sábado, 28 de abril de 2007

'Conferência de Aparecida não será início de guerra religiosa

'Conferência de Aparecida não será início de guerra religiosa', diz Dom Odilo

Bispo assume no domingo (29) a arquidiocese de São Paulo.

Será dele a tarefa de ser o anfitrião de Bento XVI na capital.

Do G1, em São Paulo, com agências entre em contato





O arcebispo eleito Dom Odilo Scherer, de 57 anos, que assume no domingo (29) o comando da arquidiocese de São Paulo, afirmou nesta sexta-feira (27) que a Conferência de Aparecida não vai marcar o início de uma "guerra religiosa" na disputa por fiéis no continente.



Às vésperas de assumir o comando da Igreja de São Paulo, Dom Odilo comentou  também a proposta aprovada em comissão no Senado para redução da maioridade penal. "A redução da idade penal cria a ilusão de que assim está resolvido o problema (da violência). A maioria absoluta dos crimes é cometida por pessoas adultas", disse dom Odilo.



O arcebispo, atual secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), deve deixar a função no próximo mês. A CNBB realiza assembléia entre 1 e 9 de maio em Itaici, Indaiatuba (SP), quando deve renovar sua direção. Dom Odilo deve deixar o cargo para se concentrar no comando da arquidiocese.



Antes de buscar maneiras de ampliar a presença da Igreja na periferia da capital, Dom Odilo será responsável por acolher Bento XVI em sua passagem por São Paulo, entre os dias 9 e 11 de maio.



Após o encontro do Papa com os jovens e a celebração da canonização de Frei Galvão, Dom Odilo viaja com o Papa para Aparecida, a 167 km de São Paulo. O arcebispo vai acompanhar o trabalho da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, que vai discutir diretrizes da atuação dos católicos na região.



Dom Odilo disse que o avanço dos evangélicos e a perda de praticantes do catolicismo é uma preocupação da Igreja Católica desde os anos 50, quando foi realizada a primeira Conferência Geral dos Bispos do continente. "Ninguém espere que de Aparecida apareça uma espécie de guerra religiosa na América Latina", afirmou Dom Odilo, após declarar que o catolicismo é "malhado" pelas demais igrejas.

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