com o Engenheiro Nelson, responsável pelas obras.
Segundo ele, o cronograma de entrega do projeto totalmente pronto está previsto para Outubro de 2008, momento em que a cidade receberá um meio de hospedagem de alta qualidade profissional, que vem fazendo pesquisas há algum tempo para dimensionar suas instalações ao tipo de hóspede que acorrerá à região em breve, sem deixar de atender o Romeiro que sempre prestigiou a cidade.
A cidade de Aparecida, hoje, após a vinda do Papa, tornou-se visível mundialmente, e com isso torna-se necessário fazer ajustes para atender não só ao tradicional visitante, mas também àqueles que virão de muito longe, movidos pela fé e precisando de acomodações compatíveis com seu nível de exigência.
O SINHORES Aparecida e Vale Histórico recebe com muita satisfação a notícia do incremento de qualidade em nossa região.
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Prejuízos e Traição à Categoria

1. Prejuízo à Categoria, com a criação das Câmaras Setoriais de Cómércio em todos os estados brasileiros, prestigiando os sindicatos do comércio local e as Federações do Comércio dos Estados, em detrimento aos Sindicatos e Federações da nossa categoria;

2. Prejuízo à categoria de Hotéis, com a multiplicação desenfreada das Unidades de Hotéis do SESC/SENAC vizinhas aos empreendimentos hoteleiros locais com preços abaixo da média da hotelaria local, porque são subsidiadas pelas nossas contribuições ao sistema S (de Soberba - leia-se SESC/SENAC). Portanto, sofremos concorrência desleal, porque em algumas cidades já existem Hotéis que fecharam ou se encontram em vias de fechamento, em decorrência dessa atitude predatória (Vitória, Araxá, Juiz de Fora dentre outras);

3. Prejuízo à Categoria de Restaurantes, pois os mesmos "ESSES" da CNC, SEC/SENAC, com seus clubes e Escolas, criaram a chamada SESCOLÂNDIA (shows, eventos e refeições com ingressos subsidiados), que tiram, invariavelmente, clientes dos Restaurantes e Casas Noturnas das grandes cidades, causando prejuízos incalculáveis aos Restaurantes e Cadas de Diversões, pela forma absurda de concorrência desleal.

MOVIMENTO PELA VERDADE DO TURISMO SOCIAL E ECONÔMICO NO BRASIL

Junho de 2007

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Plano de Turismo prevê crédito consignado a menos de 1%

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, anunciou hoje o lançamento do Plano Nacional do Turismo 2007/2010. Em entrevista à Rádio Eldorado, de São Paulo, ela disse que o plano, na verdade, é uma viagem de inclusão. "Quando entramos no ministério, pudemos observar que, nos últimos 40 meses, havia sido registrado aumento no consumo das famílias, um crescimento de massa salarial bem alto, sendo 5% no ano passado e neste trimestre já houve 8%. São milhares de brasileiros que estão consumindo algo que eles nunca tiveram acesso", avaliou.



"Ocorre que muitas pessoas nunca viajaram. Por isso, nós começamos a estudar o que poderíamos fazer para as pessoas viajarem mais. Entre elas, os aposentados, que poderão usar o empréstimo consignado", disse a ministra.



Segundo Marta, a partir de agosto, serão lançados pacotes de viagem de até sete dias. Eles terão transporte incluído, hotéis de boa qualidade, a preços que deverão variar de R$ 500 a R$ 600. "Nós conseguimos bons preços porque a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil vão financiar, com juros de menos de 1% ao mês. Então, eles vão poder pagar em 12 vezes uma prestação mensal em torno de R$ 50 ou R$ 60", declarou.



"Nós vamos começar por São Paulo e Brasília. São Paulo por ser o maior emissor de turistas e ter o maior número de aposentados. Brasília será para descentralizar a questão turística e desenvolver o Centro-Oeste, atendendo ao presidente Lula, que pediu ações para diminuir as diferenças regionais."



Candidatura



A ministra também comentou os números do Ibope em relação ao nome dela para uma eventual candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2008. Disse que isso mostra que a população da capital paulista percebeu que ela fez uma boa administração. No entanto, falou que está se sentindo muito bem à frente do Ministério do Turismo e não admitiu ser candidata no ano que vem.



"Eu fiquei feliz, gostei dos números, mas estou gostando muito do Ministério do Turismo porque dá para fazer muita coisa principalmente numa área de qualificação profissional que é a de hotelaria. Estou fazendo escola de hotelaria por esse Brasil todo e está sendo muito interessante essa parceria com o Ministério da Educação" - considerou. "Está tudo muito cedo, mas estou percebendo que estou adorando o que venho fazendo no Ministério do Turismo, onde dá para fazer muita coisa".

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Brasileiros vão poder realizar o sonho de conhecer seu país

Plano Nacional do Turismo 2007-2010



Brasileiros vão poder realizar o sonho de conhecer seu país

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, afirmou que o Plano Nacional de Turismo 2007-2010, lançado nesta quarta-feira (13/6) em solenidade que teve a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a prioridade nos próximos anos será fortalecer o mercado interno "principalmente por meio da inclusão de pessoas que nunca consumiram o turismo". Destacou que a estratégia faz parte de um grande esforço para geração de emprego e renda e de qualificação profissional.



"Muitos brasileiros estão consumindo o que antes não tinham acesso, do automóvel ao celular. Muitos ainda não viajaram e não conhecem nosso imenso Brasil, mas agora poderão realizar esse sonho", enfatizou a ministra ao lançar o Plano Nacional de Turismo 2007-2010 - Uma Viagem de Inclusão, em cerimônia que teve ainda a presença de centenas de autoridades, federais e estaduais, entre ministros, governadores, parlamentares, embaixadores e técnicos.



Num primeiro momento, serão contemplados aposentados e pensionistas do INSS, que terão acesso a pacotes de viagens, com juros abaixo de 1% e parcelas de R$ 50,00, graças a um programa que será lançado pelo Ministério do Turismo no segundo semestre deste ano. Posteriormente, serão lançados programas de acesso para trabalhadores e estudantes.



Lula - "Os homens e as mulheres que ajudaram a construir esse país vão poder conhecer os cartões-postais que povoaram seus sonhos desde criança. Vivemos hoje um novo tempo e esse programa de crédito consignado é apenas uma das fronteiras de expansão do turismo interno, pois nós vamos fazer muito mais", garantiu o Presidente Lula, que na cerimônia recebeu o plano das mãos da ministra Marta Suplicy. "Gostaria de dar os parabéns à minha companheira Marta, que não só deu continuidade ao excelente trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, Walfrido dos Mares Guia, como também está dando novos rumos para o setor", elogiou.



O Presidente ressaltou o bom momento econômico vivido pelo país e pelo setor turístico, em particular, com números recordes registrados no último quadrimestre. "Atenção indústria automobilística, o turismo está vindo aí, para tirar seu lugar na balança comercial", brincou, lembrando a trajetória do compositor Heitor Villa-Lobos, cujas músicas internacionalmente conhecidas foram inspiradas pelas viagens que fez pelo país: "com o aporte de recursos que esse novo plano, alinhado ao PAC (Plano de Aceleração de Crescimento), trará para o turismo, vamos multiplicar as oportunidades para que milhões de brasileiros possam desfrutar do Brasil, como Villa-Lobos".



