Colômbia isenta impostos para atrair empresas e ampliar turismo
Folha Online – Editoria Dinheiro
A Colômbia ampliou os benefícios fiscais e criou zonas francas para atrair investimentos e gerar empregos. Para divulgar as medidas, o governo recebe amanhã uma comitiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais de cem empresários.
A economia do país avança após um investimento pesado em segurança. O Plano Colômbia destinou US$ 10,7 bilhões no combate à violência e ao terrorismo entre 1999 e 2005, com participação de 35% dos EUA.
Com a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) por seis anos, o país espera consolidar a transformação de sua imagem. "A Colômbia é um país mais seguro há anos, mas a percepção sobre a segurança é que está mudando. O governo está dedicado a reformas gerais para atrair investimento estrangeiro", afirma Carlos Rodríguez, cônsul comercial da Colômbia no Brasil.
Empresas de turismos, hotéis e resorts são isentos de Imposto de Renda por 20 anos e fabricantes de softwares são livres do tributo até 2012. Indústrias, empresas de telecomunicações e de agronegócios que garantam investimento mínimo com geração de empregos que variam de acordo com o setor têm a alíquota reduzida de 33% para 15% por até 30 anos. Matérias-primas e máquinas para produção para essas empresas também são isentas de imposto de importação.
Além de redes de hotéis, duas empresas já anunciaram investimentos, a brasileira Votorantim Metais e a cervejaria sul-africana SAB Miller. O governo colombiano espera outras cinco neste segundo semestre. A Votorantim anunciou investimento de US$ 146,5 milhões com o aumento de participação na Acerías Paz del Río, em março. A SAB Miller, que já estava na Colômbia quando adquiriu a Bavária, em 2005, deve abrir uma nova unidade. Na área de infra-estrutura, grandes licitações podem atrair empresas como Camargo e Corrêa e Odebrecht. A Colômbia registrou US$ 9 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2007 e deve chegar a US$ 12 bilhões em 2010.
Balança - O corrente comércio entre Brasil e Colômbia somou US$ 1,476 bilhão no primeiro semestre. O Brasil registrou superávit de US$ 687 milhões com exportação de celulares, ligas de aço, insumos para bebidas e automóveis, principalmente. Por outro lado, o Brasil compra óleo bruto de petróleo, carvão, ferroníquel e pneus para automóveis.
O vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, afirmou que as medidas favorecem as empresas brasileiras. "A Colômbia era símbolo de terrorismo, o que provocava receio nos investidores. Hoje a imagem é positiva e, com os seus tratados, as empresas podem ter ali uma base exportadora."
A Colômbia tem tratados de livre-comércio com União Européia, Canadá, México, entre outros países. O acordo com EUA está fechado, mas aguarda aprovação do Congresso.
Segundo Castro, também colabora o fato de a taxa de câmbio estar a favor dos investimentos externo, com o dólar desvalorizado em relação ao real. Para ele, o lado negativo é que as empresas brasileiras passam a gerar empregos em outro país.
Miguel Lima, professor da FGV, afirmou que empresas montadoras de ônibus e carrocerias e as ligadas ao setor petroquímico podem ampliar seus negócios na Colômbia e se beneficiar das medidas de incentivo. Para o Brasil, que tem a Colômbia como 17º destino de suas exportações, também será vantagem, já que o país de ampliar suas relações comerciais e passar a consumir mais. O país andino tem a terceira maior população da América Latina, com 44 milhões de habitantes --atrás de Brasil e México--, e o quinto PIB, com US$ 172 bilhões (2007), após crescimento de 7,5%. À frente estão Brasil, México, Argentina e Venezuela.
Turismo - O país retomou, no ano passado, o mesmo número de turistas de 1983: 1,2 milhão. Em 2002, o país recebeu 322 mil visitantes internacionais.
A cidade de Cartagena, no litoral colombiano, voltou a ser incluídas em rotas de cruzeiros internacionais, como o Royal Caribbean, por exemplo, que voltou a atracar em Cartagena em abril de 2007, após seis anos sem visitas. Bogotá, que já foi eleita a capital do livro, é a cidade mais visitada da Colômbia. A biblioteca Luis Ángel Arango, mantida pelo Banco Central colombiano, recebe cerca de 9.000 visitantes por dia, tem dois milhões de livros e capacidade para dois mil leitores sentados. San Andrés, Santa Marta, Medelin e Cali também são roteiros conhecidos no país.
