sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Seminário Missionário Bom Jesus

Seminário Missionário Bom Jesus

História

A história do Seminário Missionário Bom Jesus remonta do século 19, mais precisamente ao ato de lançamento da “Pedra Fundamental”, fato ocorrido em 6 de agosto de 1894, quando o bispo de São Paulo, dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, a benzeu. Ela foi colocada no futuro altar-mor da capela do colégio, destinado aos jovens que aspirassem o estudo eclesiástico.

Dom Lino faleceu em 12 de agosto do mesmo ano e, seu sucessor, Dom Joaquim Arcoverde Albuquerque Cavalvanti determinou ao engenheiro Francisco Carlos da Silva, que também era arquiteto, que dirigisse a obra.

A forma do prédio seria um “E” com igreja ao centro, fachadas com 200 metros e lados com 86 metros, em estilo “renascença,italiano e francês”, O desenho da fachada foi trazido de Roma por Dom Macedo.

A diocese adquiriu a “Fonte do Túmulo de Golias” para levar água para o “Colegião”, cujos primeiros alicerces foram assentados em 25 de abril de 1895. Na cornija do último andar do imóvel está pintado o “verdadeiro nome do Colegião”: Casa de Nossa Senhora Aparecida.

Em 1897, Dom Joaquim Arcoverde foi transferido para a arquidiocese do Rio de Janeiro, sendo seu sucessor Dom Antônio Alvarenga. Houve uma paralisação da obra e só com Dom Duarte Leopoldo da Silva ela foi retomada, mas sem seguir as características originais. 

O prédio ficou por muito tempo meio abandonado, alojando romeiros que chegavam à cidade em carros de boi ou tropas de burros. Dom Duarte Leopoldo permitiu em 1923 que os padres redentoristas terminassem a metade dos dois andares da frente e ali fizessem o “asilo dos inválidos”, dirigido pelas irmãzinhas da Imaculada Conceição.

Em 1930, por razão das festas jubilares da coração de Nossa Senhora Aparecida, com a falta de acomodações na cidade, o seminário Santo Afonso, na época localizado ao lado da Basílica,foi transferido para o Colegião e ali permaneceu até 1952. Durante esse período, muita coisa foi feita e concluída no prédio.

Só em 1952, a arquidiocese de São Paulo fundo ali o Seminário de Nossa Senhora Aparecida, que funcionou como menor até 1959 e, depois, como filosofado até 1964. As irmãs Missionárias de Jesus Crucificado responderam pela parte material do prédio de 1952 até 1969, realizando ali retiros, cursos e hospedagem.

De 1969 em diante, o Colegião abrigou o então Instituto Bom Jesus, dirigidos pelos padres Lazaristas com vistas a formação sacerdotal e vocações adultas.

Com a instalação da Arquidiocese de Aparecida terminou-se o acabamento interno do Colegião, sob a direção do Cardeal Dom Carlos de Vasconcelos Motta.  

Setor hoteleiro não registra impactos da crise financeira


Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
 
Rio de Janeiro - Até agora, o setor hoteleiro brasileiro em geral não sofreu os reflexos da crise externa. “Não tivemos nem cancelamentos. O turismo em geral no Brasil está bem até depois do carnaval, que é a nossa alta estação”, disse, no Rio de Janeiro, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Álvaro Bezerra de Mello.

Segundo ele, a redução dos turistas internacionais este ano, provocada pela valorização do real, fez com que a rede hoteleira buscasse oportunidades na crise. Como o dólar elevado impede viagens de brasileiros ao exterior,  o setor está promovendo o turismo interno. E tem obtido resultado satisfatório. “Estamos tendo esse fluxo nacional que está nos ajudando muito agora”.

Neste final do ano, a taxa de  ocupação tem se mostrado “excepcional”, disse  Bezerra de Mello. Nos hotéis do Rio de Janeiro, a ocupação está acima de 90%. “Há  muito tempo que não tínhamos uma ocupação tão boa”.

O setor está trabalhando no momento com uma parcela de 85% de turistas nacionais e 15% estrangeiros. Ele enfatizou que levará algum tempo até o turista internacional saber que o Brasil ficou mais barato, devido à desvalorização da moeda. O esforço para comunicar esse fato deve ser conjunto, envolvendo governo, empresários, operadoras de turismo e a Embratur.

O presidente da ABIH acredita que o movimento continuará bem até  o desfile das campeãs do  carnaval, no final de fevereiro de 2009. Os maiores destaques são as cidades litorâneas Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Ilha Bela, Angra dos Reis. Salientou que  a meta  agora é começar a trabalhar para preparar o período pós-carnaval e também  a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil.

Álvaro Bezerra acredita que depois da Copa do Mundo, “o Brasil vai decolar. Aconteceu isso em Barcelona, em Sidney”.  Em 2009, entretanto, a avaliação da ABIH é que  os turistas domésticos vão continuar prevalecendo  nos hotéis brasileiros.

Mantega diz que governo manterá geração de emprego no país

O ministro Guido Mantega disse nesta quinta-feira que o governo continuará agindo para evitar um aumento do desemprego no país.

"Nós ainda vamos continuar gerando emprego e tomando as medidas para que a economia não deixe de crescer", disse Mantega.

Em reportagem da Folha desta quinta-feira, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, admitiu aumento do desemprego no primeiro trimestre de 2009, apesar dos números recordes de geração de empregos formais registrados neste ano. Segundo o ministro, os primeiros setores a já mostrarem retração são automotivo e construção.

As declarações sucedem o anúncio das gigantes industriais Vale do Rio Doce e Votorantim de demissão e férias coletivas de funcionários em conseqüência da crise econômica.

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) também disse hoje que o governo tem os "instrumentos" para impedir o aumento do desemprego.

Sem adiantar as medidas que poderão ser anunciadas pelo governo para conter o desemprego, Dilma afirmou que a geração de empregos é conseqüência do crescimento econômico.

"São várias medidas. Ninguém mantém emprego de forma artificial, você mantém se você manter a economia crescendo." A ministra afirmou, porém, que as medidas vão depender de "variáveis econômicas" e não penas de negociações com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Ministério regulamenta entidade que representará setor de serviços

por IT Web - 05/12/2008
Nota Técnica publicada no Diário Oficial confere registro sindical à Confederação Nacional de Serviços

Assunto polêmico e que sempre gerou grandes discussões no setor de informática parece ter ganhado uma solução. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, assinou Nota Técnica, publicada na edição desta sexta-feira (05/12) do Diário Oficial da União, onde autoriza a concessão de registro sindical à Confederação Nacional de Serviços (CNSP). A nova entidade passará a representar legalmente federações a ela filiadas, como a Fenainfo, que sempre recusou vincular-se à Confederação Nacional do Comércio.

"A portaria do MTE veio para beneficiar quem realmente tem legitimidade de representação", afirmou Lupi, destacando a importância do setor de serviços para a economia brasileira. Segundo o presidente da nova entidade, Luigi Nese, o registro consolida uma realidade de um setor que já "representa 65% do PIB nacional e é o maior empregador e pagador de impostos do País".

Além do setor de informática, a nova entidade representará mais seis categorias, entre elas telecomunicações e radiofusão.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Receita pode tirar 400 mil do Simples


Micro e pequenas empresas têm débitos atrasados e já estão sendo notificadas sobre o risco de exclusão

A Receita Federal informou ontem que cerca de 400 mil empresas poderão ser excluídas do Super-Simples - sistema simplificado de pagamento de tributos federais, estaduais e municipais de micro e pequenas empresas. Sem dar detalhes, a Receita informou, em uma curta nota à imprensa, que iniciou os procedimentos para exclusão dessas empresas, que têm débitos atrasados e precisam regularizar a situação para permanecer no programa.

Será a primeira exclusão do Super-Simples desde que o regime de tributação foi criado, em julho do ano passado. A lei que criou Super-Simples não permite que os contribuintes com débitos atrasados permaneçam no sistema.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) manifestou surpresa com o volume elevado de empresas sujeitas à exclusão e com a forma como o anúncio foi feito pela Receita. "A notícia é péssima e nos coloca numa situação de extrema preocupação. Não temos conhecimento dos detalhes. Devido à repercussão de uma informação como esta, o cuidado com a comunicação se faz necessário", disse o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick. Ele destacou que o esforço de criação do Simples Nacional foi justamente para estimular a formalização das empresas.

Na nota, a Receita informou que começou a enviar ontem às empresas notificação para que regularizem o pagamento das dívidas. Elas terão prazo de um mês após a notificação para acertar as contas. Do contrário, serão automaticamente excluídas do Super-Simples a partir de janeiro de 2009. O sistema tem hoje 3 milhões de empresas inscritas e 1,7 milhão pagam regularmente o tributo por mês.

Segundo o secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, a exclusão poderá funcionar como uma "limpeza" no cadastro. Como o comitê gestor tem atuação independente da Receita Federal, o secretário-executivo também não tinha conhecimento dos detalhes da exclusão. "Muitas dessas empresas podem nem estar mais funcionando", disse. Segundo Santiago, as empresas que poderão ser excluídas tinham débitos antigos referentes ao Simples Federal, que foi extinto com a criação do Simples Nacional.

De acordo com a Receita, as empresas que receberem o documento de notificação terão todas as informações disponíveis para a regularização das dívidas. Os débitos não previdenciários de até R$ 100 mil podem ser parcelados diretamente na internet, no site www.receita.fazenda.gov.br, sem que o devedor precise comparecer aos Centros de Atendimento ao Contribuinte.

 

Veículo de Publicação : Jornal O Estado de São Paulo – Editoria Economia & Negócios

Comissão aprova regras para bingos e cassinos no País



A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou, na quarta-feira (3), substitutivo do deputado Vicentinho Alves (PR-TO) que regulamenta o funcionamento de bingos e cassinos no Brasil. O texto, entre outras medidas, restringe o funcionamento de cassinos às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; proíbe a presença, nessas casas, de pessoas com compulsão por jogos; e estabelece infrações administrativas e penais para os casos de desrespeito às normas.

A proposta consolida sugestões contidas em três projetos de lei - 2944/04, do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP); 2254/07 e 3489/08, ambos do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) - e também autoriza o funcionamento da chamada videoloteria (máquina caça-níqueis), desde que instalada em casas de bingo ou em cassinos.

Segundo o substitutivo, não será permitida a presença, em nenhum desses estabelecimentos, de pessoas menores de idade (mesmo que acompanhadas dos responsáveis), declaradas incapacitadas ou portadoras "do vício da ludopatia". Essas últimas serão inscritas em um cadastro nacional a ser criado.

Os bingos e cassinos não poderão funcionar a menos de 500 metros de escolas, igrejas e templos, e deverão ficar fora do campo de visão das vias públicas.