Lula defendeu que os estados façam propaganda de suas atrações turísticas em todas as regiões brasileiras: "turismo é um estado de espírito e precisamos motivar os brasileiros a deixarem suas casas e viajarem nos finais de semana; mas é fazer propaganda de Belém não em Santarém, mas em São Paulo e Rio de Janeiro". O Presidente também garantiu que o governo vai trabalhar para ampliar a malha aérea dentro do Brasil e em direção à América Latina. "Vamos investir em aviões menores, com 50 lugares, por exemplo, para as viagens regionais; e também queremos ficar mais próximos dos nossos irmãos latino-americanos, de quem estamos ao mesmo tempo tão perto e tão distantes", afirmou.



Mercado interno - Ao destacar a prioridade será "dar musculatura ao mercado interno", a ministra Marta Suplicy também garantiu que continuará a ampliar os investimentos na promoção do Brasil no exterior, consolidar a política de descentralização e a gestão participativa.



Resultado de uma parceria entre os ministérios do Turismo e da Previdência, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, aposentados e pensionistas do INSS poderão adquirir pacotes de até sete dias, com transporte incluído e hotel de boa qualidade, por preços entre R$ 500 e R$ 600, que poderão ser divididos em até 12 vezes, com juros abaixo de 1%. "Como seguimos a orientação do presidente Lula de diminuir as desigualdades regionais, os pacotes terão por destino regiões que mais necessitam de emprego e renda, em especial o Nordeste brasileiro", resumiu.



Marta Suplicy afirmou ainda que o Ministério do Turismo já se prepara para que o Brasil tenha condições de oferecer instalações de qualidade aos turistas que vierem para a Copa do Mundo em 2014. "Encomendados um estudo à Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesse sentido, pois não adianta chegar na véspera e descobrir que não comportamos o volume de turistas que virão. Vamos trabalhar aos pouquinhos e teremos, paulatinamente, hotéis ‘nos trinques’", garantiu a ministra, que convocou todos os presentes a votarem no Cristo Redentor para uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo: "essa vitória nos trará US$ 89 bilhões e 250 mil novos empregos, com o aumento de turistas que proporcionará".











Ass. de Comunicação do Ministério do Turismo - ASCOM



Ass. de Comunicação da Embratur - ASCOM

domingo, 10 de junho de 2007

Preocupações da Igreja

Padre Brendan Coleman Mc Donald
Jornal "O Povo" - Fortaleza - CE

09/06/2007

Os bispos que participaram da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe que terminou no dia 31 de maio, próximo passado, em Aparecida, São Paulo, manifestaram algumas preocupações da Igreja Católica. Entre as quais podemos mencionar os seguintes:

a) Preocupação com a evangelização da cultura. Aqui no Brasil, como no resto da América Latina, estamos vivendo uma cultura predominantemente centrada no indivíduo. Os bispos reconheceram o valor da liberdade e seus anseios de justiça e de paz, cujas raízes cristãs não devem ser ignoradas. Porém, a Igreja reconhece também um humanismo atrofiado, não integral, que submete a pessoa humana aos imperativos da produtividade e do lucro, à busca de bens materiais e do prazer. Assim, o ser humano se fecha em si mesmo e não entra em comunhão com os outros e com Deus. Esse fato é um dos principais responsáveis pelos males que presenciamos nas nações da América Latina: fome, doenças, guerras, desigualdades sociais, corrupção, fragilidade das relações humanas e afetivas. Esta cultura apresenta luzes e sombras, valores e contravalores, fatores de vida e de morte, elementos de solidariedade e de egoísmo, e os bispos sentem que é necessário confrontá-la com a luz da razão e do Evangelho. A evangelização da cultura deve acontecer em todos os setores da vida social e cultural. Esse fato já demonstra a necessidade de que todos os membros da Igreja participem, embora de modos diversos. Cada um deve ser a luz de Cristo em sua família, em seu ambiente de trabalho, entre seus amigos, em sua carreira profissional, em sua participação no mundo da cultura, da política, da opinião pública. Tudo isso é um grande desafio para a Igreja Católica;

b) Os bispos sentiram a necessidade de evangelizar o mundo da comunicação social. A influência dos meios de comunicação social que formam fortemente a mentalidade dos nossos contemporâneos, muitas vezes em oposição aos valores evangélicos, exige uma atenção especial da Igreja neste setor, sobretudo por causa da impressionante globalização cultural vigente;

c) Um das maiores desafios da Igreja Católica é a pastoral das cidades, especialmente das grandes metrópoles. A maioria da população latino-americana vive nas cidades dentro de uma cultura urbana com características próprias e inéditas. A pastoral urbana deve, portanto, renovar-se em sua linguagem, em suas práticas e em suas estruturas. Não é uma pastoral especializada, mas um novo estilo de fazer pastoral;

d) Os bispos sentiram a necessidade de promover com mais esforço a dignidade humana. Os anseios da vida, paz, fraternidade e felicidade, que não encontram resposta em meio aos ídolos do lucro e da eficácia, a insensibilidade diante do sofrimento alheio, a corrupção das classes dirigentes, a falta de liberdade religiosa (em alguns países), os ataques à vida intra-uterina, e todas as modalidades de violência, indicam a importância da luta pela vida e pela dignidade e integridade da pessoa humana. Também se impõe o acesso de todos a uma educação de qualidade, à moradia, ao trabalho e à saúde. Na realidade contemporânea tudo isso não será fácil a fazer, mas urge maior difusão da doutrina social da Igreja;

e) os bispos resolveram renovar e consolidar a opção preferencial pelos pobres. Esta opção se apresenta hoje com novos desafios que exigem sua renovação, para que manifeste toda a sua raiz, sua urgência e sua riqueza evangélica;

f) Os prelados reunidos em Aparecida mostraram grande preocupação com a expansão das seitas na América Latina, sobretudo por serem, na sua maioria, católicos os que emigram para esses grupos religiosos. Carência de agentes pastorais, evangelização inadequada no passado, cuidado pastoral deficiente para com os pobres e os afastados e ausência de planos pastorais para os batizados que não participam mais em nossas comunidades são algumas causas desse fenômeno. Os bispos propõem uma séria reflexão por parte da Igreja sobre este êxodo e uma ação pastoral correspondente;

g) finalmente, os bispos mostraram preocupação em promover um laicato mais ativo na Igreja. Para que esta verdade se torne realidade, será necessário formar melhor os leigos, promover ativamente e sem temor o caráter cristão-secular de sua vocação, dar-lhes espaço na Igreja, respeitá-los em suas opiniões e iniciativas, abrir-lhes espaços para que participem nas decisões da comunidade, enfim, tratá-los como adultos numa linha de comunicação e participação como compete à sua vocação batismal.

Esta síntese das contribuições recebidas não está completa, mas brevemente haverá as conclusões da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe publicadas onde poderemos encontrar os demais desafios que a Igreja Católica tem que enfrentar com urgência.

Padre Brendan Coleman Mc Donald é redentorista, doutor em Educação, Psicologia e Teologia e professor-titular na UFC

sábado, 9 de junho de 2007

Jovens fazem tapete de 21 metros na Esplanada

Do CorreioWeb

O feriado de Corpus Christi começou cedo para a juventude cristã do Distrito Federal. Desde às 7h desta quinta-feira, a concentração de jovens já era intensa na Esplanada dos Ministérios, onde será celebrada a Festa da Eucaristia, a partir das 17h. Sob os acordes de um violão, a nova geração trabalhou com entusiasmo a fim de elaborar um tapete com 21 metros de cumprimento, que simboliza a passagem de Jesus Cristo nas cidades por onde ele profetizava. Cerca de 60 mil pessoas são aguardadas para a missa da Esplanada, que vai celebrar o corpo do filho de Deus. O evento deve deverá terminar às 18h com a queima de fogos.

