Mas os EUA não são os únicos beneficiados pelo acordo, fechado em 27 de junho. Um dos pontos estabeleceu que as empresas norte-americanas efetuassem vôos para outros cinco destinos brasileiros previamente escolhidos, como Fortaleza e Curitiba, por exemplo. Além disso, houve a eliminação das cláusulas que limitavam as companhias aéreas a realizar o trecho Brasil-EUA, restringindo a entrada de novas empresas no mercado brasileiro para operar tal trecho.
Esta medida beneficiará o turismo entre os dois países, já que, atualmente, somente a TAM está autorizada a operar o trecho.
As mudanças previstas pelo acordo, que irá facilitar o atendimento da crescente demanda de passageiros entre estes países, serão implantadas por etapas, com prazo máximo para outubro de 2010.
A primeira fase, a ser posta em prática ainda este ano, estabelece que as primeiras 21 novas freqüências semanais sejam destinadas, especificamente, ao nordeste brasileiro. De acordo com o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Ronaldo Serôa Motta, “o acordo coloca o Brasil na rota do turismo mundial”. Motta ainda afirma que o acordo será cumprido de forma gradual para garantir o aumento da concorrência saudável. Nos dois anos seguintes, 2009 e 2010, serão implementados novos 14 vôos semanais a cada ano.
No ano de 2007, os turistas provenientes dos EUA corresponderam a 14% do total de turistas no Brasil, atrás apenas da Argentina (18%). Vale destacar que, conforme estatísticas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o norte-americano é o turista que mais gasta em solo brasileiro, seja para viagem a negócios (US$ 202,80 por dia, em média), seja para viagens a lazer (US$145,10 por dia, em média). Portanto, o acordo abre uma perspectiva mais otimista para os empresários do trade turístico, já que o número de turistas norte-americanos, estes economicamente primordiais para o desenvolvimento do setor, tende a expandir.
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