Bingos
O texto diferencia o tratamento dado a cada modalidade de jogo. Para os bingos, são definidos dois tipos: permanentes e eventuais.

No caso dos primeiros, só poderão ser promovidos em salas próprias com capacidade mínima de 500 pessoas sentadas. Esses locais deverão ter sistemas de processamento eletrônico interligado, em tempo real, aos órgãos de controle tributário e operacional. O processo de extração deverá ser isento de contato humano, e os prêmios só poderão ser pagos em dinheiro, com valor mínimo de 70% do valor arrecadado com a venda das cartelas.

Já os bingos eventuais serão obrigados a usar cartelas feitas pela Casa da Moeda e poderão pagar prêmios proporcionalmente menores - no mínimo de 40% do valor arrecadado.


Cassinos
Quanto aos cassinos, as regras são mais restritivas. Além de só autorizar o funcionamento no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste, o texto permite que haja apenas seis estabelecimentos no País - dois em cada uma dessas regiões. Uma nova quantidade só poderá ser autorizada pelo governo federal depois de cinco anos. Caso mais estados peçam para ter cassinos, terá preferência aquele com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

De acordo com o texto aprovado pela comissão, os cassinos poderão oferecer apenas jogos de cartas, roletas e videoloterias. Todos os funcionários deverão ser contratados formalmente e um deles exercerá a função de "diretor de jogos", para responder nos campos administrativo e penal pelo funcionamento.


Tramitação
O substitutivo de Vicentinho Alves rejeitou outros cinco projetos - PLs 270/03, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP); 1986/03, do deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ); 2999/04, do deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP); 3492/04, do deputado Neucimar Fraga (PR-ES); e 2429/07, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). O texto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ir a Plenário.

 

 

Veículo de Publicação : Agencia Câmara de Notícias

Banco Central divulga gastos de turistas nos primeiros sete meses do ano

 

Atualmente, o turismo figura como uma das maiores atividades econômicas do mundo, empregando mais de 230 milhões de pessoas e representando cerca de 10% do PIB mundial. De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), o crescimento médio do setor nos últimos anos aproximou-se de 7% e somente nos quatro primeiros meses de 2008, as chegadas internacionais de turistas cresceram 5%, em relação ao mesmo período do ano passado, embora haja previsões de desaquecimento no ritmo de crescimento em razão das incertezas acerca da economia mundial.

No Brasil, o setor continua a todo vapor. Os dados divulgados pelo Banco Central corroboram o cenário positivo.

No mês de julho, os gastos de turistas estrangeiros no Brasil atingiram US$ 468 milhões, nível recorde para o mês. Isso significa um aumento de 17% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando os gastos totalizaram US$ 398 milhões.

No período de janeiro a julho deste ano, a entrada de divisas pelo turismo internacional acumulou US$ 3,37 bilhões, maior valor que o arrecadado durante todo o ano de 2004 (US$ 3,22 bilhões). A receita acumulada no período foi 19% superior que a registrada no mesmo período de 2007 (US$ 2,83 bilhões). Vale destacar que durante todo o ano de 2007, as divisas provenientes do turismo somaram US$ 4,95 bilhões e a Embratur projeta que este ano o turismo seja responsável pela entrada de US$ 5,5 bilhões no País.

Os dados foram comemorados pelos órgãos vinculados ao setor turístico, já que o aumento no fluxo de turistas estrangeiros e a maior entrada de divisas contribuem para a geração de empregos e de renda, além, é claro, de contribuir para a profissionalização das empresas, que precisam se adequar a públicos mais exigentes, demandando maior dinamismo do setor.

Apesar dos dados positivos, o ministro do Turismo, Luiz Barretto, enfatiza que o Ministério do Turismo está trabalhando para que o tempo de permanência dos turistas estrangeiros no Brasil aumente, gerando, conseqüentemente, maiores gastos em solo brasileiro. De acordo com o ministro, os dados refletem o sucesso da ampla promoção do Brasil no cenário internacional desenvolvida pelo Ministério do Turismo e a capacidade de atração de turistas ao País.

Em compensação, os gastos de brasileiros no exterior também têm crescido, e em ritmo mais acelerado que os gastos de estrangeiros no Brasil. Com o dólar mais barato, as viagens internacionais se tornam mais acessíveis aos brasileiros da mesma forma que, para os estrangeiros, viajar para o Brasil está mais caro. Assim, o turismo internacional acaba se tornando uma fonte de saída de dólares.

Os dados divulgados pelo Banco Central apontam que os brasileiros em viagens ao exterior gastaram como nunca no mês de julho. Com o período de férias escolares, a conta do turismo registrou o pior resultado de toda a série histórica, já que as despesas de brasileiros no exterior alcançaram patamar recorde de US$ 1,31 bilhões somente no mês de julho, valor 60% superior ao registrado no mesmo mês de 2007.

Como o gasto dos brasileiros no exterior foi maior que a receita obtida com os estrangeiros em visita ao Brasil, a conta do turismo encerrou o mês das férias com déficit de US$ 838 milhões, o pior desempenho da história. O resultado negativo foi 101,9% superior ao de julho de 2007, o que demonstra uma deterioração da conta de turismo, agravada pelo dólar desvalorizado.

Sem dúvida, o melhor ano do turismo brasileiro, no que se refere ao ingresso de divisas através de gastos de turistas estrangeiros, foi o ano de 2007, quando o turismo internacional injetou US$ 4,95 bilhões na economia brasileira, valor 15% superior aos US$ 4,316 bilhões registrados em 2006. Entretanto, os números preliminares do ano de 2008 divulgados pelo Banco Central apontam que esse recorde pode ser quebrado este ano, em que pese os desafios do câmbio valorizado.

 

Fonte : Ass. Economia FNHRBS

RIO 2016 mobiliza o setor hoteleiro


Um dos desafios da cidade do Rio de Janeiro para consolidar a confiança do Comitê Olímpico Internacional (COI) até a votação, em outubro de 2009, da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é o item Acomodações. O Rio tem hoje em torno de 22.500 quartos no nível de hotelaria aceito pelo COI, que varia de duas a cinco estrelas. Com o objetivo de sediar as Olimpíadas, o plano do Comitê de Candidatura Rio 2016 é, além da construção de novos empreendimentos previstos, alcançar a adesão das redes hoteleiras já existentes na cidade. Nos hotéis de 5 estrelas da cidade, entre os quais Copacabana Palace, Fasano e Windsor, a taxa de adesão já atinge 90% do total de quartos. Além destes, 6 mil quartos de hotéis de 2 a 4 estrelas, como Sol Ipanema, Rio Copa, Copa Sul e Mar Ipanema, já estão comprometidos com o projeto olímpico. Para envolver o setor e atingir tais resultados, foi montada uma força-tarefa com os principais integrantes do trade de turismo do Rio, que compõem a Comissão de Acomodações do Comitê de Candidatura. Entre eles, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH); Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio); Rio Convention & Visitors Bureau (RC&VB); Ministério do Turismo; Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur); Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro; Empresa de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (TurisRio); Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (RioTur); e outras entidades ligadas ao setor. Também participam da Comissão representantes do Ministério do Esporte, da Subsecretaria Especial do Município para o Rio 2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A Comissão vem trabalhando para que os hotéis fluminenses ofereçam garantias de receber os turistas dos Jogos Rio 2016 caso a cidade venha a sediá-los. É necessária a adesão de 90% dos quartos disponíveis de cada hotel. A formalização do compromisso é feita a partir da assinatura de um contrato de adesão ao projeto olímpico. A mobilização do setor é um importante passo para atingir a meta mínima do COI de 40 mil quartos para público e Família Olímpica durante os Jogos. Até 2012, o setor prevê 3.885 mil novos quartos na cidade, que complementarão os já existentes. Os empreendimentos a serem construídos são analisados pelo consultor internacional de Acomodações John Sindelar. O projeto da área inclui, além dos hotéis, a construção de vilas de mídia e de árbitros, a utilização de transatlânticos aportados na cidade e possivelmente a locação de apartamentos de temporada no município. Ao todo, o projeto olímpico do Rio soma mais de 49 mil quartos, acima das exigências do COI, em um raio de até 50km a partir do Parque Olímpico (Barra da Tijuca). Em 2008, depois que a cidade do Rio foi anunciada como candidata aos Jogos Olímpicos de 2016 (junto a Tóquio, Madri e Chicago, dia 4 de junho em Atenas), a hotelaria fluminense foi convidada para um encontro geral seguido do Fórum Comercial da ABIH, ainda em junho. Na ocasião, estiveram presentes 42 representantes de cerca de 60 hotéis do estado, considerados decisivos pelos dirigentes do setor turístico. Durante o encontro, a Comissão de Acomodações apresentou o projeto para o dossiê exigido pelo COI, que será entregue em fevereiro de 2009. Em resposta positiva, os representantes do setor no Fórum voluntariamente reduziram as tarifas de hospedagem, em demonstração de compromisso com os Jogos Olímpicos. As ações do Comitê estão em consonância com a preparação de outros grandes eventos já confirmados na cidade do Rio: os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa das Confederações de Futebol de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. A preparação do Rio para sediar os três eventos e se manter no páreo para os Jogos Olímpicos inclui também a qualificação e o fomento da indústria hoteleira do estado, através da realização de seminários, palestras e exposições, captação de agentes financiadores internacionais e nacionais e incentivos governamentais para novos empreendimentos.

O Ministério do Turismo está criando linhas de crédito para qualificação hoteleira. Além disso, a auto-avaliação também se tornou gratuita, o que favorece a classificação do setor, obrigatória para as redes que aderem ao projeto olímpico.
 
