sexta-feira, 28 de março de 2008

Governo quer mudar uso de recursos do Sistema S

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O governo lançou ontem uma proposta para disciplinar a aplicação de R$ 4,8 bilhões anuais hoje geridos livremente pelas confederações empresariais da indústria, do comércio e outros setores.

Trata-se de 40% da receita do Sistema S, o conjunto de entidades privadas de serviço social e formação profissional mantidas com contribuições cobradas sobre a folha de pagamento das empresas, cuja atuação vai de cursos de qualificação profissional até colônias de férias e centros de lazer. No cenário imaginado, entidades como Senai e Senac passariam a seguir diretrizes fixadas em lei para o uso de suas verbas.

O projeto é potencialmente polêmico porque, desde os anos 40, quando foi iniciado o sistema, as administrações estaduais das entidades têm autonomia para decidir seus objetivos e prioridades.

Nos últimos anos, várias tentativas de eliminar ou reformar o sistema esbarraram na resistência de confederações como a CNI (indústria) e a CNC (comércio), responsáveis pela gestão dos recursos. Um dos argumentos sempre lembrados pelos defensores do sistema é que o presidente Lula se formou torneiro mecânico pelo Senai.

Não por acaso, o ministro da Educação, Fernando Haddad, foi cauteloso ao anunciar a proposta, que, disse, será discutida "sem pressa nenhuma". "Estamos criando um clima de debate para uma possível reforma."

A idéia é induzir as entidades a usar o dinheiro na oferta de cursos profissionalizantes gratuitos de nível médio para estudantes oriundos de escolas públicas ou com bolsa integral em estabelecimentos particulares. Os 2 milhões de vagas estimados beneficiariam ainda quem usa o seguro-desemprego.

Para isso, haveria um fundo nacional formado por parte da arrecadação do sistema, e 80% dos recursos seriam distribuídos conforme o número de matrículas nos cursos gratuitos -o restante do dinheiro seria repartido conforme a população do Estado.



Receita de R$ 8 bi

As empresas de médio e grande portes destinam atualmente 2,5% da folha de pagamentos às entidades do Sistema S do setor em que atuam, gerando receita estimada, neste ano, em R$ 8 bilhões.

Na proposta do governo, 1,5% da folha de pagamento passaria ao fundo. As entidades manteriam a autonomia no uso do restante da arrecadação tributária e de suas receitas adicionais com, por exemplo, a oferta de cursos pagos.

No diagnóstico apresentado por Haddad, o sistema hoje é falho devido à falta de transparência, à ausência de critérios para o atendimento, por priorizar cursos profissionalizantes de curta duração e por não ser orientado à gratuidade, o que, afirma, implica em "elitização" do público-alvo. Após a apresentação, ele atribuiu os problemas ao fato de a legislação atual não prever regras que inibam esses problemas.



Idéias em debate

O governo não conta com um projeto de lei pronto para ser enviado ao Congresso. As idéias apresentadas ainda serão discutidas "com a sociedade" e terão de passar pelo crivo da Casa Civil. Embora sejam contabilizadas na carga tributária nacional, as contribuições ao sistema não são consideradas dinheiro público e, portanto, não precisam seguir as diretrizes do Orçamento da União.

Por meio de nota, a CNT (transportes) se manifestou favorável à proposta. Procuradas pela Folha para comentar as propostas, a CNI, a CNC e o conselho nacional do Sesi não haviam se manifestado até o fechamento desta edição.



Avaliação positiva

A Força Sindical avalia que a proposta é positiva e pode ajudar a resolver o problema da falta de mão-de-obra especializada no país.

"O Brasil avançou no setor de tecnologia, as fábricas se modernizaram, mas os trabalhadores nunca tiveram a oportunidade de acompanhar esse investimento. Vários setores sofrem com o problema da falta de mão-de-obra qualificada. Por isso, qualquer mudança no sentido de aumentar os cursos de formação profissional é positiva", disse Paulo Pereira da Silva, presidente da Força.