Quem passou pelo local no início desta manhã assistiu a preparação para a festa e o corre-corre dos organizadores. Os jovens usaram materiais como milho, sal, borra de café e outros ingredientes para a confecção do tapete. Seguindo os passos de Jesus, é por ele quem passará o arcebispo metropolitano da capital federal, o bispo Dom João Braz de Aviz, e o pároco da Catedral de Brasília, monsenhor Marcony Vinícius Ferreira. Segundo eles, o envolvimento dos jovens para a celebração da missa retrata o perfil da juventude católica. “Eles não fizeram hoje um simples tapete. Mostraram que em Brasília há jovens preocupados com a paz, ao invés de queimar índios e brigar”, observou monsenhor Marcony.

O tapete elaborado pelos jovens possui ao todo 21 imagens. Os temas deste ano abordaram a visita do Papa Bento XVI ao Brasil no mês passado e a canonização de Frei Galvão. Ao total, 19 grupos jovens estiveram envolvidos na tarefa. O coordenador da confecção do tapete, Aluísio Parreiras, conta como foi o processo de escolha dos jovens artistas. “Todo ano a disputa é grande. Tivemos que escolher os melhores desenhos. Infelizmente, algumas pessoas acabam ficando de fora nesse processo”, conta.

Seguindo a tradição cristã, o feriado de Corpus Christi é representado pela Eucaristia, símbolo maior da presença de Jesus entre os fiéis. O corpo e sangue de Cristo se transformam em pão e vinho, tema abordado pelo funcionário público Anphrisio Romeiro, 36, que também ajudou o trabalho dos jovens. Este é o terceiro ano consecutivo que ele participa da atividade. “É uma experiência muito gratificante para todos nós”, diz o servidor, que também levou consigo a filha de dez anos. “Devemos nos espelhar nas pessoas de bem, que deram exemplo. Assim fez Cristo. E quero passar isso adiante, principalmente para minha filha”, explica.

Outra tradição do Corpus Christi no DF é a utilização do Papa Móvel. E este ano não poderia ser diferente. O automóvel usado pelo Papa João Paulo II, durante visita ao Brasil em 1980, 1991 e 1997, também é uma das atrações para quem vai à Esplanada dos Ministérios neste feriado religioso. É no Papa móvel que Dom João Braz de Aviz e o monsenhor Marcony farão a volta pelos ministérios, antes de passarem pelo tapete elaborado nesta manhã. Neste ano, a benção será dedicada aos doentes, aos governantes e à família.

Juventude cristã
A presença dos jovens na igreja é cada vez mais freqüente. Somente hoje, de acordo com os levantamentos da Arquidiocese de Brasília, mais de 40% do total de fiéis cristãos no DF são jovens. No entanto, eles afirmam que não é tarefa fácil seguir os ensinamentos da igreja. “Hoje em dia, há uma série de tentações mundanas. Acho que é por isso que os jovens cristãos, que renegam essas coisas, são taxados de caretas”, afirma a estudante Fernanda Perrira Braz, 26 anos. Ela não consome bebidas alcoólicas e preferiu se aproximar do grupo Jovens Organizados Instituindo o Amor (Jóia). “Somos todos libertos e não precisamos de nada material para sermos felizes”, diz Fernanda.

TURISMO RELIGIOSO no Festival do Turismo

08/06/2007 07:50

Não é de hoje que o turismo religioso atrai milhares de pessoas no mundo. Destinos como o Vaticano, na Itália, ou o Santuário da padroeira Nossa Senhora Aparecida, no estado paulista, atraem turistas de todo o mundo, de diferentes crenças e origens. Segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), existem cerca de 15 milhões de brasileiros viajando anualmente em busca de lugares e templos religiosos.
Valorizando este nicho, as organizadoras do 19º Festival do Turismo de Gramado, decidiram montar o Salão de Turismo Religioso, Místico e Esotérico para a próxima edição do evento, que ocorre entre 22 e 25 de novembro.
De acordo com Marta Rossi e Silvia Zorzanello, este é um segmento que cresce a cada ano, mas ainda necessita de profissionalização. 'Por este motivo decidimos montar um Salão específico sobre esse tema, para oportunizar a troca de informações e a divulgação de roteiros nacionais e estrangeiros', salientou Silvia. 'Vimos o quanto a vinda do Papa Bento XVI movimentou o Brasil e os países vizinhos', recorda Marta. Só em Aparecida (SP), estima-se que o Papa tenha sido recebido por 500 mil pessoas.
Segmentação do Festival
Há anos a segmentação já é uma premissa do Festival do Turismo. Nas últimas edições, o evento tem focado em nichos do mercado turístico que estão em expansão e, por este motivo, a cada ano tem apresentado um Salão diferente. Assim, o Festival do Turismo de Gramado, que agora irá oferecer o esperado Salão de Turismo Religioso, Místico e Esotérico, vai reprisar sucessos como o Salão de Ecoturismo e Turismo de Aventura, o
Salão de Tecnologia para o Turismo, o Cooperativado Touristcard, o Salão do Turismo Rural e o Salão de Turismo Saúde, que foi lançado com muito sucesso em 2006.
Apesar de ainda não existirem muitos dados consolidados sobre o turismo religioso no Brasil, uma pesquisa feita pelo Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que vem aumentando o número de turistas que se deslocam internamente com motivação religiosa, o que abre oportunidades para novas empresas, sobretudo de serviços. De acordo com o estudo, 3,2% do total de turistas viajaram, em 2006, por motivos religiosos. Em 1998, esse percentual era de 2,7%.
Destinos mais procurados
Desde 313, Roma tornou-se o mais importante receptivo turístico no Ocidente, onde, até hoje, há fluxo de maior volume e de maior constância de turistas e de visitantes. No Brasil, os destinos que mais se destacam são: Juazeiro do Norte, no Ceará, terra do padre Cícero; Nova Trento em Santa Catarina, onde se encontra o Santuário de Madre Paulina; Belém do Pará, na festa do Círio de Nazaré e, a mais conhecida, Aparecida do Norte, no estado de São Paulo, onde está o Santuário da Padroeira Nossa Senhora
Aparecida. Anualmente, a cidade de Aparecida, com pouco mais de 36 mil habitantes, recebe em torno de 8,5 milhões de romeiros, sendo considerada o maior pólo de turismo religioso do País.
Roteiros nacionais e estrangeiros

Entretanto, outros destinos alternativos também poderão possuir um estande no 19º Festival do Turismo de Gramado. Uma das opções cogitadas e que atrai dezenas de visitantes, diariamente, à região serrana é o Centro Budista de Três Coroas (RS), chamado de Khadro Ling. Outra opção é o Templo da Boa Vontade, em Brasília (DF). Também é provável que o Santuário da Santa Paulina tenha um representante na feira, uma vez que já estão sendo mantidos contatos. O local, em homenagem a primeira santa no Brasil a ser canonizada, fica em Nova Trento (SC), sendo considerado o maior pólo de turismo religioso no Sul do País. Além disso, estão sendo realizados outros inúmeros contatos, inclusive para trazer roteiros internacionais, como Santiago de Compostela, na Espanha.
Informações: www.festivalturismogramado.com.br

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Confiança: a chave

Sabe-se que, em grandes empresas, acontece uma distorção no mínimo interessante quanto a questão da confiança. Aqueles que são encarregados de manter um relacionamento produtivo e seguro entre a empresa e seus clientes normalmente estão posicionados no final da hierarquia organizacional. É um paradoxo que se alimenta da cultura que favorece o lucro em curto prazo em detrimento do princípio de longo prazo. E isso não é bom para ninguém, porque não cria sustentação - elemento fundamental para que a empresa adquira a confiança do mercado.