Benefícios desde já - Além de o setor ser qualificado e preparado para os Jogos através de seminários para grupos de clientes oferecidos pelo próprio Comitê Organizador, oferecendo uma importante herança de conhecimento e experiência únicos, com as Olimpíadas ocorrem melhorias significativas em sistema de transporte, aeroportos, portos e hotéis, que beneficiam diretamente o trade. Com a promoção turística da cidade e do país-sede, o ganho é imensurável, pela dimensão econômica e social e o impacto que os Jogos exercem na infra-estrutura e na imagem de uma nação. Após sediar os Jogos Olímpicos de 1992, Barcelona, na Espanha, apresentou um aumento de 105% nos pernoites em comparação com o período anterior ao evento. Em 1990, foram contabilizados 3,796 milhões de pernoites e, em 2000, o número saltou para 7,778 milhões. Durante os Jogos, a cidade recebeu pouco menos que 2 milhões de turistas, número semelhante ao dos anos anteriores. Dez anos depois, em 2001, o grande legado se fez sentir quando a cidade recebeu mais de 3 milhões de turistas. O número de passageiros nos aeroportos de Barcelona também cresceu consideravelmente depois de uma década de realização dos Jogos: se, em 1992, o trânsito aéreo na cidade abarcava 10 milhões de pessoas, em 2001 chegou a mais de 20 milhões. A quantidade de participantes de convenções mais do que duplicou, passando de 100 mil em 1992 para 250 mil em 2001. Mas se engana quem sugere que, por estar oito anos à frente, uma Olimpíada não pode trazer ganhos para além do longo prazo. A história comprova que, já no período de candidatura, as cidades concorrentes a sede do maior evento esportivo do mundo experimentam ações de curto prazo altamente eficazes, que fomentam o turismo e agregam valor à sua imagem. Anos antes de realizar os Jogos Olímpicos, a cidade-sede atrai viajantes de negócios relacionados à competição, membros da mídia que cobrirão o evento, encontros e conferências dos grupos de clientes olímpicos (COI, comitês olímpicos nacionais, federações internacionais, patrocinadores e mídia), além de serem realizados previamente eventos-teste, treinamentos de equipe, encontros, incentivos, conferências e exibições atreladas à cidade. Os turistas que visitam a sede devido à realização do megaevento podem estender a viagem, gerando oportunidades de estada prolongada nos hotéis. Durante a Olimpíada, muitos quartos são reservados para o público credenciado (cerca de 40 mil somente do exterior), com boas tarifas e pagamento antecipado, além de se lucrar com comida e bebida em restaurantes, bares e similares. Os números dos Jogos de Sydney 2000, na Austrália, não mentem. De 1993 a 1996, ou seja, ainda na década anterior ao evento, as chegadas de viagens internacionais do segmento de reuniões, incentivos, congressos e exibições (MICE, na sigla em inglês) cresceram 78%. Além disso, em 1997 e 2000, Sydney foi nomeada cidade número um do mundo em convenções pela Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês). Os dados e fatos confirmam a oportunidade que está diante dos olhos.
 

Fonte : Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

MTur concentra na internet o processamento de convênios e de contratos

 
A internet será o único meio disponível para solicitação de recursos públicos para aplicação em projetos de interesse da iniciativa de entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos. Desde ontem, é obrigatória a utilização do Portal de Convênios - um ambiente virtual criado pelo governo federal para a celebração de convênios, contratos de repasses e termos de cooperação com o Ministério do Turismo (MTur) e todos os outros órgãos da administração federal direta e indireta.  Por meio do Sistema de Gestão de Convênio (Siconv), serão realizadas ações como cadastramento e credenciamento dos proponentes, apresentação de projetos, acompanhamento da execução e prestação de contas.

Para facilitar a comunicação com as instituições parceiras e orientar os interessados a buscar recursos para projetos de interesse social na área do turismo, o MTur criou um espaço interativo em sua página na internet (www.turismo.gov.br). Nesse ambiente, interligado a outros sistemas de controle do Governo Federal (Portal dos Convênios, Siafi, Sicaf, Receita Federal), é possível percorrer todo o caminho para a apresentação de propostas. Estão disponíveis formulários para cadastramento e credenciamento, documentos de apoio, legislação pertinente, informações sobre as exigências para a celebração de convênios e contratos de repasse. Além disso, existem informações específicas sobre os tipos de projetos da área de turismo que podem ser apoiados. “A legislação representa um avanço, porque dá transparência aos processos de transferência de recursos, promove a uniformização de procedimentos, a racionalização de custos e permite ainda o controle social, já que qualquer cidadão pode ter acesso às informações sobre os convênios e contratos firmados pelos órgãos públicos”, afirma o ministro do Turismo, Luiz Barretto. Somente no ano passado, por exemplo, o MTur liberou R$ 1,15 bilhão para a execução de 2,5 mil projetos de fortalecimento da infra-estrutura turística. Foram beneficiados 1.655 municípios. Nas ações de qualificação ou certificação, onde atua também em parceria com entidades privadas sem fins lucrativos, o investimento foi de R$ 43,2 milhões contemplando 45 projetos em 280 municípios.  Na promoção de eventos foram celebrados 1022 convênios, totalizando R$ 453,5 milhões.

O sonho e o pesadelo do restaurante próprio

Ter um restaurante é a ambição de muitas pessoas, mas setor está cada vez mais seletivo

Quando deu um curso chamado "Então você quer abrir um restaurante" na Universidade de Temple, na Filadélfia, Linda Lipsky deliberadamente fez o negócio soar como um campo minado. Ela preveniu os alunos de que poderiam perder suas casas, suas poupanças e até os direitos a seus próprios nomes. O objetivo era fazer dois terços deles abandonarem a idéia. "É muito fácil fracassar se você sabe o que está fazendo, e mais fácil ainda se não sabe", disse Linda, presidente da Linda Lipsky Restaurant Consultants, empresa que aconselha donos de restaurantes há 20 anos.

Embora os restaurantes sejam um antigo sonho de pessoas com pendor para a hospitalidade, o setor nunca esteve tão seletivo, graças à Food Network e a chefs celebridades, cujos restaurantes se tornaram plataformas de lançamento de marketing. Esse encanto é fácil de compreender, disse Peter Rainsford, vice-presidente de assuntos acadêmicos do Instituto de Culinária da América. "Há tantas pessoas que gostam de cozinhar e de comida, e pensam: ?Aqui terei um trabalho em que farei o que amo?", disse. "Mas elas não sabem como esse trabalho é duro, tanto física como financeiramente."

Charlita Anderson aprendeu de forma dolorosa e cara. Ela freqüentou a escola de direito, trabalhou no ramo jurídico por 20 anos, mas sempre sonhou em dirigir um restaurante que faria a receita de "gumbo" (comida típica à base de quiabo) de sua mãe. Assim, em 2002, ela abriu o Pepper Red?s Blues Café em Lorain, Ohio.  Ela fazia de tudo: de produzir o gumbo a esfregar o chão e cantar canções sentimentais, enquanto dava expediente completo como magistrada. Hoje, o restaurante está fechado e ela voltou à sua antiga carreira, na qual saldou a dívida que assumiu durante sua investida de 15 meses no negócio. Por várias vezes Linda viu restaurantes novos cometerem o mesmo erro: subestimar o dinheiro a ser gasto só para equilibrar as despesas. Ela os aconselha a ter dinheiro suficiente para cobrir cada aspecto do negócio pelos próximos seis meses, incluindo comida, salários, benefícios, equipamentos de cozinha, aluguel e utilidades.

Barry Sorkin e seus quatro sócios estavam perfeitamente cientes de que as chances eram difíceis para a Smoque, churrascaria em estilo do Texas que abriram há um ano e meio em Chicago. Mas eles estavam decididos a superar essas dificuldades com pesquisa e financiamento, e passaram mais de um ano analisando o negócio.

Sorkin largou o emprego em 2005 e visitou restaurantes por todo o país. Escreveu um plano de negócio detalhado analisando os menus de seus potenciais concorrentes. Junto com um cardápio simples de costelas, paletas, frango e acompanhamento como macarrão, queijo e batatas, o plano incluía também uma extensa análise das despesas que aguardavam o restaurante em seus primeiros três anos.

Nos poucos meses antes e depois da abertura do Smoque, Sorkin e um dos sócios passavam 120 a 130 horas por semana atando as pontas soltas. "Achei que íamos morrer de exaustão", disse ele. Desde que o Smoque abriu, Sorkin reduziu para o ritmo relativamente calmo de 90 horas por semana. Agora, ele chega ao trabalho às 7 da manhã de um dia que começa com estocar madeira num defumador, receber uma encomenda de uma entregadora de carne, verificar a receita da noite anterior e supervisionar enquanto assistentes de cozinha picam pimentões. Ele fica de pé o dia inteiro, e raramente chega em casa a tempo de ver seus dois filhos antes de irem para a cama. Mas ele não se queixa porque o Smoque tem atendido muito mais clientes do que previa o plano de negócio. "Meu trabalho antigo era desafiador, mas eu nunca tive a mesma empolgação por saber que alguém resolveu o problema de seu e-mail", disse Sorkin. "Eu adoro churrasco. Eu adoro alimentar pessoas com churrasco, e adoro vê-las comendo churrasco."
 

Principais Erros dos Empresários

 
Decida: negócio ou hobby?: O simples gosto pela cozinha não irá trazer sucesso ao negócio. "As pessoas não sabem como esse trabalho é duro, tanto física quanto financeiramente", diz Peter Rainsford, do Instituto de Culinária da América

Fuja do encanto fácil: Embora os restaurantes sejam antigo sonho de pessoas com pendor para hospitalidade e tenham aura de encantamento, graças aos chefs celebridades e seus restaurantes, o setor nunca esteve tão seletivo

Não subestime o dinheiro a ser gasto: É um dos principais erros dos donos de restaurantes novos. A consultora Linda Lipsky aconselha ter dinheiro suficiente para cobrir cada aspecto do negócios pelos próximos seis meses. Isso inclui gastos com comida, salário, benefícios, equipamentos de cozinha, aluguel e utilidades. Um detalhado plano de negócios ajuda.

Veículo de Publicação : Jornal O Estado de São Paulo com informações do The New York Times

Cadastro preenchido por hóspede em hotel não chega a ministério

Criadas durante a ditadura militar para controlar o fluxo de pessoas no país, as fichas que os hóspedes preenchem quando chegam aos hotéis sobrevivem até hoje, mas as informações reunidas no documento se perdem antes de chegar ao Ministério do Turismo.

A Ficha Nacional de Registro de Hóspedes combina informações como meio de transporte usado, motivo da viagem, última cidade visitada e próximo destino. A responsabilidade de tabular as informações é das secretarias estaduais de Turismo, mas só Paraná, Pará e Amazonas repassam regularmente dados atualizados ao ministério.

A maioria dos outros Estados só informa a taxa de ocupação do hotel e quantas noites os hóspedes passaram no estabelecimento, reunidas em outro relatório, chamado de BOH (Boletim de Ocupação Hoteleira). Segundo a Embratur, ligada ao Ministério do Turismo, 24 das 27 unidades federativas repassam esses números.

Mesmo as informações que estão disponíveis ainda não são analisadas. A Embratur começou a preparar uma série histórica da taxa de ocupação, em parceria com a Fundação Getulio Vargas, que deve ser divulgada no início do ano que vem.

José Francisco de Salles Lopes, diretor de estudos e pesquisas da Embratur, diz que o órgão já monitora informações sobre perfil, gastos e origem dos turistas em pesquisas bianuais. Lopes diz que a ficha de registro dos hóspedes será analisada em uma segunda fase do trabalho. A Embratur descarta, por enquanto, o fim da ficha ou mudanças no formato.