Folha Online – Editoria Dinheiro
A Colômbia ampliou os benefícios fiscais e criou zonas francas para atrair investimentos e gerar empregos. Para divulgar as medidas, o governo recebe amanhã uma comitiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais de cem empresários.
A economia do país avança após um investimento pesado em segurança. O Plano Colômbia destinou US$ 10,7 bilhões no combate à violência e ao terrorismo entre 1999 e 2005, com participação de 35% dos EUA.
Com a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) por seis anos, o país espera consolidar a transformação de sua imagem. "A Colômbia é um país mais seguro há anos, mas a percepção sobre a segurança é que está mudando. O governo está dedicado a reformas gerais para atrair investimento estrangeiro", afirma Carlos Rodríguez, cônsul comercial da Colômbia no Brasil.
Empresas de turismos, hotéis e resorts são isentos de Imposto de Renda por 20 anos e fabricantes de softwares são livres do tributo até 2012. Indústrias, empresas de telecomunicações e de agronegócios que garantam investimento mínimo com geração de empregos que variam de acordo com o setor têm a alíquota reduzida de 33% para 15% por até 30 anos. Matérias-primas e máquinas para produção para essas empresas também são isentas de imposto de importação.
Além de redes de hotéis, duas empresas já anunciaram investimentos, a brasileira Votorantim Metais e a cervejaria sul-africana SAB Miller. O governo colombiano espera outras cinco neste segundo semestre. A Votorantim anunciou investimento de US$ 146,5 milhões com o aumento de participação na Acerías Paz del Río, em março. A SAB Miller, que já estava na Colômbia quando adquiriu a Bavária, em 2005, deve abrir uma nova unidade. Na área de infra-estrutura, grandes licitações podem atrair empresas como Camargo e Corrêa e Odebrecht. A Colômbia registrou US$ 9 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2007 e deve chegar a US$ 12 bilhões em 2010.
Balança - O corrente comércio entre Brasil e Colômbia somou US$ 1,476 bilhão no primeiro semestre. O Brasil registrou superávit de US$ 687 milhões com exportação de celulares, ligas de aço, insumos para bebidas e automóveis, principalmente. Por outro lado, o Brasil compra óleo bruto de petróleo, carvão, ferroníquel e pneus para automóveis.
O vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, afirmou que as medidas favorecem as empresas brasileiras. "A Colômbia era símbolo de terrorismo, o que provocava receio nos investidores. Hoje a imagem é positiva e, com os seus tratados, as empresas podem ter ali uma base exportadora."
A Colômbia tem tratados de livre-comércio com União Européia, Canadá, México, entre outros países. O acordo com EUA está fechado, mas aguarda aprovação do Congresso.
Segundo Castro, também colabora o fato de a taxa de câmbio estar a favor dos investimentos externo, com o dólar desvalorizado em relação ao real. Para ele, o lado negativo é que as empresas brasileiras passam a gerar empregos em outro país.
Miguel Lima, professor da FGV, afirmou que empresas montadoras de ônibus e carrocerias e as ligadas ao setor petroquímico podem ampliar seus negócios na Colômbia e se beneficiar das medidas de incentivo. Para o Brasil, que tem a Colômbia como 17º destino de suas exportações, também será vantagem, já que o país de ampliar suas relações comerciais e passar a consumir mais. O país andino tem a terceira maior população da América Latina, com 44 milhões de habitantes --atrás de Brasil e México--, e o quinto PIB, com US$ 172 bilhões (2007), após crescimento de 7,5%. À frente estão Brasil, México, Argentina e Venezuela.
Turismo - O país retomou, no ano passado, o mesmo número de turistas de 1983: 1,2 milhão. Em 2002, o país recebeu 322 mil visitantes internacionais.
A cidade de Cartagena, no litoral colombiano, voltou a ser incluídas em rotas de cruzeiros internacionais, como o Royal Caribbean, por exemplo, que voltou a atracar em Cartagena em abril de 2007, após seis anos sem visitas. Bogotá, que já foi eleita a capital do livro, é a cidade mais visitada da Colômbia. A biblioteca Luis Ángel Arango, mantida pelo Banco Central colombiano, recebe cerca de 9.000 visitantes por dia, tem dois milhões de livros e capacidade para dois mil leitores sentados. San Andrés, Santa Marta, Medelin e Cali também são roteiros conhecidos no país.
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