Quanto o cliente confia cada vez menos na empresa, ocorre um processo de mudança de visão e consequente busca de novos parceiros ou fornecedores que, no mínimo, desacelera as ações lucrativas e em casos extremos, elimina a empresa do mercado.

Esses são exemplos claros, que têm levado as empresas a mudarem de comportamento, forçadas pela natural percepção de que entram em desvantagem competitiva quando atuam de maneira a perder clientes em virtude de atitudes focadas exclusivamente na obtenção de receitas de curto prazo.

O mais interessante é que, tendo em conta a disseminação dessa percepção, os próprios funcionários começam a agir de maneira egocêntrica, perdendo o sentido de colaboração e realizando ações de sobrevivência, pressupondo que em algum momento essa organização em que atuam irá "quebrar". A produtividade desce a níveis alarmantes e caóticos nessas circunstâncias, até porque a reação própria dos dirigentes é a de "forçar" a ação usando todos os mecanismos de pressão conhecidos.

No livro "A velocidade da Confiança: um fato que muda Tudo", de Stephen R. Covey, são apresentados dados estatísticos que mostram que apenas 49% dos funcionários "confiam e se sentem seguros" em ralação à direção da empresa em que trabalham, e que 79% dos funcionários dizem que durante o último ano já observaram, em sua empresa, comportamentos ilegais ou que ferem a ética.

O assunto "confiança" tende a ser o próximo grande tema dos negócios. Existem vários níveis em que a confiança opera, que vão da "familiaridade básica com a marca até um sentimento de completa segurança na empresa. No nível mais alto, entretanto, a confiança implica em uma propensão de ambas as partes em expor a sua vulnerabilidade, tendo a segurança de que ninguém irá abusar desses dados ou explorá-los e que os interesses de cada um serão respeitados. Os clientes permanecerão fiéis apenas às empresas em que eles confiam. E pensando na sua própria reputação, os clientes só recomendarão uma empresa a amigos e familiares se eles mesmos se sentirem seguros.

Pensando nisso, existem dois ítens esperados de uma empresa antes que um cliente passe a confiar : competência e intenção. Você precisa se sentir confortável ao saber que a intenção da empresa é satisfazer os seus interesses e você tem que se sentir seguro que eles terão a competência e capacidade para fazer isso. Não adianta uma empresa sem competência ter boas intenções - você continuará não confiando neles. Da mesma forma você só só confiará em uma empresa competente se acreditar que as intenções desta são boas, ou seja, que ela irá respeitar seus interesses e não tentará tirar vantagem de sua vulnerabilidade.

Confiança, portanto, deve envolver sempre uma combinação de competência e intenção.


Nelson Marques
Consultor Organizacional
nelsonconsultor@gmail.com

segunda-feira, 4 de junho de 2007

“A questão do planejamento ”

“A questão do planejamento ” 



Carlos Maisel  maisel@ig.com.br



Hoje, sairemos da prospecção do futuro da cidade de Aparecida e faremos uma rápida avaliação da passagem de Sua Santidade o Papa Bento XVI entre nós.

È evidente que a cidade ganhou muito com a visita do Papa e deverá ganhar muito mais nos próximos anos. Vamos tentar avaliar setorialmente o que aconteceu.



1. A Visita – Sucesso Total



2 O Papa – sem dúvida atingiu o objetivo de massificação e desmistificação de sua imagem junto ao público brasileiro.  O carrancudo cardeal alemão deu lugar a um pastor simpático, alegre, acessível e humano.



O SANTUARIO NACIONAL – mais uma vez a organização impecável e profissional , cobrindo todos os aspectos possíveis, desde a infra-estrutura dos eventos: a missa, a abertura do CELAM , os deslocamentos , a hospedagem do Papa , até a  contratação dos hotéis, passando pelo relacionamento com a mídia.



A IGREJA CATÓLICA NO BRASIL – Conseguiu uma ampla demonstração de força em todos os aspectos : A força da fé católica demonstrada pela quantidade de pessoas presentes aos eventos somada a audiência dos meios de comunicação . Todos os veículos de comunicação, inclusive muitos não católicos reconheceram a liderança moral e espiritual de Sua Santidade.



FREI HANS STAPPEL E A FAZENDA DA ESPERANÇA-Vitória a  parte : conseguiu incluir a obra junto aos dependentes químicos na rota do Papa com exposição mundial nos meios de comunicação. As Fazendas da Esperança firmam-se definitivamente como uma obra de atuação globalizada.Conseguiu verbas de diversas fontes desde o Governador Serra até o Prefeito Junior Filippo de Guaratinguetá.

AS CIDADES DE GUARATINGUETÁ E POTIM- Nãoconseguiram aproveitar a passagem do Papa, pelo fato de que o Pontífice não parou em nenhum instante em nenhuma das duas cidades. A pergunta é: foi o protocolo que foi seguido à risca ou faltou iniciativa das respectivas autoridades municipais.



O CENTRO DE APOIO AO ROMEIRO -Tem a tendência devido a sua localização estratégica e aos serviços prestados, de ganhar sempre. Na noite da véspera da missa e durante tudo o dia seguinte conseguiu faturar muito bem.



AS ENTIDADES PATRONAIS- A ACIA e o Sinhores de Aparecida se envolveram e trabalharam desde a notícia da vinda de Sua Santidade . Foi mais de um ano com dezenas de reuniões de todo o tipo.

O Sinhores deu a partida com uma ampla pesquisa qualitativa do parque hoteleiro que serviu de fundamentação para a decisão da hospedagem dos participantes do V Celam em nossa cidade ( havia a possibilidade de hospedagem em outras cidades ou junto a entidades religiosas).

Cabe lembrar que a decisão da escolha foi 100% da equipe precursora do V Celam.



O trabalho do Sinhores estendeu-se pelo apoio dado a todos os hoteleiros que o procuraram. A verdade é que o individualismo , o voluntarismo e a falta de coesão da classe hoteleira impediu que esse trabalho pudesse ser mais eficaz.



A Acia além de participar de tudo o esquema teve papel fundamental na busca de patrocinadores ( bandeirolas,  outdoor , entre outros) O entrosamento das duas entidades tem sido permanente e muito produtivo.



A PREFEITURA- conseguiu, infelizmente em cima da hora verbas importantes para a cidade que estão se traduzindo em melhorias permanentes. A impressão que fica é que a cidade ainda carece de um melhor planejamento que possa aproveitar os eventos e a força da Cidade Santuário. È necessário que sejam produzidos projetos viáveis, com potencial e que aproveitem o bom transito do Prefeito junto aos Governos Federal e Estadual. Uma, ainda maior, aproximação com as autoridades religiosas poderia potencializar os resultados com ganho para todos.



A MÍDIA – Nunca, em nenhum momento, a Cidade esteve tão exposta a mídia Nacional e Internacional. Emissoras, do mundo todo transmitiram diretamente da cidade. Como exemplo podemos citar dois casos: 1. Quanto valem 10 minutos do Jornal Nacional transmitido “ ao vivo” com a Fátima Bernardes diretamente da cidade ? 2. Quanto vale a transmissão direta da CNN em espanhol para todo o mundo? A isso temos de somar o grande trabalhos da TV’s católicas.: TV Aparecida, Rede Vida, Canção Nova, Século XXI. Falta acrescentar o Rádio, os Jornais e as Revistas. È evidente de que tudo não foi tão cor de rosa assim. Quando os meios de comunicação começaram a informar que a cidade iria ser invadida por, pelo menos , 10 mil ônibus , que esses ônibus ficariam segregados a distancias nada razoáveis do Santuário. Informaram, também , que os hotéis estariam caros e lotados e que haveria uma possível epidemia de dengue rondando a cidade, o nosso público nº 1 – O Romeiro, resolveu ficar em casa e aproveitar a excelente cobertura pela TV.