Para Ricardo Patah, presidente da UGT, uma das propostas mais interessantes é a que prevê que parte dos recursos seja repassada para as escolas públicas fundamentais.

"Os recursos desse sistema são canalizados somente para algumas categorias profissionais. Não havia a participação ampliada da sociedade nesses recursos. A proposta é o início de mudança importante para o país. As escolas fundamentais são as mais carentes."

Veículo de Publicação : Folha de São Paulo Editora: Economia Página: B-6

Data : 28-03-08

Neeleman lança empresa aérea com TV a bordo e preços mais baixos

Jornal O Estado de São Paulo – Cad. Economia & Negócios – 28-03-08

O empresário David Neeleman,48 anos, fundador da empresa americana JetBlue, anunciou ontem sua nova companhia aérea brasileira. Ainda sem nome - a escolha será feita por meio de um concurso na internet - a nova companhia deve iniciar operações em janeiro de 2009, com três jatos E-195 da Embraer.

Ao lado do presidente da Embraer, Frederico Curado, Neeleman anunciou a compra de 36 jatos E-195, de 118 lugares, que serão entregues em até três anos. A preço de tabela, trata-se de um contrato de US$ 1,4 bilhão. O valor pode atingir US$ 3 bilhões se forem exercidas opções de compra para mais 40 jatos. Nascido em São Paulo quando seu pai, Gary Neeleman, trabalhava como correspondente da agência de notícias UPI, o empresário fala português e possui nacionalidade brasileira - ativo importante para quem quer investir no setor aéreo no Brasil, que restringe em 20% a participação estrangeira. Durante um evento simples mas bastante concorrido em um restaurante em São Paulo, Neeleman afirmou que pretende crescer estimulando uma demanda nova no mercado com preços competitivos e rotas diferentes das praticadas pelas líderes TAM e Gol/Varig. A idéia é oferecer vôos diretos e múltiplas freqüências diárias entre grandes capitais, muitas vezes sem passar por São Paulo e Rio. Ele quer conquistar espaço nos aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Santos Dumont, mas não pretende usá-los como centros de conexões. O empresário não quis revelar os destinos nem os preços que pretende praticar. 'Isso ainda é segredo, se não a concorrência vai em cima.' Na sua opinião, as empresas no Brasil praticam tarifas 'altas demais'. Mas avisa que não pretende fazer 'loucuras'. 'Não queremos guerra tarifária.' Se a concorrência for para cima dele, contudo, avisa: 'Não será fácil. Criamos a JetBlue em Nova York, onde tem muita concorrência, e nossa receita chegou a US$ 1 bilhão mais rápido do que qualquer outra companhia.' O avião da Embraer será um dos grandes diferenciais da companhia. Voando em mais de 18 países, mas inédito no Brasil, o E-195 é um dos mais modernos jatos em atividade. 'Depois de 800 aviões vendidos, não temos mais o que provar. Mas, sem dúvida, ter o avião voando no Brasil é uma questão de patriotismo', afirmou Frederico Curado. Segundo Curado, o E-195 possui um custo de viagem mais baixo do que os jatos Airbus e Boeing usados por TAM e Gol/Varig, ainda que o custo por assento seja mais alto, dado que os jatos da concorrência comportam de 140 a 180 passageiros.

Assim como na JetBlue, que opera o E-190, os aviões da nova empresa terão poltronas de couro e monitores individuais com TV ao vivo. Comissários - e de vez em quando o próprio Neeleman, como fazia na JetBlue - passarão com cestos repletos de salgados, doces e bebidas e o passageiro poderá se servir a vontade. 'Quem quer um bom jantar vai a um restaurante', disse Neeleman. A configuração de 118 lugares do E-195 permitirá à companhia oferecer uma distância entre poltronas de 31 polegadas (78,74 cm), duas a mais do que nos aviões de TAM e Gol - suficiente para agradar o ministro da Defesa Nelson Jobim, crítico notório do aperto nos aviões. Para manter o interesse pela nova companhia até o seu lançamento, foi criado um site (www.voceescolhe.com.br) onde os internautas poderão escolher do nome da empresa à cor do uniforme da tripulação. O primeiro a sugerir o nome que vier a ser escolhido ganhará um passe vitalício com direito a acompanhante. Na estréia ontem, o site ficou congestionado - e atraiu inclusive a visita de um hacker.