"Queremos que as fichas sejam preenchidas eletronicamente, mas isso depende de lei e não se faz de uma hora para outra", afirma Lopes.

Atualmente, os hotéis encaminham uma cópia do documento aos órgãos competentes e mantêm outra nos estabelecimentos para que a Polícia Civil possa consultá-las. Até cerca de dez anos atrás, os registros eram copiados em um livro, que era encaminhado à polícia.

 

Políticas públicas

O tratamento científico dos dados poderia fundamentar políticas públicas para o setor. "É um dado simples, que as pessoas não valorizam, mas poderia mostrar os fluxos turísticos dentro do país", diz Alexandre Panosso Netto, professor do curso de lazer e turismo da Universidade de São Paulo.

Segundo a Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), alguns Estados preferem nem receber as fichas porque falta espaço para armazená-las.

Outro problema é que nem todos preenchem a ficha. Pousadas e hotéis de pequeno porte não pedem as informações aos hóspedes. "Não nos interessa saber só sobre o turista que fica em hospedagens caras. Queremos informações sobre os que têm poucos recursos e viajam no país, que é a maioria da população", diz o professor.

O número de hotéis e pousadas também é controverso. No Estado de São Paulo, a estimativa é que existam cerca de 5.920 meios de hospedagem --nesse total, entretanto, são contabilizados até estabelecimentos que funcionam, de fato, como casas de prostituição.

A confusão ocorre, segundo Alexandre Sampaio, diretor financeiro da Abih, porque o número é definido a partir da CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), que identifica as unidades produtivas no Brasil. "Por essa identificação, é possível ter um número maior de estabelecimentos que se declaram como meio de hospedagem, mas que não estão no Cadastur, do Ministério do Turismo, porque não preenchem os requisitos."
 

Veículo de Publicação : Jornal Folha de São Paulo

Enólogos e mestres cervejeiros já ganham como executivos

Disputa de mercado dá novo status a profissões técnicas

Se um salário de cinco dígitos remetia imediatamente a altos cargos de diretoria, o setor de bebidas alcoólicas está quebrando esse padrão. A competitividade do setor está fazendo com que os profissionais gabaritados para controlar a produção e a qualidade dos produtos tenham remuneração semelhante à do alto escalão - e responsabilidades tão altas quanto.

"O mestre cervejeiro monitora o processo de produção do início ao fim", diz a mestre Ana Paula de Almeida, responsável pela produção de cervejas da AmBev na fábrica de Guarulhos. Todos os dias, ela faz análises físico-químicas da produção, além dos testes sensoriais: prova a água, o chá de malte e até o ar comprimido que será usado na cerveja. Além disso, participa das decisões de inovação em produto e matérias-primas da empresa.

Formada em engenharia de alimentos, com formação em cervejaria na Alemanha, Ana Paula é uma das 8 mulheres entre os 100 mestres cervejeiros da AmBev. "As pessoas se surpreendem com minha função, porque esperam sempre um vovozinho alemão", brinca.

A demora para se formar um profissional e a demanda do mercado (em geral, dois especialistas por fábrica) fizeram com que os salários subissem bastante. "Podemos falar, na região Sudeste, de uma remuneração comparável à de executivos: de R$ 12 mil a R$ 18 mil", diz Matthias Reinold, consultor da MReinold, especializado em cervejas. "E essa remuneração, como a dos executivos, está cada vez mais ligada à performance que os produtos desses profissionais alcançam. Nas grandes cervejarias, já se adotou a remuneração variável, ligada a resultados."

A formação para esses cargos também é longa. "Um cargo como o de mestre cervejeiro ou enólogo profissional começa por uma boa graduação em ciências químicas ou biológicas e passa, depois, por cursos de especialização, além da experiência na fábrica", diz Reinold. "Ou seja, falamos de pelo menos três a quatro anos pós-faculdade." No caso dos enólogos, já há cursos de graduação e pós-graduação no País. Para mestres cervejeiros, porém, é preciso ir ao exterior. "Há formação na Alemanha, nos EUA, na Bélgica e na Espanha", diz.

Segundo ele, com o aumento da renda dos brasileiros, a tendência é de que o consumo de bebidas aumente. Mesmo com a inflação, o potencial é grande. "As empresas estão expandindo a produção e, regionalmente, surgem fabricantes de pequeno e médio porte. Ou seja, há uma demanda e poucas pessoas para atendê-la."

A enóloga Joice Seidenfus, responsável pela produção dos vinhos Salton, no Rio Grande do Sul, reconhece que o mercado está em expansão. "Além da região Sul, onde a produção de vinhos é tradicional e cresce muito, há novas fábricas no Recife e em Minas Gerais. Apesar de não ter costume de beber vinho, o brasileiro está conhecendo mais o produto e as empresas querem pessoas capazes de assegurar qualidade", diz a enóloga, com formação em engenharia de alimentos e enologia e com passagem pela Embrapa.

Para o analista da Fator Corretora, Renato Prado, é muito provável que as empresas invistam mais nos profissionais, especialmente das linhas premium. "Por serem linhas menos sensíveis à variação de preço, por atingirem um público mais alto, o que vai diferenciá-las é a qualidade. Com a concorrência que vemos atualmente, é bem possível que quem trabalhe nessa área veja boas oportunidades de remuneração."

Veículo de Publicação : Jornal O Estado de São Paulo – Editoria Economia & Negócios

Aquecimento do turismo impulsiona vagas no setor

O aquecimento da economia e o aumento do valor médio gasto por turistas estrangeiros no Brasil contribuíram para a formalização do trabalho no setor de turismo, que tradicionalmente tem alta informalidade.

O emprego formal no segmento cresceu 14,7% entre 2002 e 2006 - mais do que o informal, que teve acréscimo de 10,9%, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que deverão ser divulgados em dois meses.

"O crescimento do turismo no Brasil, de cerca de 9% em 2007, é o dobro da média mundial para o setor", diz Ricardo Moesch, coordenador-geral de qualificação dos serviços turísticos do Ministério do Turismo.

Um levantamento da FGV (Fundação Getúlio Vargas) com executivos de 92 empresas do setor, divulgado em março, indicou que a elevação do faturamento estimulará as contratações ainda neste ano. Os destaques são as companhias aéreas e as locadoras de carro.

Onde há vagas

Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que hotelaria e alimentação são os setores que mais demandam mão-de-obra com qualificação técnica, como garçons e cozinheiros.

Alexandre Sampaio, vice-presidente da Federação Nacional de Hotéis, destaca que cargos de gerência seguem estáveis, mas que técnicos terão grande procura.

Segundo o Ipea, os maiores crescimentos do emprego formal ocorreram nos segmentos de auxiliar de transporte (49,4%), agências de viagem (39%) e alimentação (36,7%).

A região Norte teve o maior aumento na contratação formal (28,3%). O Sudeste ficou em último, com 10,7%. O Rio de Janeiro foi a cidade que, entre 11 capitais turísticas, obteve o pior crescimento da ocupação em restaurantes e bares entre 1996 e 2006, segundo levantamento feito pelo Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes da cidade. Com 27% de aumento, ficou muito atrás da primeira colocada, Florianópolis, que teve 300%.

Eventos

O país melhorou sua posição mundial como sede de eventos: passou do 19º lugar, em 2003, para o oitavo, em 2006.

Cursando gestão em turismo e hotelaria na Universidade Estadual Vale do Acaraú, no Ceará, Luciano Santos, 22, pretende trabalhar com eventos ou em outra área que também tem forte demanda: o turismo de aventura.
 

Veículo de Publicação : Jornal Folha de São Paulo

STJ permite redução de IR com créditos de ICMS

As empresas exportadoras comemoram uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que permitiu que créditos não utilizados de ICMS possam ser contabilizados como custo nos balanços das empresas. Assim, como a base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são os rendimentos, a Indústria de Madeiras Guilherme Butzke, de Santa Catarina, que ajuizou a ação, terá diminuída a carga tributária referente a ambos os tributos. Segundo especialistas, a decisão é um importante precedente para outras empresas que acumulam créditos de ICMS. De acordo com um estudo de 2007 do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o estoque desses créditos equivale a cerca de R$ 15 bilhões.

Na decisão, tomada pela primeira turma do STJ, o ministro relator José Delgado declarou que "em que se trata de empresa exportadora imune ao pagamento de ICMS, que se vê acumulando créditos mês a mês sem que consiga obter junto ao Estado o ressarcimento de tal custo tributário, a norma do regulamento que proíbe que se considere o ICMS suportado como custo acaba por implicar a tributação de lucro inexistente, tanto a título de IRPJ como de CSLL". O regulamento do Imposto de Renda - o Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - veda a inclusão de impostos que são recuperáveis, pelo menos teoricamente, como o ICMS e o IPI, que são tributos sobre o valor agregado.

O advogado Gilberto de Castro Moreira Júnior, do escritório Vella Buosi Advogados, explica que a decisão é um precedente que poderá ser usado por outras empresas exportadoras obterem o mesmo no Judiciário. "Se a empresa optar por, com base na decisão, excluir por conta própria o ICMS da receita para cálculo do IR, corre o risco de ser autuada", alerta. Ele afirma que há outros setores empresariais que poderão usar a decisão como precedente. Um exemplo são as empresas que fabricam produtos de alíquota baixa, como os que fazem parte da cesta básica. Essas empresas também podem acumular crédito de ICMS. "Mas as que mais nos procuraram até agora são as exportadoras. Vamos entrar com mandado de segurança ou ação ordinária, que pedirá o reconhecimento do direito de considerar como custo o saldo credor de ICMS", comenta.

A maioria dos Estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo, não quer aceitar a transferência de créditos de uma empresa para outra. São Paulo permite a utilização dos créditos apenas para pagamento a fornecedores. O advogado do escritório TozziniFreire, Jorge Henrique Zaninetti, afirma que com o crescimento das exportações, cada vez mais as empresas buscam ferramentas para ao menos aliviar essa situação. "Essa decisão do STJ é conseqüência disso. E sua pretensão é legítima para empresas exportadoras ou preponderantemente exportadoras", afirma.

Zaninetti comenta que empresas que adquirem componentes importados têm pedido a suspensão do imposto devido nessa compra para compensar o acúmulo de créditos de ICMS. "Já os investidores estrangeiros ou empresas que mudam de Estado incluem maneiras de compensar créditos de ICMS em pacotes de incentivos fiscais firmados com os Estados", afirma.