Não podemos esquecer NUNCA que a imprensa brasileira é costumeira em dizer que a seleção já é campeã antes do inicio da Copa do Mundo. Essa grandiloqüência precisa ser levada em consideração quando planejamos eventos que envolvam grandes massas.



OS HOTEIS E O CENTRO VELHO – A teoria da flexibilidade da demanda diz que diferentes produtos reagem diferentemente em relação as variações de suas preços. Simplificando: é evidente que havia espaço para um remanejamento de tarifas do nosso parque hoteleiro. Afinal, ninguém discute que as tarifas de hospedagem são historicamente baixas e que tem havido um esforço permanente e continuo de reformas, ampliações e inauguração de hotéis ( cada vez melhores) em nossa cidade.

Outra afirmação verdadeira é que o fluxo anual de oito milhões de visitantes  anuais, corresponde a , apenas ,  5 % da população católica do Brasil.



O fato é que, se eu vou majorar as minhas tarifas, eu preciso levar em conta o fato de que talvez o meu hóspede atual não aceite pagar o novo preço e que é evidente de que eu preciso buscar novos clientes.

Aí, é que a Roda pegou. De um lado a mídia, poderosa, atuando 24 hs por dia, com informações muitas vezes discrepantes. De outro lado, 150 hoteleiros, na moita, à mineira, silêncio total , à espera do milagre. O milagre que traria levas de consumidores ansiosos, suplicantes por um abrigo, dispostos a pagar qualquer preço por uma hospedagem.

Precisamos lembrar, que apesar das melhorias havidas, a imagem do parque hoteleiro de Aparecida no mercado é de Hotéis modestos, tacanhos, apertados e de péssimos serviços.



Até hoje não foi feito nenhum esforço de comunicação integrada para melhorar essa situação. Em nenhum momento os hoteleiros buscaram apoio e informação junto as suas entidades para entender e tentar solucionar as pendências.



Quando veio a notícia ( com muita antecedência ) de que o Papa passaria por São Paulo, todo o planejamento da venda de hospedagem, que na verdade NUNCA foi efetuado, precisaria ser revisto. Quanto a questão dos comerciantes do Centro Velho, eles precisam compreender que eles estão umbilicalmente ligados aos hotéis. Ou seja: hotéis  lotados = sucesso, hotéis  vazios = fracasso. Não tem outra solução.



OS AMBULANTES – A minha opinião pessoal é que faltou um gesto de grandeza. È necessário que, em alguns momentos, nós abramos mão do ganho imediato em favor de uma imagem positiva e do ganho futuro. Somente um exemplo: Imaginem o Papa Móvel passando pela Av Monumental e sua repercussão.É isso aí . A avaliação representa a minha opinião pessoal e estou aberto a debater o assunto e aceito e respeito humildemente a opinião de todos . Carlos Maisel



domingo, 3 de junho de 2007

Companhias faturam com a visita ilustre de Bento XVI ao País

Diário do Nordeste - Fortaleza (CE)

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As empresas aproveitaram a presença de 1,2 milhão de fiéis no Campo de Marte para lucrar, com a venda de esfihas, sorvetes, água e artigos religiosos (Foto: Eduardo Queiroz)



Empresas de vários segmentos aproveitaram para lucrar com produtos e serviços ligados à visita do sumo pontífice



A vinda do papa Bento XVI ao Brasil, em maio último, foi mais que um momento de orações e reflexões por parte do rebanho de 124 milhões de católicos do País. Representou uma oportunidade de marketing e concretização de vendas para empresas de diversos segmentos. De operadoras de telefonia móvel, a fabricantes de banheiros ecológicos, passando por vinícolas e até empresas de fast food: cada uma aproveitou seu quinhão.



Nem mesmo a missa de canonização do primeiro santo brasileiro — Antônio de Sant´Anna Galvão, o Frei Galvão — escapou das estratégias montadas para atrair o público e ampliar os negócios. No meio do Campo de Marte, localizado na Zona Norte da Capital paulista, podiam ser vistos, por exemplo, os vendedores do Habib´s, alimentando os 1,2 milhões de fiéis presentes, com suas famosas esfihas, vendidas a centavos de real.



A multinacional Nestlé disponibilizou cerca de 80 vendedores ambulantes de água e sorvete no Campo de Marte. Para garantir o picolé vosso de cada dia, a empresa deixou três caminhões refrigerados a postos. O esquema na Nestlé não é novo. Conforme Jonny Way, diretor de novos negócios da empresa, a estrutura foi semelhante à utilizada em grandes eventos, como shows, jogos de futebol e corridas de Fórmula 1.



Telefonia e CD




Músicas, fotos do papa e de santos, mensagens de texto com palavras do pontífice e trechos da Bíblia foram alguns dos serviços que as operadoras TIM e Claro ofereceram aos fiéis, durante o período de visita papal em São Paulo. Filão explorado também entre os evangélicos (apenas mensagens com passagens bíblicas), este tipo de serviço engorda, a cada dia, o faturamento das companhias telefônicas.



Em homenagem ao momento único na história da Igreja do Brasil, a Paulinas-COMEP lançou, ainda em abril, o CD ´Frei Galvão - O Primeiro Santo Brasileiro´. Com tiragem de 15 mil exemplares, o produto traz a vida do frei e detalhes de alguns dos seus numerosos milagres, entrecortados por músicas.



O valor de venda é R$ 13,20, nas lojas Paulinas. Segundo a assessoria de imprensa da rede varejista de artigos religiosos, houve uma procura bem grande pelo CD, principalmente depois da canonização de Frei Galvão. ´Temos CDs vendidos lá no Mosteiro da Luz. Algumas lojas têm nos procurado para fazer encomendas´. (SC)



DE NORTE A SUL
- Miolo manda vinhos, e cardeal quer lucrar R$ 1,8 mi com caderno



Não foram apenas as empresas instaladas em São Paulo que aproveitaram a presença do Sumo Pontífice. Daqui de perto do Nordeste, mais precisamente do Vale do São Francisco (divisa de PE com BA), seguiram garrafas de vinhos brancos para adoçar o paladar do Santo Padre. A Miolo Wine Group realizou uma seleção de vinhos e confeccionou um selo especial em homenagem à vinda de Bento XVI ao Brasil.



Entre as garrafas, que foram enviadas ao Mosteiro de São Bento, em SP, local onde o papa ficou hospedado, estavam as do espumante Terranova Moscatel, produzido na Fazenda Ouro Verde, no Vale do São Francisco. Os vinhos fizeram parte da carta que acompanhou o cardápio da chef mineira Mazzo França Pinto.



A empresa Cardeal, de Serafina Corrêa (RS), lançou os ´Cadernos da Fé´, linha especial com imagens de santos. As vendas devem alcançar 500 mil unidades, totalizando R$ 1,8 milhão até o fim do ano, o equivalente a 1% do faturamento previsto para 2007. (SC)



ANÁLISE - SAMIRA DE CASTRO: Um papa quase pop



Maior país católico do planeta, o Brasil recebeu de braços e coração aberto o papa Bento XVI. A cada dia de acolhida, tanto em São Paulo quanto em Aparecida e Guaratinguetá, o alemão carrancudo Joseph Ratzinger não resistia às demonstrações explícitas de afeto do povo brasileiro. E correspondia com sua saudação tradicional e um sorriso de canto de boca. ´O papa vos ama´, não parava de repetir em cada evento, ao passo em que a platéia vinha ao delírio, gritando: ´Beeetoo!´ e ´Papa eu também te amo´.