Reforma no Sistema S: anúncio hoje pelo MEC


Reforma no Sistema S: anúncio hoje pelo MEC

Ascom do Ministério da Educação (MEC) – 27-03-08

Criação do Fundo Nacional de Formação Técnica e Profissional

Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anunciarão nesta quinta-feira, 27, a criação do Fundo Nacional de Formação Técnica e Profissional (Funtec). Em entrevista coletiva à imprensa, às 16h, os ministros explicarão o novo fundo, que será composto com recursos destinados ao Sistema S.

O Sistema S é um conjunto de 11 entidades - Senai, Senac, Sebrae, entre outras. A estas entidades são repassados recursos previstos em lei para aperfeiçoamento profissional e melhoria do bem-estar social dos trabalhadores.

Câmara Brasileira de Turismo da CNC faz sua primeira reunião em Brasília

Ascom FNHRBS – 27-03-08Aconteceu


Câmara Brasileira de Turismo da CNC faz sua primeira reunião em Brasília

Ascom FNHRBS – 27-03-08

Aconteceu no dia 27/03, em Brasília, a primeira reunião do ano de 2008 da Câmara Brasileira de Turismo da Confederação Nacional do Comércio (CBT/CNC), coordenada por Norton Lenhart, presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS).

Na pauta, assuntos como a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Declaração de Davos, da Organização Mundial do Turismo (OMT), o projeto da Lei Geral do Turismo – que foi entregue quinta-feira (27) pela Casa Civil na Câmara dos Deputados, a 3ª. edição do Salão do Turismo, o X Congresso Brasileiro da Atividade Turística (CBRATUR), que será realizado na primeira semana de novembro, a Reforma Tributária e o impacto causado no Setor de Turismo, a Incidência da Tributação Federal sobre a intermediação dos serviços turísticos (pleito da Braztoa).

Lenhart saudou o novo integrante da CBT/CNC, Guilherme Paulus. E durante a reunião recebeu o secretário de turismo de Brasília, César Gonçalves e o deputado Aldo Rebelo, ex-presidente da Câmara dos Deputados, ao qual explicou o funcionamento da Câmara Brasileira de Turismo, seu trabalho junto com as entidades de turismo e alguns dos seus pleitos, como a agilidade na votação dos Projetos de Lei (PL´s 3059 e 2430 – de autoria do Deputado Carlos Eduardo Cadoca), que visam a flexibilização dos vistos aos turistas estrangeiros, inclusive, esse ultimo PL – o 3059/2008, que entrou na Câmara no ultimo dia 25 – flexibiliza o formato de concessão do visto, permitindo que os turistas estrangeiros entrem na internet para tirar o seu visto.

Circuito Serra da Mantiqueira - Lançamento

Aeródromos







Anac informa que aeródromos de pequeno e médio porte apresentam problemas de segurança

A
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anuncia que notificou 175
aeródromos brasileiros de pequeno e médio porte para que corrijam seus
procedimentos de segurança, tanto no aspecto de prevenção contra atos
ilícitos, quanto no que se refere à segurança operacional. Cerca de 75%
destes aeródromos são administrados por estados e prefeituras e muitos
têm dificuldades para fazer as correções exigidas pela legislação. Em
função disso, a Anac irá propor um grupo de trabalho com parlamentares
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para estudar formas de
viabilizar e agilizar o atendimento das normas de segurança nos
aeródromos.

Alexandre
Gomes de Barros, diretor da Anac, avalia que em diversas cidades do
Brasil, o transporte aéreo é a principal via de acesso ao local e o
fechamento de um aeródromo traz sérias conseqüências para a população.
"A Anac está preocupada com isso. Estamos levando esse problema ao
Congresso porque acreditamos que os deputados e senadores terão
mecanismos para mobilizar e auxiliar as prefeituras e governos
estaduais", disse.