O advogado Luiz Rogério Sawaya Batista, do escritório Nunes e Sawaya Advogados, afirma que havia decisões de tribunais inferiores favoráveis e desfavoráveis à tese. "Por isso, é interessante que o STJ se posicione permitindo o abatimento do saldo credor de ICMS do rendimento da empresa", diz. O advogado lembra que uma das decisões favoráveis ao contribuinte foi a sentença da juíza Adriana Barretto de Carvalho Rizzotto, da 22ª Vara da Justiça Federal no Rio de Janeiro.

O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, comemora a decisão. "Ela poderá ser usada por outras exportadoras. Espero que também em relação a créditos de PIS e Cofins", afirma. É possível compensar créditos de PIS e Cofins com outros tributos federais. Mas, segundo Castro, há empresas que não pagam tributos em valor equivalente ao montante de créditos de PIS e Cofins acumulados. Há 300 associados na AEB.

O economista e presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex), Roberto Segatto, acredita que a decisão resultará em uma ajuda bastante significativa para as empresas que buscarem a Justiça para obter o mesmo que a indústria de madeiras. "Conheço empresas que ajuizaram ação judicial para que seja autorizada a negociar o crédito acumulado de ICMS com outras empresas do mesmo Estado e há decisões a favor e contra", diz Segatto. Para o economista, futuras decisões como a que beneficiou a Butzke poderão conferir ao menos um alívio para aqueles que não conseguiram o direito de fazer esse tipo de transação. A Abracex reúne aproximadamente 1.200 empresas.

Os advogados Régis Pallotta Trigo e Luiz Felipe Ferraz, do Demarest & Almeida, afirmam que já receberam consulta sobre a possibilidade de contabilizar os créditos de ICMS chamados de "crédito podre" como custo. "Essa decisão do STJ é interessante porque baliza isso", diz Trigo. Os advogados alertam que o ideal seria que a segunda turma do STJ também se manifestasse no mesmo sentido antes do ajuizamento de ação para obter o mesmo. "Mas é bom lembrar que esses créditos vencem em cinco anos a contar de sua geração", finaliza.

 

Veículo de Publicação : Jornal Valor Econômico

Importância da infra-estrutura no desenvolvimento do turismo


É notório que o turismo brasileiro tem registrado taxas de crescimento elevadas, com expansão nas receitas advindas da atividade. Todavia, para que o setor cresça de forma sustentada faz-se necessário um plano de desenvolvimento coerente e eficaz no âmbito da infra-estrutura. Considera-se como infra-estrutura do apoio ao turismo o conjunto dos estabelecimentos e serviços que dão suporte à atividade turística através do atendimento direto ao visitante. Trata-se dos meios de hospedagem e alimentação, agenciamento turístico, lazer, compras e entretenimento, aviação (através de melhorias nos aeroportos) e infra-estrutura urbana. Integrados ao conjunto da infra-estrutura urbana, constituem, em parte, a força de atração de uma determinada localidade.

Somente o caráter social e multiplicador de empregos já seriam suficientes para fazer do turismo um setor extremamente importante em termos de investimentos e desenvolvimento econômico. Além disso, o setor também tem papel importante na atração de recursos para o Brasil. Somente no mês de junho, os gastos de turistas estrangeiros no Brasil atingiram US$ 426 milhões, valor 25% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (US$ 341 milhões). Este foi o melhor mês de junho de toda a série histórica do índice, iniciada em 1969. No primeiro semestre do ano, o valor acumulado foi de US$ 2,90 bilhões, ou seja, um aumento de cerca de 20% em relação ao mesmo período de 2007, tido, até então, como patamar recorde de toda a série histórica, quando os gastos de turistas estrangeiros no País atingiram US$ 2,44 bilhões. Cabe destacar que o valor alcançado somente nos seis primeiros meses de 2008 já é superior à toda receita turística arrecadada em 2003 (US$ 2,48 bilhões).

Apesar dos bons resultados, a infra-estrutura brasileira ainda é precária e necessita de investimentos para fomentar o turismo, especialmente o turismo regional. A melhoria da infra-estrutura turística com a definição da nova malha aeroviária, da ampliação e modernização dos aeroportos e recuperação e construção de novas rodovias, são os principais pontos para o crescimento do turismo no Brasil. Os transportes são um elemento fundamental de viabilização dos pontos turísticos, corroborando a importância de investimento em novos espaços urbanos, tendo a qualidade da infra-estrutura como fonte estimuladora da atividade turística.

Quanto ao turismo interno, além da infra-estrutura, sinalização turística, melhoria nas estradas, investimentos na rede hoteleira e qualificação profissional e preciso uma parceira entre empresas de transporte aéreo e o governo para que implantação de redução de tarifas tornando-as mais competitivas, o que vem a acarretar de forma ímpar no crescimento do turismo interno. Neste contexto, a Associação Brasileira de Empresas de Transportes Aéreos Regionais (Abetar) aguarda a adoção de algumas medidas do governo para estimular o setor, com o objetivo de tirar o segmento da aviação civil regional do atual estado de estagnação. Além das medidas de incentivo, o setor de aviação civil regional também reivindica a criação de um marco regulatório e a necessidade de mais investimentos na infra-estrutura aeroportuária, através de parceria público-privada (PPP). Vale ressaltar que nos últimos 10 anos, houve uma queda de 32% no número de aeroportos em operação comercial. O fechamento de mais de 40 aeroportos regionais deixaram desamparados mais de 400 municípios.

Desenvolver o turismo nas regiões onde exista oferta e demanda pressupõe prover os municípios de infra-estrutura adequada para a expansão da atividade e melhoria dos produtos e serviços ofertados. Essa é uma condição fundamental para a qualidade dos produtos turísticos e dos serviços prestados pela iniciativa privada. A execução de projetos de interesse e a relevância para a melhoria dos destinos turísticos só serão viabilizadas com investimentos em infra-estrutura de apoio ao turismo e infra-estrutura turística propriamente dita.

Uma pesquisa realizada pela revista EXAME identificou que entre os principais obstáculos ao crescimento e desenvolvimento do turismo nacional está a precariedade da infra-estrutura. Conforme indicado por 22,5% dos empresários entrevistados, a reforma e a ampliação de aeroportos deveriam ser uma prioridade do governo. Já para 21% dos empresários ouvidos, a recuperação da malha rodoviária foi citada como prioridade, já que tem papel fundamental no acesso de turistas de países vizinhos, como os argentinos, por exemplo. Cabe destacar que entre os 20 melhores trechos de rodovias brasileiras, 17 estão sob concessão de empresas privadas, segundo informações da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Além das rodovias, os portos, essenciais para o desenvolvimento do crescente negócio dos cruzeiros marítimos, também necessitam de investimentos. Atualmente, o turismo marítimo representa menos de 4% do turismo internacional no Brasil. Entretanto, na última temporada, este tipo de turismo cresceu cerca de 60% em relação à temporada imediatamente anterior, movimentando R$ 250 milhões e empregando aproximadamente 15.000 pessoas.

De acordo pesquisa da Organização Mundial do Turismo (OMT), que mediu o grau de competitividade de 200 países no setor de turismo, o Brasil está na 49ª posição da pesquisa. Esse resultado foi decorrente da falta de infra-estrutura adequada e da falta de dinamismo do transporte aéreo brasileiro. Portanto, os atrativos naturais e culturais não são suficientes para incentivar o turismo brasileiro. Para a OMT, o fortalecimento da infra-estrutura nos países emergentes poderia estimular, não somente o turismo internacional, mas, também, promover mais fortemente o turismo regional.

 

Fonte : Assessoria de Economia da FNHRBS
Data : 29-08-08
Marcia Tuna - Jornalista FNHRBS
55-21-25582630 / 55-21-98711039 / Fax - 21-22855749
jornalismo@fnhrbs.com.br / jornalismoturismo@gmail.com
skype : jornalismo.fnhrbs

Projeto de lei define salário mínimo de R$ 464,72


O projeto de lei do Orçamento da União para 2009, encaminhado ontem ao Congresso, prevê que o salário mínimo será reajustado em 1º de fevereiro em 12%. Com isso, o valor passará dos atuais R$ 415 para R$ 464,72. Especialistas avaliam, porém, que o mínimo pode ficar mais próximo dos R$ 470, uma vez que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor tende a ficar acima do previsto no Orçamento.

Esse valor é apenas uma projeção para estimar os gastos com os benefícios previdenciários e demais despesas assistenciais, em que o salário mínimo é a referência. O valor exato, a ser fixado pelo presidente da República por medida provisória, dependerá do comportamento da inflação até janeiro.

A fórmula para o reajuste do piso salarial foi definida em negociação do governo com as centrais sindicais, em 2007, mas não foi aprovada até hoje pelo Congresso. Mesmo assim, o governo decidiu adotá-la. Ela prevê que o reajuste será feito pela inflação do período, acrescida do crescimento real do Produto Interno Bruto, de dois anos anteriores.

 Veículo de Publicação : Jornal O Estado de São Paulo – Editoria Economia & Negócios

Proposta eleva a carga tributária para 25,38% do PIB

Proposta eleva a carga tributária para 25,38% do PIB

O Orçamento de 2009 segue a tradição e embute nos números nova previsão de aumento da carga tributária e das despesas do governo. A receita primária da União (composta principalmente por impostos, taxas e contribuições) crescerá de R$ 715,8 bilhões para R$ 808,9 bilhões em 2009, o que representa um aumento de 24,83% para 25,38% do Produto Interno Bruto (PIB).
 
Os impostos baterão novo recorde, subindo de 8,59% para 9,06% do PIB. As contribuições sociais permanecerão em torno de 7% e as contribuições de trabalhadores e empregados para o INSS crescerão de 5,62% para 5,89% do PIB. Apesar das incertezas sobre a economia mundial, o governo está mantendo a previsão de que o PIB cresça 5% em 2008 e 4,5% em 2009.

No lado das despesas, praticamente todos os itens terão acréscimo acima do Produto Interno Bruto no próximo ano também, com destaque para os benefícios previdenciários e assistenciais, cuja estimativa é que passem de 8,22% para 8,52% do PIB. Descontando as despesas obrigatórias e a meta de superávit primário, sobraram R$ 151,9 bilhões para o Executivo e os demais Poderes gastarem em investimento e custeio.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, destacou ontem o aumento "positivo" das despesas com educação, que passaram de R$ 11,1 bilhões para R$ 16,5 bilhões, mas, no global, a área social terá apenas mais 23% entre 2008 e 2009, enquanto os gastos da burocracia ministerial serão ampliados em 40,2%.