O momento mais visível do ´namoro´ com o público foi na Fazenda Esperança, em Guará, onde o sumo pontífice quebrou todos os protocolos e fez a exagerada segurança suar camisas e coletes de verdade. Sim, porque até então, os centenas de federais, civis e militares se limitavam a cumprir o roteiro, barrando qualquer um que não tivesse crachá, credencial e passe de acesso. Aliás, a imprensa foi a que mais sofreu para desempenhar seu trabalho, com listas e filas intermináveis para por a mão nos tão cobiçados passes que davam acesso limitado aos locais onde papa estaria.



Padres, freiras, bispos, arcebispos e cardeais viraram tietes. Num dos eventos mais marcantes para os religiosos, a oração do rosário na Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, eles pareciam paparazzi: subiam nos bancos da igreja com celulares e câmeras em punho para tentar fotografar seu pastor. E deliravam a cada Pai Nosso. Freirinhas se emocionaram e seminaristas foram às lágrimas.



Tudo no Brasil é comoção. Não podia ser diferente com um papa não tão pop, mas quase lá. Mesmo quem chegou comparando-o com o carismático e monumental João Paulo II, depois do primeiro aceno no papamóvel, logo estava íntimo do sucessor de Pedro. Coisa de brasileiro. Não! De argentinos, chilenos, paraguaios, latinos...



O futuro da Igreja Católica, a Celam, os discursos inflamados contra o aborto. Tudo ficou em segundo plano. Valia mais o sorriso, o thauzinho, a pose de ´vampirinho com braços abertos´ de Hatzinger. Se Bento XVI guardará alguma recordação? Talvez. Os brasileiros já o guardam na memória afetiva.

Romeiros se encantam com o papa em Aparecida





DOS QUATRO CANTOS DO MUNDO

Romeiros se encantam com o papa

 

Em meio a 150 mil pessoas, achar pelo menos um romeiro conterrâneo em Aparecida do Norte foi tarefa árdua. Depois de rodar duas horas debaixo do sol forte, antes de a missa campal em Aparecida começar, fomos, mais uma vez, no Shopping da Fé, em busca de personagens. Transitando por uma das alas do local, surge em seu Agenor Barbosa e sua esposa, dona Socorro Holanda. ´São do Ceará?´, perguntamos. ´Sim!´, respondem. Eles vieram numa excursão do Sesc. ´São 28 pessoas. Viemos do Ceará, passamos por Caldas Novas e São Paulo e agora, em Aparecida, queremos ver o papa´, contou seu Agenor.



Paulista de nascimento, ele mora em Fortaleza há sete anos. Já conhecia Aparecida. ´Isso aqui agora está muito diferente de dez anos atrás´. Além da estrutura, destacou os preços bons. ´Pensei que fosse encontrar uma exploração´. Antes de bater perna com a esposa no Shopping da Fé, ele tratou de levá-la à 25 de Março e ao Braz, tradicionais locais de compras em São Paulo.



´A gente aproveitou para andar de metrô. O de Fortaleza, ninguém sabe quando é que fica pronto´, emendou dona Socorro. Para ela, um dos momentos mais emocionantes foi quando Bento XVI apareceu na janela do Mosteiro de São Bento. Ele diz que a vinda do papa é ´importante para a espiritualização do nosso povo´.



Rosa Maria Peralta, 28 anos, da Pastoral da Juventude do Paraguai, estava maravilhada com o Brasil, seus santos e sua gente. ´Viemos do Paraguai num grupo de 45 pessoas, participar do encontro do papa com os jovens no Pacaembu, numa viagem que durou sete dias´. O que mais a impressionou foi a hospitalidade do povo brasileiro. ´Passamos a noite em vigília para a missa do Frei Galvão. Achei a história dele linda´. (SC)



Preços estão mais salgados este ano



    * ´Estamos num grupo de 30 pessoas, de Imperatriz, no Maranhão. Saímos de ônibus fretado com muita disposição para ver o papa Bento XVI. A gente sempre vem para Aparecida do Norte porque somos romeiras, devotas da nossa padroeira. Também somos fiéis a São José de Ribamar, o padroeiro do nosso estado. Desta vez, achamos que os preços estão mais salgados do que nas datas tradicionais. A viagem custou R$ 900, com direito a hospedagem. A alimentação fora do hotel é por nossa conta. A gente passou um ano se programando para ter dinheiro para poder comprar algumas lembrancinhas. O comércio aqui é muito intenso e sempre dá para levar uma medalha para alguém conhecido´. (SC) -  Felina Milhomem, Aposentada

    * ´Trabalho com conserto de sofás e, nas horas vagas, ou quando vai ter algum evento grande aqui em São Paulo, eu vendo alguns produtos. Aproveitei a vinda do papa para vender camisas e CDs. Está dando tudo certo, apesar do fri e da chuva´ - Paulo Morais da Silva, Vendedor ambulante

Santuário gera mil empregos

ESTRUTURA IMPRESSIONA

Santuário gera mil empregos


A estrutura de acolhimento aos romeiros do Santuário Nacional de Aparecida impressiona pelos números

Quase mil funcionários trabalham para que os visitantes sintam-se em casa. Só de banheiros, são 850, além de cerca de 250 bebedouros, espalhados pelo Santuário. No subsolo da igreja, ficam os serviços de berçário e fraldário, e uma área com mesas e cadeiras para alimentação. O local possui também um auditório com capacidade para 780 pessoas, utilizado para eventos e encontros de romarias.

Um ambulatório médico, que conta com dois médicos, cinco enfermeiros e duas ambulâncias, garante o bem-estar dos turistas-devotos. Lá são atendidos cerca de 350 pacientes nos dias de grande movimento, quando o público que visita a basílica atinge 200 mil romeiros. Nestas ocasiões, dois postos policiais, um militar e outro civil, auxiliam os 150 homens da guarda patrimonial do santuário a cuidar da segurança dos visitantes.

O estacionamento do Santuário tem capacidade para abrigar quatro mil carros e 2,5 mil ônibus, numa área de 272 mil metros quadrados. O preço é que não agrada aos fiéis: R$ 7,00 a hora. Num anexo da basílica, encontra-se a Sala dos Motoristas, que possui 60 banheiros com chuveiro, 200 cadeiras espreguiçadeiras, televisões e mesas de jogos. O local, que tem área de 500 metros quadrados, pode acomodar 600 motoristas profissionais.

Ao lado da basílica, há uma torre de 18 andares com 100 metros de altura, que abriga a administração do santuário, a Central de Informações, o Centro de Documentação e Memória e o Museu de Nossa Senhora Aparecida. Um elevador facilita o acesso ao Mirante da Torre, no 18º andar, de onde se avista toda Aparecida e os municípios Guaratinguetá, Potim, Roseira e Pindamonhangaba, e o rio Paraíba do Sul.

Os locais mais visitados da basílica, depois do nicho que abriga a imagem de Nossa Senhora Aparecida, são a Capela das Velas — onde são acesas, anualmente, mais de 6 milhões de velas —, e a Sala das Promessas, local em que os devotos deixam símbolos de graças alcançadas. É possível encontrar de tudo, desde objetos deixados por celebridades — como a bola e a camisa que Ronaldo Fenômeno usou na Copa do de 2002 — até mechas de cabelo e peças de roupa.

