Por Carmen Munari
APARECIDA, São Paulo (Reuters) - A reforma do seminário que abrigará o papa Bento 16 em sua visita a Aparecida, onde se localiza o Santuário Nacional, teve um custo estimado em 3,5 milhões de reais, garantidos em doações de empresários.
Bento 16 chega a São Paulo em 9 de maio e dois dias depois vai a Aparecida, com saída prevista para o dia 13.
"Há boa vontade de colaborar para uma obra que terá utilidade futura", disse a jornalistas o arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno nesta sexta-feira, referindo-se às doações.
O Seminário Bom Jesus, que fica no centro de Aparecida (cidade a 167 km a nordeste de São Paulo), data de 1894 e estava em más condições quando o arcebispo decidiu que o edifício seria o local da igreja adequado para instalar Bento 16 em sua primeira visita ao Brasil como pontífice.
O prédio, de 13 mil metros quadrados e quatro andares, foi indicado por ser o mais tradicional da arquidiocese, no terreno da residência do arcebispo.
No mesmo edifício, o papa João Paulo 2o foi recebido em almoço e descansou em sua estada na cidade em 1980. O cardeal dom Geraldo Magela, atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi diretor espiritual do seminário.
O Vaticano foi consultado para opinar sobre os aposentos e depois seus representantes estiveram no local para aprovar as obras.
"Tínhamos que saber como é o perfil do papa para fazer as obras. Fomos informados que ele é uma pessoa simples, estudioso, que faz reflexões", disse o arquiteto Ricardo Julião, responsável pelas obras.
O dormitório não foi apresentado à imprensa. Os jornalistas receberam fotos e puderam conhecer apenas a parte térrea do prédio, cujas obras ainda não estão finalizadas.
"É um aposento privado do papa e também há a questão da segurança", justificou dom Damasceno ao impedir a visita.
O dormitório, de 45 metros quadrados, tem cama, poltrona, mesa com quatro cadeiras e dois guarda-roupas. Tudo parece, pelas fotos, simples e de cores claras. Os tapetes são feitos em sisal, por ser um produto nacional. O enxoval (lençóis e toalhas) está sendo bordado com um símbolo do Vaticano em Aparecida. Sem que o papa pedisse, foi colocado um aparelho de ar refrigerado, que ele poderá usar se desejar.
Ao lado do quarto, Bento 16 terá uma capela de 18 metros quadrados com altar de aço inoxidável, usado por ser mais barato que a prata. Pequena, abriga apenas quatro ou cinco assentos. Ele terá ainda um banheiro individual, de 12 metros quadrados, todo em cerâmica, já que o mármore foi evitado.
As doações foram feitas por intermédio do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Um total de 35 empresas colaborou na reforma e todo o mobiliário do aposento foi feito pelos alunos do Senai, ligado à entidade.
Skaf disse que as doações somaram 6 milhões de reais, valor previsto inicialmente para as obras, segundo dom Damasceno. A reforma prevê ainda obras em dois andares.
O prédio, de arquitetura neoclássica, não tem estrutura metálica nem de concreto. "É tudo de alvenaria", disse o arquiteto Julião. Ele comparou o Seminário Bom Jesus à Pinacoteca de São Paulo. "É um prédio-irmão."
Além do papa, 30 pessoas de sua comitiva ficarão hospedadas no seminário.
© Reuters 2007. All Rights Reserved.
APARECIDA, São Paulo (Reuters) - A reforma do seminário que abrigará o papa Bento 16 em sua visita a Aparecida, onde se localiza o Santuário Nacional, teve um custo estimado em 3,5 milhões de reais, garantidos em doações de empresários.
Bento 16 chega a São Paulo em 9 de maio e dois dias depois vai a Aparecida, com saída prevista para o dia 13.
"Há boa vontade de colaborar para uma obra que terá utilidade futura", disse a jornalistas o arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno nesta sexta-feira, referindo-se às doações.
O Seminário Bom Jesus, que fica no centro de Aparecida (cidade a 167 km a nordeste de São Paulo), data de 1894 e estava em más condições quando o arcebispo decidiu que o edifício seria o local da igreja adequado para instalar Bento 16 em sua primeira visita ao Brasil como pontífice.
O prédio, de 13 mil metros quadrados e quatro andares, foi indicado por ser o mais tradicional da arquidiocese, no terreno da residência do arcebispo.
No mesmo edifício, o papa João Paulo 2o foi recebido em almoço e descansou em sua estada na cidade em 1980. O cardeal dom Geraldo Magela, atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi diretor espiritual do seminário.
O Vaticano foi consultado para opinar sobre os aposentos e depois seus representantes estiveram no local para aprovar as obras.
"Tínhamos que saber como é o perfil do papa para fazer as obras. Fomos informados que ele é uma pessoa simples, estudioso, que faz reflexões", disse o arquiteto Ricardo Julião, responsável pelas obras.
O dormitório não foi apresentado à imprensa. Os jornalistas receberam fotos e puderam conhecer apenas a parte térrea do prédio, cujas obras ainda não estão finalizadas.
"É um aposento privado do papa e também há a questão da segurança", justificou dom Damasceno ao impedir a visita.
O dormitório, de 45 metros quadrados, tem cama, poltrona, mesa com quatro cadeiras e dois guarda-roupas. Tudo parece, pelas fotos, simples e de cores claras. Os tapetes são feitos em sisal, por ser um produto nacional. O enxoval (lençóis e toalhas) está sendo bordado com um símbolo do Vaticano em Aparecida. Sem que o papa pedisse, foi colocado um aparelho de ar refrigerado, que ele poderá usar se desejar.
Ao lado do quarto, Bento 16 terá uma capela de 18 metros quadrados com altar de aço inoxidável, usado por ser mais barato que a prata. Pequena, abriga apenas quatro ou cinco assentos. Ele terá ainda um banheiro individual, de 12 metros quadrados, todo em cerâmica, já que o mármore foi evitado.
As doações foram feitas por intermédio do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Um total de 35 empresas colaborou na reforma e todo o mobiliário do aposento foi feito pelos alunos do Senai, ligado à entidade.
Skaf disse que as doações somaram 6 milhões de reais, valor previsto inicialmente para as obras, segundo dom Damasceno. A reforma prevê ainda obras em dois andares.
O prédio, de arquitetura neoclássica, não tem estrutura metálica nem de concreto. "É tudo de alvenaria", disse o arquiteto Julião. Ele comparou o Seminário Bom Jesus à Pinacoteca de São Paulo. "É um prédio-irmão."
Além do papa, 30 pessoas de sua comitiva ficarão hospedadas no seminário.
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