Veículo de Publicação : Jornal O Estado de São Paulo – Editoria Economia & Negócios

domingo, 31 de agosto de 2008

Novo perfil do profissional hoteleiro no Brasil - Desafio e oportunidades


Especialistas em educação destacam competências essências do novo profissional do Turismo



Com a moderação, Eraldo Alves da Cruz, a mesa redonda sobre Educação Profissional começou com as palavras da diretora do Centro Especial de Turismo da Universidade de Brasília, Ariadne Bittencourt. Na ocasião, foi apresentado o cenário da hotelaria no país, com 25.700 meios de hospedagem. Em relação à distribuição, a grande maioria, 47%, está localizada na região sudeste; 24%, no nordeste; 19% no sul e 7% no centro oeste. Sendo assim, Ariadne explicou que os profissionais dos meios de hospedagem devem apresentar um perfil que corresponda a realidade local, baseados na informação e no conhecimento do destino e/ou produto em questão.

A palestrante afirmou ainda, que a tendência do mercado de trabalho é a busca por profissionais que tenham competências e habilidades que gerem lucros, como a capacidade de lidar com pessoas e com a tecnologia. Ela Também destacou que, hoje, a questão da sustentabilidade, além de economia nos custos finais, também agrega valore ao empreendiemento.

Para conseguir atingir esse perfil de profissional, o Superindente de Educação do Senac de Minas Gerais, Emerson Luiz de Castro, explicou de forma simplificada como funciona o sistema de educação do Senac. Segundo ele, a educação do século XXI se baseia nos seguintes pilares: educação cognitiva (para aprender a aprender), técnico-operacional (para aprender a fazer), sócio-comunicacional (para aprender a conviver) e comportamental (para aprender a ser). Sendo esses dois últimos os mais importantes para a hotelaria. Em sua palestra afirmou que esse novo perfil de profissional já está no mercado, usando como exemplo o fato de que em grande parte dos hotéis os mensageiros são formados em Turismo. A pergunta, no entanto, continua sendo: como alcançar essas altas exigências do mercado em um país com a educação tão carente?










Eraldo Alves

Comércio Eletrônico como principal canal de vendas da hotelaria


Painel mostra como o comércio on-line pode gerar lucro



Abrindo o debate, Humberto Guzzo, da Central do Hoteleiro, mostrou para os congressistas do Conotel a relação de benefícios gerado pelas operações comercias via internet. Acrescentou, também, que na indústria hoteleira do futuro tudo será gerado pela tecnologia on-line, já que quando se efetua uma compra pela rede é possível fazer uma economia de até 25%.

Em seguida, Marcus Tannuri, da CMNet, empresa especializada em soluções em Informática, explicou como funcionam as transações por meio da grande rede e como o uso da internet pode facilitar as vendas e reservas de um hotel. Tannuri também deu algumas dicas para quem pretende entrar no mercado on line: “é essencial que se coloque no site da empresa o máximo de informações possíveis, pois a possibilidade de fazer desde a reserva até o check out via internet, corta intermediários, burocracia e custos”.

Ricardo Lidintong, da Stella Barros Turismo, terceiro a se apresentar nesse painel, definiu o perfil do consumidor brasileiro. De acordo com ele, o Brasil está entre as nações que mais utilizam a Internet. Hoje cerca de 47% da população brasileira tenha acesso a Web. Lidintong também destacou que para se obter sucesso nesse mercado, é imprescindível despertar interesse do consumidor. “Em meio a tanta informação só é relevante o que nos chama atenção”. Em um discurso bem ilustrado, Ricardo Lindintong mostrou cases de como, na era da informação, os recursos para “enganar” clientes perdem a eficiência, já que com a utilização de Orkut, MySpace e fóruns on lines, a propaganda boca a boca ganha maiores dimensões, uma vez que as pessoas buscam, e encontram, com facilidades a opinião de outros consumidores. Ao final, o palestrante apresentou sugestões aos empresários presentes, entre elas investir em parcerias para distribuição eletrônica, maximizar a presença da empresa/marca na Web, ser transparente e nunca esquecer de interagir com o cliente.

O moderador Wilson Moisés Paim, da ABIH- SP, pontuou sobre a responsabilidade das empresas em relação aos serviços negociados via web, destacando que empresas como a CMNet são apenas ferramentas, um canal entre os hotéis e o consumidor, e todas as informações prestadas são de responsabilidade da empresa hoteleira.

Reforma tributária no setor hoteleiro

Foto:
Edson Lupatini, Otávio Leite, Francisco Dornelles, Célio Barbieri e Alexandre Sampaio

No painel que discutiu a reforma tributária para o setor hoteleiro e a desoneração de impostos para o turismo, o senador Francisco Dornelles, junto com o advogado tributarista do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Edson Lupatini e o deputado federal Otávio Leite destacaram a criação do Imposto Nacional sobre Valor Adicionado (IVA Nacional), que inclui o imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS). Com a criação desses impostos a expectativa é que haja redução de custos, burocracias e trabalho das empresas.

O deputado Otávio Leite, ainda ressaltou a necessidade de se tratar o turismo como um produto de exportação. Segundo ele, o assunto já foi incluído na Lei Geral do Turismo e beneficiará o turismo receptivo e as ações para captar mais turistas no exterior. "É preciso dar ao turismo um tratamento igual a outros segmentos da economia, oferecendo linhas de crédito com desoneração da atividade e estimulando assim as pessoas a trazerem mais turistas para o país". Já Alexandre Sampaio, da SindRio, destacou novamente a necessidade de redução do peso dos impostos sobre o setor hoteleiro e a inclusão da atividade turística como produto de exportação.

Ministro Carlos Lupi diz que hotelaria é o pilar da indústria de turismo



Muito irreverente e aplaudido, o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, revelou que hoje cerca de sete milhões e meio de pessoas estão empregadas na indústria hoteleira e diz ser impossível falar de crescimento econômico sem falar de turismo. Ao declarar seu amor pelo Rio de Janeiro, o ministro também reconheceu os problemas pelos quais a cidade passa. “Quem dera se tivéssemos mais paz, mas tenho esperança que esse dia vai chegar”. Apesar das dificuldades, o número de empregos gerados demonstra como o país está crescendo. Segundo o ministro, em 2007, mais de 1,6 milhões empregos foram gerados e até o momento, em 2008, esse número já passou de um 1,3 milhões.

Homenagem ao Presidente da CNC

ABIH Nacional homenageia Antonio Oliveira Santos pela inclusão do Turismo na razão social da Confederação Nacional do Comércio Bens, Serviços e Turismo

Álvaro Bezerra de Mello homenageia Antônio Oliveira Santos

Após o pesseio pelo futuro, o presidente da ABIH Nacional, Álvaro Bezerro de Mello, prestou uma justa homenagem ao Presidente da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antônio de Oliveira Santos, por ter adicionado a atividade do turismo a razão social dessa importante confederação. Em agradecimento, Antônio de Oliveira, fez questão de evidenciar a importância do turismo e da hotelaria para a economia brasileira e trazer à tona o futuro do Brasil como sede da Copa de 2014. “O que temos observado em Pequim é o que pretendemos fazer aqui em 2014”.

Convite à Imprensa





O nosso caminho da fé


Tínhamos planejado com certo cuidado fazer essa primeira etapa do já famoso Caminho da Fé - Tambaú a Casa Branca - no dia 3 de agosto, dentro das comemorações da 82ª Festa do Desterro. Durante os dias que antecederam a caminhada, fomos adquirindo as coisas que seriam úteis para a jornada: mochilas, chapéus para proteger do sol ou da chuva, alimentos, etc. Constava da programação sairmos juntos do Santuário do Desterro, em ônibus que nos levaria até Tambaú, com partida às 5 horas de domingo. A saída seria às 6 horas, do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, naquela cidade, após recebermos as bênçãos do Pe. Eduardo. Mas, para nós, o começo seria diferente.

O relógio de casa foi programado para despertar às 4h30, tempo suficiente para levantarmos, fazer o asseio, nos alimentar e ir até o Desterro. Mas o relógio não despertou, e acordamos às 5h15. Levantamos a toda, fizemos a higiene, e sem comer nada tomamos o carro e corremos ao Santuário. Mas, outra decepção! Os ônibus já haviam partido e o pátio da igreja estava vazio. Saímos chateados e em questão de minutos tomamos a decisão ainda insegura de irmos até Tambaú de carro. Mas o tanque do automóvel já estava quase na reserva. Pedi a Deus que multiplicasse o combustível, até chegar pelo menos a Santa Cruz das Palmeiras. Na rotatória daquela cidade, estendi um pouco à frente para abastecer. Outra surpresa: o posto só começava a funcionar às 7h00. Voltamos e entrei em Palmeiras. Agora, tinha de abastecer de qualquer jeito, pelo menos para voltar a Casa Branca, pois o carro poderia a qualquer instante parar na estrada. Achamos um posto 24 horas, abastecemos e retornamos à pista. Tomamos a direção de Tambaú. Não sabíamos de onde sairiam os peregrinos, por isso fomos até o cemitério. Os poucos romeiros que ali estavam não sabiam informar. Disseram para irmos até o Santuário, e foi o que fizemos. Lá, praticamente todos os caminhantes já haviam partido. Avistamos o Pe. Eduardo que voltava para Casa Branca, adquirimos nossos cajados e, junto a mais dois companheiros de peregrinação, Ezio e seu filho Leonardo, encetamos a caminhada tão esperada. Um novo ânimo surgiu em nosso coração. Deixei meu carro estacionado ao lado da antiga casa onde morou o Pe. Donizetti, hoje museu. Depois daria um jeito de voltar para buscá-lo.

O Caminho da Fé, cujo trajeto completo liga a cidade de Tambaú a Aparecida, no Vale do Paraíba, tem cerca de 430 km. Ao fazê-lo, o peregrino atravessa diversos municípios de São Paulo e Minas Gerais. Foi inspirado no tradicional e milenar Caminho de Santiago de Compostela, que cruza o norte da Espanha de Leste a Oeste, saindo da França até a Catedral de Santiago de Compostela, onde estão sepultados os restos mortais do santo católico, responsável por difundir o Evangelho entre os povos. Compostela significa “Campo de Estrelas” e faz alusão ao misterioso fato de uma chuva de estrelas que indicaria o lugar onde foi encontrado o corpo de São Tiago, perdido mais de 800 anos depois de sua morte. Tambaú é conhecida no Brasil inteiro como a terra onde labutou por mais de 30 anos o Pe. Donizetti Tavares de Lima. A ele são atribuídos inúmeros milagres e as famosas romarias que levaram mais de 50 mil pessoas a Tambaú na década de 50 tornaram-no conhecido em todo o País. Devoto de Nossa Senhora Aparecida, hoje ergue-se na cidade, ao lado da casa onde morou e na qual está instalado um museu com seus objetos pessoais, um majestoso Santuário dedicado à Virgem. Já a cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, abriga o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, uma das mais magníficas igrejas de nosso País e uma das mais imponentes do mundo.