Ao lado do Shopping da Fé, está sendo construído o Centro de Eventos, a maior obra ainda em andamento no Santuário Nacional. Com área de 15 mil metros quadrados e capacidade para 12 mil pessoas sentadas, o prédio será usado para abrigar romarias, eventos esportivos, empresariais e culturais. ´Vai ser o maior centro de eventos totalmente refrigerado do Brasil´, diz Rosemíria Siqueira.

O custo total do centro, previsto para ser inaugurado até dezembro de 2008, chega a R$ 20 mil. Todas as obras são custeadas pelos fiéis, por meio de ofertas na igreja e pelos 430 mil doadores regulares da Campanha dos Devotos, criada em 2000, com o objetivo de arrecadar recursos para os projetos da igreja. (SC)

COMÉRCIO DE IMAGENS SACRAS - Romeiro prefere itens simples e baratinhos

A estudante universitária Talita Miranda, 18 anos, conseguiu recentemente emprego na loja Sik Lopes, no Shopping da Fé — o complexo de alimentação e compras que faz parte do Santuário Nacional de Aparecida. Segundo ela, de agosto em diante, o movimento de romeiros fica aquecido e a lojinha consegue lucrar. ´Na visita do papa, o fluxo foi fraco porque as pessoas temiam 400 a 500 mil visitantes´, disse.

O aluguel do ponto custa R$ 980,00 mensais e a venda de imagens dá para arcar com esse custo, além do seu salário e de outras despesas. ´O que sai mais é a Nossa Senhora Aparecida de gesso, porque é mais baratinha´, diz. Os romeiros também gostam de levar chaveirinhos e terços — coisas simples, fáceis de carregar e que custam pouco. O maço de fitinhas, com 25 unidades, custa R$ 0,50 e vende bastante.

A maior parte das mercadorias vem de São Paulo. ´Com a Ponte da Amizade fechada, muita imagem importada do Paraguai deixou de vir. Algumas eram bastante procuradas´. O item mais caro, conta a vendedora, é uma imagem da padroiera do Brasil feita de mármore. Custa a bagatela de R$ 240,00. ´A coroa da santa é toda feita de pedras´, justifica. Uma abajur, réplica da Basílica toda iluminada, com música, custa R$ 36,00. (SC)

FIQUE POR DENTRO - Basílica tem área de quatro campos de futebol

Projetada em estilo românico pelo arquiteto Benedito Calixto de Jesus Neto, a Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida consumiu 25 milhões de tijolos e cerca de 40 mil metros cúbicos de concreto. A construção, iniciada em 1955, foi necessária porque a Basílica Velha não comportava os milhares de romeiros que visitavam a cidade.

Aparecida - Um retrato dos negócios

O Jornal "Diário do Nordeste", de Fortaleza (CE), publicou no último domingo, dia 3 de Junho, uma extensa matéria sob o título: "Negócios de Pai para Filho - Aparecida / Comércio Informal Predomina". Reproduzimos a mesma aqui, no BLOG do SINHORES Aparecida e Vale Histórico, para que todos os interessados possam conhecer a visão externa que o mercado tem com relação ao modelo de negócios praticado em Aparecida.



(Na foto: Rosemíria Siqueira: a vinda do papa frustrou muita gente, porque a mídia atrapalhou)

Uma feira com 2,5 mil barracas de camelôs existe em Aparecida há 40 anos. Os pontos passam de pai para filho

O comércio popular ao redor da Basílica de Aparecida é um forte atrativo da região para os visitantes. Uma feira com cerca de 2.500 ambulantes, localizada na Avenida Monumental, chama a atenção pela imensa variedade de itens. Ali, o turista-devoto encontra lembranças religiosas, a preços de R$ 0,99 a R$ 1,00.

Segundo o assessor de imprensa da Prefeitura, Rogério Braga, a feira resume o momento de estagnação econômica do município. ´Ela começou há 40 anos e, de lá para cá, as banquinhas passam de pai para filho. O pessoal se acomodou a ganhar alguns trocados em épocas de grandes romarias e não procurou evoluir´, diz ele.

A feira, que iniciou com seis barraquinhas, só reúne trabalhadores informais. ´A Prefeitura não está mais concedendo novas licenças de funcionamento porque já esgotou a capacidade local´, comenta Braga. Para ele, a grande carência da cidade é a falta de uma escola superior. ´Não temos uma faculdade sequer para formar pessoas em outras atividades´. As faculdades mais próximas ficam nas vizinhas Guaratinguetá e Taubaté; ou um pouco mais longe, em Campos de Jordão.

Como o movimento esperado durante a visita de Bento XVI não se confirmou — os hotéis registraram entre 25% e 30% de ocupação porque as operadoras cancelaram reservas, temendo superlotação —, a entrada da cidade parecia uma praça de guerra. Dezenas de guardadores de carro disputavam clientes e ofereciam ´hotel baratinho, a R$ 100 a diária, para casal, com refeições´.

Quem lucrou

Alguns estabelecimentos conseguiram lucrar, como o Hotel do Papa, que alugou sua parte superior para a geradora de imagens argentina Network, por cerca de R$ 15 mil. O ´quartel general´ da rede internacional dava uma visão privilegiada do altar montado fora basílica, onde Bento XVI abriu a V Conferência Episcopal da América Latina e Caribe.

Durante a estada do papa, toda a cidade parecia um grande mercado a céu aberto: banheiros químicos custavam R$ 1,00. Estacionamentos, também (preço por hora, com direito a chuveiro para banho). Quem quisesse deixar o carro fora, nas ruas próximas à basílica, tinha de pagar aos flanelinhas a bagatela de R$ 20,00.

Para Rosemíria Siqueira, a vinda de Bento XVI e a canonização do Frei Galvão deram o empurrão que faltava para Aparecida deslanchar no turismo religioso. ´O problema foi que a mídia atrapalhou. Estávamos esperando mais de 500 mil pessoas na semana da visita do papa e os jornais começaram a alardear superlotação, epidemia de dengue´, comenta. Resultado: vieram só 150 mil turistas-devotos. (SC)

ELEVAÇÃO DA RENDA - Trade está de olho nos turistas estrangeiros Aparecida possui mais de 200 restaurantes, incluindo os dos hotéis

Depois que os olhos dos católicos do mundo inteiro se voltaram para a terra da padroeira do Brasil — com a visita do papa Bento XVI em maio último —, o trade turístico de Aparecida do Norte está de olho nos visitantes internacionais. ´Quatro cardeais que estão participando do Celam confirmaram que, em julho, trarão grupos de religiosos, em vôos charters, para conhecer nosso santuário´, informa Ernesto José Elache, presidente do Sindicato de Hotéis e Restaurantes de Aparecida e Vale Histórico.

´Falta qualificação e aperfeiçoamento da mão-de-obra, para citar apenas o aspecto que cabe ao trade investir´, afirma Rosemíria Siqueira, ex-secretária de Turismo local. Segundo ela, embora a presença de estrangeiros venha crescendo, não há pessoal no Santuário, nos hotéis ou restaurantes com capacidade para atendê-los. ´Vem muito espanhol, argentino, alemão e americano. Eles gostam de levar a imagem de Nossa Senhora e algo que remeta ao Brasil. Mas é um sufoco para nos comunicarmos´.