Do
total de 175 localidades, 66 recebem vôos regulares, dos quais 48
(73%), são administrados por municípios ou estados. Nos outros 109 há
somente operações de aviação geral, como aeronaves particulares,
táxi-aéreo e aviação agrícola e 77% deles estão sob a responsabilidade
de governos estaduais ou municipais.

A
maior incidência de problemas em aeródromos com vôos regulares ocorre
na região Norte (31 localidades). Em seguida, estão as regiões Sudeste
(12), Sul (11), Centro-Oeste (10) e Nordeste (2). Já em relação à
aviação geral, as falhas estão concentradas na região Sul (49
localidades), seguida pelo Nordeste (26), Norte (15), Sudeste (14) e
Centro-Oeste (5).
fonte: Mercado & Eventos

terça-feira, 25 de março de 2008

Receita turística no 1º bimestre foi recorde mas despesa e déficit também

Revista Business Travel Magaz. – HotNews – 25-03-08

Pela primeira vez na série histórica contabilizada pelo Banco Central do Brasil desde 1969, o primeiro bimestre de um ano registrou receitas superiores a US$ 1 bilhão. Com os US$ 495 milhões que ingressaram na economia em fevereiro passado, o total de gastos dos turistas estrangeiros no Brasil chegou a US$ 1,090 bilhão, valor 21,38% superior aos US$ 898 milhões registrados no 1º bimestre de 2006. As receitas de fevereiro superaram em 19,57% os ingressos do mesmo mês do ano passado, transformando-se no melhor mês de fevereiro da série histórica. Para a presidente da Embratur, Jeanine Pires, o volume de recursos alcançados no último mês demonstra a força da atividade turística. Ela destaca que janeiro e fevereiro são meses de grande fluxo de turistas estrangeiros no Brasil, principalmente de sul-americanos - como os argentinos e chilenos que visitam o Sul do País - e europeus. O item "viagens" da conta de serviços do balanço de pagamentos de fevereiro também apresenta recordes desfavoráveis: as despesas de brasileiros no exterior totalizaram US$ 812 milhões, valor 63,05% superior ao registrado em fevereiro de 2007 e 64,04% superior às receitas de fevereiro. No acumulado do ano, as despesas totalizam US$ 1,786 bilhão, valor 66,60% superior ao acumulado no 1º bimestre do ano passado. Em decorrência, o déficit da conta "viagens" do BC em fevereiro foi de US$ 317 milhões (+ 277,38%) e no acumulado do 1º bimestre foi de US$ 697 milhões (+ 300,57%), valor que corresponde também a 21,39% do déficit total registrado em 2007 (US$ 3,258 bilhões).

Outros resultados do setor externo em fevereiro: o balanço de pagamentos registrou superávit de US$ 3,6 bilhões e as transações correntes foram deficitárias em US$ 2,1 bilhões no mês, acumulando déficit, nos últimos doze meses, de US$4,9 bilhões, equivalentes a 0,37% do PIB. A conta de serviços apresentou déficit de US$ 1,4 bilhão em fevereiro, 69% superior ao registrado no mesmo mês de 2007.

domingo, 23 de março de 2008

Mesmo sem dengue, Vale do Paraíba merece atenção

A TARDE On Line


22/03/2008 (13:27)

Agencia Estado
A posição geográfica do Vale do Paraíba, no eixo entre São Paulo e Rio de Janeiro, preocupa autoridades sanitárias. Nenhuma das 39 cidades que formam a região apresenta epidemia neste ano, mas a coordenadora regional da Sucen no Vale do Paraíba, Celeste Cristina de Azevedo, ainda considera "cedo" para dar algum diagnóstico. "Por enquanto está tudo tranqüilo, mas só poderemos dizer realmente daqui a quinze dias. Estamos em um feriado, quando a circulação de pessoas é muito grande e isso aumenta as possibilidades de contágio". Segundo Azevedo, todas as cidades deveriam fazer como Ubatuba, que decidiu conscientizar os turistas e visitantes na tentativa de bloquear a dengue.