A primeira etapa do Caminho da Fé, de Tambaú a Casa Branca, tem 34 km. O percurso, feito por trilhas, caminhos e estradas rurais, cruza diversas propriedades e não se utiliza em nenhum trecho da antiga estrada vicinal que liga os dois municípios, que possui um trecho de 17 km já asfaltados. Parte-se do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Tambaú, e termina no Santuário de Nossa Senhora do Desterro, em Casa Branca. A única parada no trecho está nos primeiros 17 km, onde o caminhante encontra a primeira pousada credenciada.

As grandes dificuldades do Caminho estão nos trechos iniciais. Logo após o início existe uma subida íngreme, estreita e forrada de pedras que dificultam o caminhar. Como enfrentamos chuva nesse trecho, o que aumentou muito o frio da manhã, outro fator que dificultou foi a lama e o barro. Agregado à sola dos nossos calçados, tornava o andar penoso e lento. O peso dos tênis triplicava com o barro grudado. Eu, particularmente, senti ainda um agravante. Em função da chuva intermitente e do frio, senti meus braços e mãos congelarem e muita dor nesses membros. Comecei a ficar preocupado e usei uma pequena toalha de mão para friccioná-los na esperança de aquecer e diminuir a dor. Esse trecho inicial, que ocupa quase a metade do Caminho, é sem dúvida o mais difícil. São passagens íngremes, estreitas, muitas vezes pedregosas. Mas tudo é recompensado pela beleza da paisagem e pelo traçado da rota a ser seguida pelo caminhante. Nas idas e vindas das trilhas, surge a oportunidade de reflexão, de oração e de meditação. Pensa-se na vida de Jesus Cristo e no que Ele venceu por nós. Reflete-se na vida e nas obras dos Santos da Igreja, exemplos incontestes de serviço, entrega, abnegação e amor por Jesus e pela Virgem Maria.

As maravilhas do trecho vão se sucedendo a cada metro vencido. Os pés começam a doer, as pernas sentem as primeiras cãibras e o caminho continua a estender-se à frente, pedindo para ser vencido. Da mesma maneira, modifica-se a paisagem. Lavouras de cana por colher se sucedem. Trechos de terra nua e machucada pela recente colheita intercalam-se com nesgas da mata primitiva que dominava toda a região. Vêem-se os eucaliptos plantados em espaços quase que milimetricamente medidos, formando florestas fechadas, cujo aroma delicioso recende no ar puro da manhã, penetra nossos pulmões e dominam nosso ser. Impossível não aspirar com prazer o cheiro que impregna o ar. Depois vêm os pomares de laranja maduras, que colorem o verde que parece não ter fim. Seguem os de mexerica “morgote”. O caminho continua, sempre orientado pelas setas amarelas pintadas em árvores e pedras e, de vez em quando, pregadas nas porteiras e mourões de cercas das propriedades. Não há como se perder, não tem jeito de errar o trajeto. A cada 2 ou 4 quilômetros, uma visível placa do Caminho indica a distância entre aquele ponto e a chegada, Aparecida do Norte: 429, 422, 412, 398... Conforme diminuem os números, Casa Branca se aproxima.

Mais lavouras surgem diante dos nossos olhos: aqui, uma de soja. Ali adiante, uma de milho, mais pra frente, uma de feijão. Num trecho chuvoso e enlameado, paralelo aos trilhos do trem, estende-se uma linda plantação de trigo. Nunca tínhamos visto uma! O verde que parece um tapete some no horizonte. Tiramos fotografias, tocamos as plantas ainda novas mas todas espetadas e cheias do grão que vai virar pão. Uma das coisas mais lindas dessa jornada santa.

Passamos por açudes imensos. A riqueza da água molhando a terra que produz. Chegamos a uma lagoa aprazível, sombreada por inúmeras árvores e com vários bancos feitos de dormentes de estrada de ferro. A água cristalina, onde se pode avistar o leito repleto de plantas aquáticas, convida a molhar-se e lavar as mãos. Pequena pausa para descanso e retomada do caminho. Por todo o trecho avistam-se casas e mais casas abandonadas. Ninguém mais quer morar no campo. Telhados, janelas, portas e paredes ruem pela ação do tempo.

Quando chegamos à ponte da Gabiroba estamos exaustos. O tempo colaborou muito. Apesar da chuva e do frio, não fomos castigados pelo sol. De lá, em breve podemos avistar Casa Branca. Seguimos pela estrada cercada de canavial e chão duro. Cruzamos com uma carroça e um cachorro que tenta, desesperado, acompanhá-la. Pouco a pouco surgem os primeiros sinais da cidade no horizonte acinzentado. A cúpula da Matriz, o edifício Basilone, as torres do Santuário do Desterro e, em primeiro plano, os fundos da Estação Nova. Faltam poucos quilômetros. Estamos quase chegando. Contornamos pela estrada o canavial e passamos diante da antiga estação do Briaréu. Desativada a décadas, hoje é propriedade particular, sinal da prosperidade ferroviária da Mogiana e da primitiva linha que vinha da Estação Velha. Finalmente desembocamos no primeiro sinal de asfalto depois de iniciarmos o Caminho em Tambaú. Atravessamos o pontilhão da FEPASA e adentramos o Bairro do desterro pela Avenida Francisco Nogueira de Lima, que morre ás portas da Estação Nova. Seguimos chamando um pouco de atenção, especialmente pelo barro nas roupas, pelo ar de cansaço e pelos cajados.

A chegada às portas do Santuário do Desterro é emocionante. Conseguimos! Foram quase 9 horas de caminhada ininterruptas. Tiramos mais fotografias. Cumprimentamos as pessoas que se espalham pelo pátio diante da Igreja da Virgem. Acenamos para os conhecidos e somos recebidos pelo Padre Eduardo. Mas seguimos para o tão esperado encontro que motivou essa nossa jornada. Entramos no Santuário e prostramo-nos aos pés da bendita imagem da Sagrada Família do Desterro. Oferecemos à Virgem Maria, a São José e ao Menino Jesus todos os esforços que dispendemos na caminhada. Colocamos ali as dores nos pés, nas pernas e nos quadris. Pedimos pelas nossas famílias e por nós mesmos. Por dentro, somos inundados pela paz que vem de Deus. Nada fizemos. Quem fez por nós foi Jesus Cristo e a ele agradecemos mais essa maravilha que nos é dada: poder traçar com fé, amor e esperança o santo Caminho da Fé!

Foram muitas as lições da jornada, e uma delas é que não basta somente percorrer o Caminho. É preciso conhecer, respeitar e amar o Caminho. Só assim ele terá algum significado em nossa vida. Se não for assim, ele será somente mais um dos muitos caminhos que percorremos durante a nossa existência: vazio e sem deixar marcas.

Sérgio e Silvia Scacabarrozzi

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

ABIH, Fohb, FNHRBS, SindRio e Resorts Brasil entregam manifesto contra cruzeiros


ABIH, Fohb, FNHRBS, SindRio e Resorts Brasil entregam manifesto contra cruzeiros

Luiz Marcos Fernandes


Uma moção solicitando ao Ministério do Trabalho que exiga das companhias de cruzeiros marítimos a contratação de pelo menos 25% de mão de obra brasileira durante a temporada no Brasil foi entregue por entidades do setor hoteleiro ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

O documento assinado pela ABIH Nacional, Fohb, FNHRBS, Resorts Brasil e SindRio alega que a medida é importante para geração de mão de obra para o setor. Segundo o presidente da ABIH Nacional, Álvaro Bezerra de Mello é necessário que as companhias de cruzeiros dêem sua contribuição na geração de empregos.

"É importante que as companhias de cruzeiros possam também contribuir para o fortalecimento do nosso setor e prestigiar a mão de obra do nosso país gerando oportunidades de trabalho", afirmou.

Olimpíadas: hotéis de Pequim têm demanda abaixo da esperada


Olimpíadas: hotéis de Pequim têm demanda abaixo da esperada e Brasil promove candidatura do Rio de Janeiro na China

De acordo com projeções das autoridades chinesas, eram aguardados 450 mil turistas estrangeiros na China em razão dos Jogos Olímpicos, o que movimentaria cerca de US$ 450 milhões no período. Isso sem falar no turismo doméstico, que, de acordo com previsões, deveria injetar na economia mais US$ 300 milhões.

Entretanto, com o passar das semanas, os hotéis do país continuavam a registrar baixas taxas de ocupação, reflexo dos elevados preços praticados pelo segmento. Alguns meios de hospedagem chegaram a mais que duplicar o preço nesta temporada, aguardando os turistas ávidos por consumo. Os estabelecimentos que esperavam aumentar as vendas e o lucro durante as Olimpíadas ficaram desapontados com o pequeno número de visitantes. A expectativa era de reversão deste quadro desfavorável ao setor hoteleiro, que chegou a baixar os preços nas últimas semanas antes do evento, visando à atração dos turistas.

Parece que somente esta medida não foi suficiente para levar turistas à China. De acordo com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim, o desempenho abaixo do esperado se deve às dificuldades na compra de ingressos, além da burocracia envolvida no processo de obtenção de visto, dificultada devido aos temores em relação a atentados terroristas. Os diversos protestos favoráveis à independência do Tibete ocorridos ao redor do mundo, e, vale destacar a passagem catastrófica da tocha olímpica por Londres e Paris, também colaboraram para dificultar a aquisição do visto chinês, além, é claro, da deterioração da imagem do país frente à opinião pública mundial.

Há de se ressaltar que no último ano verificou-se um boom no setor de construção civil chinês, especialmente na área de hotelaria, o que elevou a oferta de quartos. De acordo com a Secretaria de Turismo de Pequim existem, provavelmente, cerca de 20 hotéis a mais na cidade que no ano passado. Também convém destacar o alto nível de poluição atmosférica da capital chinesa, o que também atua como empecilho na atração de turistas estrangeiros.
A situação é melhor para os hotéis de luxo. Esta categoria está com 80% de lotação, enquanto os de tarifas medianas não chegam nem a 50% de taxa de ocupação. Já os hotéis mais baratos registram ocupação de apenas 10%, o que não preocupa as autoridades locais, que alegam que este tipo de hospedagem é destinado aos turistas chineses, que não têm o hábito de realizar reservas.
Apesar de todos estes contratempos, o governo brasileiro, através dos ministérios do Turismo e Esportes, Secretaria de Comunicação da Presidênca (Secom), Embratur e Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), investiu R$ 10,4 milhões na instalação da “Casa Brasil”, que, além de ser um espaço de entretenimento, auxiliará, também, na promoção do Brasil como destino turístico para os chineses. Desta forma, o Brasil também já acelera sua campanha de divulgação da candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016, onde concorrem também Chicago, Tóquio e Madri.
Vale lembrar que, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), em 2010 a expectativa é de que a China irá superar os Estados Unidos e Espanha, subindo para o segundo lugar no ranking de destinos turísticos internacionais mais procurados, atrás apenas da França.
Já o ministério do Turismo está de olho nos viajantes chineses, já que a previsão de que a China será, em 2018, um dos principais países a enviar turistas para todo o mundo.O ministério montou uma agenda de atividades específica para agentes do setor, de 11 a 15 de agosto.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

ABUSO COM ÁLCOOL LEVA MOTORISTAS À CADEIA

Jornal Pequeno - O Órgão das MultidõesLevantamento parcial divulgado ontem à noite pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) dá conta de que, durante todo o final de semana, ocorreram diversas prisões de motoristas embriagados, tanto na capital quanto no interior do Estado. A “Lei Seca”, que passou a vigorar em 20 de junho, pegou de surpresa muitos motoristas beberrões.

