domingo, 13 de julho de 2008

Brasil e Estados Unidos fecham acordo com reflexos positivos sobre o turismo

No ano de 2007, os índices do turismo americano ficaram aquém das expectativas, com crescimento de 11%, frente um crescimento de 35% no turismo mundial. Com o objetivo de ampliar o turismo americano aos brasileiros, e vice-versa, foi fechado um acordo entre Estados Unidos e Brasil, que prevê uma expansão de quase 50% no número de vôos semanais entre os países. A partir de julho, os vôos semanais entre os dois países totalizarão 154, ante os 105 permitidos antes do acordo.

Mas os EUA não são os únicos beneficiados pelo acordo, fechado em 27 de junho. Um dos pontos estabeleceu que as empresas norte-americanas efetuassem vôos para outros cinco destinos brasileiros previamente escolhidos, como Fortaleza e Curitiba, por exemplo. Além disso, houve a eliminação das cláusulas que limitavam as companhias aéreas a realizar o trecho Brasil-EUA, restringindo a entrada de novas empresas no mercado brasileiro para operar tal trecho.

Esta medida beneficiará o turismo entre os dois países, já que, atualmente, somente a TAM está autorizada a operar o trecho.

As mudanças previstas pelo acordo, que irá facilitar o atendimento da crescente demanda de passageiros entre estes países, serão implantadas por etapas, com prazo máximo para outubro de 2010.

A primeira fase, a ser posta em prática ainda este ano, estabelece que as primeiras 21 novas freqüências semanais sejam destinadas, especificamente, ao nordeste brasileiro. De acordo com o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Ronaldo Serôa Motta, “o acordo coloca o Brasil na rota do turismo mundial”. Motta ainda afirma que o acordo será cumprido de forma gradual para garantir o aumento da concorrência saudável. Nos dois anos seguintes, 2009 e 2010, serão implementados novos 14 vôos semanais a cada ano.

No ano de 2007, os turistas provenientes dos EUA corresponderam a 14% do total de turistas no Brasil, atrás apenas da Argentina (18%). Vale destacar que, conforme estatísticas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o norte-americano é o turista que mais gasta em solo brasileiro, seja para viagem a negócios (US$ 202,80 por dia, em média), seja para viagens a lazer (US$145,10 por dia, em média). Portanto, o acordo abre uma perspectiva mais otimista para os empresários do trade turístico, já que o número de turistas norte-americanos, estes economicamente primordiais para o desenvolvimento do setor, tende a expandir.

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