Elache reconhece as deficiências de pessoal, mas defende que o poder público tem de entrar como parceiro, para capacitar a mão-de-obra em vários segmentos. Destaca o trabalho que o sindicato está fazendo com os restaurantes, para qualificação no preparo de alimentos, segundo regras da Anvisa. ´Este é um segmento que precisa melhorar´. Aparecida possui mais de 200 restaurantes, contando os dos hotéis, que empregam diretamente mais de 500 pessoas. ´Sem falar nas lanchonetes´. (SC)


´CABIDEIRAS´ NO SANTUÁRIO - Total de ambulantes no local é limitado

Dentro do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o número de ambulantes é limitado. Apenas 120 profissionais, denominadas ´cabideiras´, circulam nas alas da basílica. ´Só pode vender que tem esse colete. Mesmo assim, não podemos entrar na igreja´, explica apressada Erlinda Araújo Guimarães.

Como sustenta a família com a venda de artigos religiosos, ela diz que não pode dar entrevistas, para não perder as vendas. ´O tempo que eu passar conversando com você, poderia estar circulando, em busca de novos fregueses´, completa. Sem mais delongas, avisa que trabalha ali há 20 anos e que o aluguel do colete custa R$ 15,00. ´É nossa responsabilidade mantê-lo limpo´.

Depois de comprarmos algumas medalhinhas de Nossa Senhora Aparecida, ela aceita falar mais um pouco. ´A gente só pode vender terço. Até os modelos de medalhas que temos vem com tercinho junto´. Os produtos custam entre R$ 1,00 e R$ 20,00. Em época de forte movimento, dá para apurara mais de R$ 100 ao dia. (SC)



TURISMO AVANÇA
Infra-estrutura ainda é precária


O fluxo de visitantes cresce, mas a infra-estrutura da cidade deixa a desejar, para o turista de maior poder aquisitivo

Com nada menos do que 156 hotéis, com capacidade para abrigar 30 mil pessoas, Aparecida começa a colher as graças do crescimento da devoção a Maria. O fluxo de visitantes cresce vertiginosamente — foram 8,2 milhões em 2006 —, ao passo em que a infra-estrutura da cidade deixa a desejar, principalmente para o turista de maior renda. Boa parte da rede hoteleira é voltada para romeiros de baixo poder aquisitivo, similar às hospedarias populares de Juazeiro do Norte (CE), só que, numa versão melhorada.

Segundo Ernesto José Elache, presidente do Sindicato de Hotéis e Restaurantes de Aparecida e Vale Histórico, em 2006, a rede hoteleira local ganhou seis novos empreendimentos. Todos de médio porte. Sem revelar o montante de investimentos, conta que em apenas um estabelecimento, com 42 apartamentos, foram alocados R$ 3,6 milhões, sem contar mobiliário, roupas de cama e mesa, talheres, eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

´No ano passado, 80% da rede hoteleira local foi reformada ou ampliada, após a confirmação da vinda do papa para cá´. Ele explica que, ´como a demanda de visitantes é maior que a oferta hoteleira, ainda tem muito hotel ruim ganhando dinheiro´. Mas isso vai mudar, porque a cidade começa a atrair empreendimentos de bandeira. ´Com a concorrência dos grupos de fora, que não se adequar, fecha´, diz.

Qualificação

O setor ainda peca, segundo Elache, na questão dos recursos humanos. Os hotéis empregam cerca de duas mil pessoas, com carteira assinada, mas a qualificação é muito baixa. ´Começamos em 2006 um trabalho de capacitação profissional, sem parceiros. Bancamos uma cozinha-escola, um apartamento-escola e uma recepção, para treinar pessoal´.

Com todas as dificuldades, o sindicato conseguiu formar 387 pessoas, em cursos teóricos e práticos de 100 horas-aula. Destas, 12 estavam nas ruas, sem qualquer perspectiva profissional. ´Hoje, oito estão empregadas´. A entidade cobra R$ 300,00 dos participantes, para custear a estrutura das aulas, o corpo didático e materiais, como uniformes. ´Na cozinha-escola, por exemplo, o aluno aprende a fazer pratos com peixes, aves e carne bovina´.

Em Campos de Jordão, onde funciona o curso de nível superior em hotelaria mais próximo, a mensalidade é de R$ 1.500. ´Impraticável para um funcionário nosso ou mesmo um empresário freqüentar´. Para Elache, o Sistema S deveria fazer parcerias com o setor privado para oferecer cursos de capacitação. (SC)

Capital da fé atrai romeiros desde o século XVII

O município de Aparecida do Norte tem 112 quilômetros quadrados e 36,2 mil habitantes. Mas, desde o século XVII, atrai milhares de romeiros. Foi nas águas do Rio Paraíba, que entrecorta a cidade, que pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em 1717.

Quando passava pela Vila de Guaratinguetá Dom Pedro Miguel de Almeida, o Conde de Assumar, governador de Minas Gerais e São Paulo, foi pedido a vários pescadores que abastecessem a comitiva. Entre eles, estavam João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, que navegaram pelo Paraíba por cerca de seis quilômetros sem nada pescar.

Ao chegarem ao porto de Itaguaçu, pescaram somente o corpo de Nossa Senhora da Conceição. João Alves guardou a imagem e, pouco abaixo, pescou a cabeça da santa. Todos ficaram impressionados porque, junto com ela, veio uma enorme quantidade de peixes. A partir daí, Aparecida se tornou o destino maior do turismo religioso no País. (SC)

ÉPOCA DE ROMARIA - Lojas chegam a funcionar 24 horas

Trabalho no Shopping da Fé é o que não falta: ´Em época de romaria grande, como agosto, o shopping funciona 24 horas´, diz Rosemíria Siqueira, proprietária da loja Nossa Vitória. Tempo parado mesmo só em fevereiro. ´Ou perto da quaresma, porque o pessoal fica sem dinheiro para fazer viagens longas´, argumenta.

Quando o período é de vagas gordas, a lojinha recebe cerca de 300 pessoas por dia, registrando ticket médio de R$ 20 por visitante. ´Alguns santuários são mais elitistas. Aqui, vem gente de todas as classes sociais´, comenta. Além dela e do esposo, trabalham no ponto mais duas funcionárias.

Dona Maísa, proprietária de dois quiosques de venda de lanches no Shopping da Fé, conta que somente um de seus pontos vale hoje R$ 120 mil. ´Comprei o local por R$ 60 mil e investi mais R$ 10 mil para construi-lo e equipá-lo. O aluguel de cada um sai por R$ 2 mil mensais e dá para viver bem com o que ganho aqui´, diz. Ela emprega cinco pessoas, a maioria da família, em cada ponto. ´Há 15 anos, quando João Paulo II visitou Aparecida, isso aqui não era nada. Hoje, é isso o que você está vendo: um mar de gente, muito trabalho, fé e empregos´, resume. (SC)

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sábado, 2 de junho de 2007

Segunda-feira será lançado o projeto "O caminho de Aparecida"



Segunda-feira será lançado o projeto "O caminho de Aparecida"



CNBB



Na segunda-feira, 4 de junho, acontecerá o lançamento oficial do projeto "O Caminho de Aparecida". Trata-se de uma linha de ônibus exclusiva (Operada pela empresa Cometa) entre São Paulo e Aparecida, com opção de parada na Casa de Frei Galvão em Guaratinguetá.



O lançamento será às 11h15 durante coletiva de imprensa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (Sala de Imprensa do Santuário). O projeto tem o apoio da arquidiocese de Aparecida e Santuário Nacional.



Estarão presentes na coletiva o arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis; o administrador do Santuário, Padre Hélcio Testa e representantes do projeto O Caminho de Aparecida.



Informações:

Assessoria de imprensa da Arquidiocese de Aparecida - (12) 8111-3631 / 3104-2713

Linhas&Laudas Comunicação - (11) 3801-1277