Nas principais avenidas de São Luísa, entre as quais a Holandeses e São Luís Rei de França, foram realizadas blitzes, envolvendo contingentes a PRF, Polícia Militar, Polícia Civil, Detran e Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT).

Motoristas foram presos depois de flagrados com auxílio do bafômetro

Segundo o sargento Alberto Filho, da Companhia de Polícia Militar Rodoviária do Estado (CPRv), que estava trabalhando na operação, nas proximidades da Churrascaria Querência dos Pampas, na Ponta d´Areia, duas pessoas foram conduzidas ao Plantão Central da Beira-Mar (antiga Rffsa), ao serem flagradas ao volante com dosagem de álcool acima do nível permitido.

Os motoristas Charles dos Santos Melo e Francisco Pereira da Silva Júnior, ao serem submetidos ao exame do bafômetro, foram flagrados por desrespeito à chamada “Lei Seca”. Conduzidos ao Plantão Central, foram autuados em flagrante pelo delegado Gutemberg. A operação começou às 16 horas de ontem e se estendeu ao longo da madrugada de hoje.

Por volta das 22 horas de ontem, o sargento Alberto Filho, da CPRv, conduziu ao Plantão do Cohatrac o motoqueiro Antônio de Pádua Gomes Araújo, que foi flagrado conduzindo uma moto Honda, em visível estado de embriaguês. A prisão aconteceu na Avenida São Luís Rei de França.

De acordo com informações da polícia, os condutores autuados em flagrante vão responder a inquérito policial na Delegacia de Acidentes de Trânsito (DAT). Os motoristas, neste caso, tiveram apreendidas suas Carteiras Nacional de Habilitação (CNH), pois perderão o direito de dirigir por 12 meses, conforme estabelece a lei, que ainda prevê pagamento de multa no valor de R$ 957,00.

Operação - A Operação Alcoolemia Zero vem sendo planejada desde o dia 1º do corrente mês. Para tanto, a Polícia Rodoviária Federal emprestou três aparelhos etiômetros, ou seja, os bafômetros. Segundo o planejamento da operação, serão realizadas blitze sistemáticas em vários pontos da cidade, principalmente nas avenidas Ana Jansen (São Francisco), Litorânea, Holandeses, Mário Meireles (Ponta d’Areia), Senador Vitorino Freire (Areinha), Jerônimo de Albuquerque, São Luís Rei de França, Africanos, Portugueses, Franceses e Guajajaras.

A SMTT informou que a primeira fase da operação se estenderá até o final deste mês e acontecerá apenas nas principais avenidas da capital, mas, a partir de setembro, as outras vias dos bairros também serão incluídas. As fiscalizações deste mês acontecerão de quarta-feira a domingo, no horário das 21h às 4h. Nos dias 15, 20 e 23, das 21h às 3h, e nos dias 17, 24 e 31, das 16h às 22h.

Presos no interior - Segundo a PRF, um motorista foi preso no interior do Estado, por dirigir embriagado, logo nas primeiras horas da manhã de ontem. A ocorrência foi registrada no município de Caxias, à altura do quilômetro 542 da BR-316. A prisão ocorreu às 6h10: José de Ribamar de Sousa Lima não obedeceu a ordem de parada e, quando perseguido por agentes da Polícia Rodoviária Federal, foi constatado que estava com 0.43 mg/l de teor alcoólico. O preso em flagrante foi encaminhado a delegacia local da Polícia Civil. Com esta prisão, subiu somente na manhã de ontem para 24 pessoas presas nas BRs do Maranhão por desrespeito à Lei Seca.

A Operação Alcoolemia Zero envolve as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, além do Ministério Público, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Guarda Municipal e agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), que visa aplicação da Lei n° 11.705/2008 (a Lei Seca), que limita a quantidade de álcool em 0,2 grama (ou dois decigramas) por litro de sangue. Além da avaliação do estado dos condutores, as inspeções buscarão armas e drogas e checarão a regularidade ou não dos documentos do motorista.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Reforma tributária: relator desiste de propor novo ICMS

Reforma tributária: relator desiste de propor novo ICMS

O relator da Comissão Especial da Reforma Tributária (PECs 233/08, 31/07 e outras), deputado Sandro Mabel (PP-GO), desistiu de criar um novo artigo constitucional para tratar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço, o que seria, na prática, um novo ICMS. Ele manteve a modificação da cobrança do tributo do estado de origem para o estado de destino da mercadoria, conforme a proposta original do governo. O deputado resolveu, entretanto, inserir essa transição dentro da legislação já existente.

De acordo com Mabel, o objetivo é dar mais segurança jurídica ao texto. "Nós não criamos um novo ICMS, nós adaptamos a origem e o destino dentro do ICMS existente, porque se você criar um novo tributo, há o risco de ter uma porção de insegurança jurídica, novos questionamentos", explicou.


Fundo de Equalização


Também com o objetivo de dar mais segurança aos governadores, Sandro Mabel informou que vai incluir no texto constitucional o detalhamento do Fundo de Equalização de Receitas. Pela proposta do governo, o FER, previsto para assegurar que nenhum estado será prejudicado pela reforma tributária, deveria ser regulamentado por lei complementar. Os governadores, porém, temiam que o assunto ficasse pendente.

O relator também vai propor uma regra de transição de dez anos para os incentivos fiscais que já foram concedidos pelos estados às empresas. Sandro Mabel disse que o texto da proposta de reforma tributária está praticamente pronto, faltando apenas alguns detalhes. Segundo ele, a PEC só deverá ser votada na comissão especial quando houver condições para que o texto seja analisado, em seguida, pelo Plenário.

Serviços - Treinamento: o grande desafio do turismo

HOTEL NEWS
Edição 344 Maio / Junho 2008


Serviços - Treinamento: o grande desafio do turismo

Por Carlos Aldan: presidente da Signature do Brasil, licenciada da norte-americana Signature Inc., especializada em treinamento de vendas e atendimento a clientes. Também atua no Peru, no Chile, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Bolívia e em Portugal. www.signaturedobrasil.com.br

O último estudo do Fórum Econômico Mundial coloca o Brasil em 59º lugar entre os destinos turísticos mais procurados no mundo. Obtivemos uma das notas mais baixas no quesito “disponibilidade de mão-de-obra especializada” (3,7, numa escala de 1 a 7); ao mesmo tempo, uma das melhores pontuações recaíram sobre o quesito “recursos humanos” (4,9). Contradição? Não. Esses dados mostram que temos profissionais aptos - talvez entre os mais amáveis e simpáticos do mundo - e disponíveis para o mercado de trabalho.

No entanto, não conseguimos transferir aos serviços hoteleiros as vantagens comparativas que temos na indústria do turismo para a geração de resultados financeiros mais impactantes, de forma sustentada e condizente com a premente necessidade de criação de empregos no País.

Essas vantagens não são poucas ou pequenas, mas representativas de tudo que os viajantes do mundo procuram para vivenciar uma experiência plena. Além de características como amabilidade, hospitalidade e ausência de xenofobia por parte do povo, temos oito mil quilômetros de algumas das mais lindas praias do planeta, sedutor clima dos trópicos, regiões serranas de puro charme, entre outros exemplos. De Norte a Sul, há sempre um atrativo para o viajante. Paradoxalmente, temos potencial de sobra para nos tornarmos o destino mais procurado do mundo e um desafio enorme e árduo, mas perfeitamente transponível.

O grande desafio é transformarmos esse potencial em valor real para o turista nacional e estrangeiro. Para muito além das políticas públicas que promovam de forma competente o Brasil nos países emissores, que criem mais destinos atraentes, que façam em parceria com a iniciativa privada os investimentos necessários em infra-estrutura, há que se endereçarem às questões práticas sob o total controle de empreendedores privados para que possamos nos considerar preparados para reduzir essa enorme discrepância entre o potencial turístico e a pífia realidade demonstrada, ano após ano, de nossa participação mundial nessa indústria.

Por um lado, temos um turista exigente à procura de experiências diferenciadas e consistentes em uma indústria dinâmica na qual o “defeito zero” é insuficiente e, paradoxalmente, quase inatingível. O serviço diferenciado de ontem se transforma em algo corriqueiro e esperado hoje. O cliente exige encantamento, surpresas agradáveis, serviços memoráveis. Além disso, vivemos na era do conhecimento movida por avanços tecnológicos em um ambiente altamente competitivo, que imprime enorme pressão na indústria local para que tenha pessoas certas no lugar certo, disciplinadas, aliadas a planos de gestão e processos competentes e afinados com esta realidade.

Nosso desafio: transpor algumas barreiras culturais que nos impedem de entender que a criação de riqueza - o retorno sobre o investimento - está no cliente. O cliente é a fonte de riqueza. Temos de criar as condições para promover modelos de liderança baseada em idéias, trabalho em equipe, informação, visão de futuro, valores e missão que inspirem esse público jovem, desafiador, mas ávido por encontrar propósito e significado em suas vidas. Tudo isso sem torná-los menos brasileiros - premissas de eficiência e excelência não excluem características de cordialidade e simpatia.

Carregamos traços ainda baseados na tarefa, na burocracia, no processo, de forma pouco crítica, em contraposição à premente necessidade de termos profissionais pró-ativos, com senso crítico e de urgência desenvolvidos, aliados à identificação com a tomada de risco. Frente a um cliente exigente, isso faz a diferença. Vemos obediência passiva e cega, em contraposição à necessária flexibilidade, aprendizado e cooperação. Temos o hábito de encarar treinamento como custo e não como investimento indispensável. Treinamentos competentes impulsionam a geração imediata de receita com clientes bem atendidos.

O Brasil poderá vencer este desafio. O amável poderá ser igualmente eficaz. Essa transformação exigirá preparação, formação profissional e muito treinamento.