Aparecida atrasa 75% das obras do papa
A 24 dias da visita do pontífice, prefeito decreta emergência para dispensar licitações e iniciar serviços
Aparecida
Alexandre Alves
Das 28 obras de infra-estrutura que a Prefeitura de Aparecida pretende fazer para recepcionar o papa Bento 16, que chega na cidade em 24 dias, nada menos que 21 estão atrasadas. Apenas sete estão em andamento. Ou seja, 75% das obras de melhoria na cidade ainda não foram iniciadas a menos de um mês da visita do papa.
O problema é tão grave que o prefeito José Luiz Rodrigues (DEM), o 'Zé Louquinho', assinou ontem um decreto de reconhecimento de emergência, dispositivo legal que dá à prefeitura o direito de contratar empresas sem licitação.
Dois são os alvos da medida: construção de um reservatório de abastecimento com capacidade para 1,5 milhão de litros de água e colocação de asfalto novo em 20 vias públicas.
Admitindo que a situação é ôcríticaõ, o folclórico prefeito de Aparecida recorre a Deus para recuperar o tempo perdido (leia texto nesta página). O atraso, segundo ele, foi causado pelo processo eleitoral e pela burocracia do governo estadual.
Rodrigues informou que cerca de metade da verba de R$ 2,25 milhões garantida pelo governo estadual para fazer as duas obras que faltam já foi liberada há uma semana. Mas como o dinheiro só pode ser gasto mediante licitação, as obras só poderiam ser feitas dentro de 60 dias, prazo médio de um processo licitatório.
"Como não daria para terminar, o jeito foi decretar a emergência e abrir mão da licitação", afirmou Rodrigues. Ele informou que as empresas serão contratadas levando-se em conta preço e qualidade no serviço e que as obras serão fiscalizadas.
Na opinião do presidente da Câmara de Aparecida, João Luiz Mota (PSDB), o prazo não será cumprido. "Não dá mais tempo. E o problema agora é fazer tudo correndo e ficar um serviço de péssima qualidade. Quem vai pagar caro por isso é a população", disse.
OBRAS - Das 28 obras previstas pela prefeitura, apenas sete estão dentro do prazo: alargamentos de calçadas em cinco vias da cidade (ladeira e rua Monte Carmelo, rua Anchieta, rua Maestro Benedito Barreto e rua Barão do Rio Branco) e construção do trevo de acesso à via Dutra (ligação das ruas Chad Gebran e Rosa Soares Penido).
Falta construir o reservatório de água e recuperar o asfalto em 15 ruas, uma avenida (Solon Pereira) e uma praça (Santo Afonso), além do complemento da marginal Padre Jorge Antão. Prevê-se também a pavimentação asfáltica em duas ruas: Padre Claro Monteiro e João Andrade Costa, totalizando 20 vias públicas.
Ao todo, terá que ser asfaltada uma área superior a 56 mil metros quadrados, ao custo estimado em R$ 1 milhão. O reservatório custará cerca de R$ 1,25 milhão.
A Secretaria Executiva da Visita do Papa, órgão ligado à Arquidiocese de São Paulo, minimizou o problema da prefeitura. Para a entidade, a chegada do papa em Aparecida não depende do término das obras de melhoria da infra-estrutura, mas elas servirão de conforto e melhor atendimento à população.
VAGAS- Além do atraso nas obras da prefeitura, outra preocupação da equipe que cuidará da segurança do papa Bento 16 é o déficit de 4.000 vagas para estacionamento de ônibus na cidade, que exigirá o total de 6.000 vagas.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, que não permitirá estacionamento ou desembarque de passageiros às margens da via Dutra, apenas 2.000 vagas já estão confirmadas.
O prefeito de Aparecida pretende criar 4.000 vagas para ônibus e 10 mil para carros em cinco bairros da cidade, em terrenos particulares. Segundo ele, a negociação com os proprietários está avançada e as vagas devem estar definidas até o início da próxima semana.
A 24 dias da visita do pontífice, prefeito decreta emergência para dispensar licitações e iniciar serviços
Aparecida
Alexandre Alves
Das 28 obras de infra-estrutura que a Prefeitura de Aparecida pretende fazer para recepcionar o papa Bento 16, que chega na cidade em 24 dias, nada menos que 21 estão atrasadas. Apenas sete estão em andamento. Ou seja, 75% das obras de melhoria na cidade ainda não foram iniciadas a menos de um mês da visita do papa.
O problema é tão grave que o prefeito José Luiz Rodrigues (DEM), o 'Zé Louquinho', assinou ontem um decreto de reconhecimento de emergência, dispositivo legal que dá à prefeitura o direito de contratar empresas sem licitação.
Dois são os alvos da medida: construção de um reservatório de abastecimento com capacidade para 1,5 milhão de litros de água e colocação de asfalto novo em 20 vias públicas.
Admitindo que a situação é ôcríticaõ, o folclórico prefeito de Aparecida recorre a Deus para recuperar o tempo perdido (leia texto nesta página). O atraso, segundo ele, foi causado pelo processo eleitoral e pela burocracia do governo estadual.
Rodrigues informou que cerca de metade da verba de R$ 2,25 milhões garantida pelo governo estadual para fazer as duas obras que faltam já foi liberada há uma semana. Mas como o dinheiro só pode ser gasto mediante licitação, as obras só poderiam ser feitas dentro de 60 dias, prazo médio de um processo licitatório.
"Como não daria para terminar, o jeito foi decretar a emergência e abrir mão da licitação", afirmou Rodrigues. Ele informou que as empresas serão contratadas levando-se em conta preço e qualidade no serviço e que as obras serão fiscalizadas.
Na opinião do presidente da Câmara de Aparecida, João Luiz Mota (PSDB), o prazo não será cumprido. "Não dá mais tempo. E o problema agora é fazer tudo correndo e ficar um serviço de péssima qualidade. Quem vai pagar caro por isso é a população", disse.
OBRAS - Das 28 obras previstas pela prefeitura, apenas sete estão dentro do prazo: alargamentos de calçadas em cinco vias da cidade (ladeira e rua Monte Carmelo, rua Anchieta, rua Maestro Benedito Barreto e rua Barão do Rio Branco) e construção do trevo de acesso à via Dutra (ligação das ruas Chad Gebran e Rosa Soares Penido).
Falta construir o reservatório de água e recuperar o asfalto em 15 ruas, uma avenida (Solon Pereira) e uma praça (Santo Afonso), além do complemento da marginal Padre Jorge Antão. Prevê-se também a pavimentação asfáltica em duas ruas: Padre Claro Monteiro e João Andrade Costa, totalizando 20 vias públicas.
Ao todo, terá que ser asfaltada uma área superior a 56 mil metros quadrados, ao custo estimado em R$ 1 milhão. O reservatório custará cerca de R$ 1,25 milhão.
A Secretaria Executiva da Visita do Papa, órgão ligado à Arquidiocese de São Paulo, minimizou o problema da prefeitura. Para a entidade, a chegada do papa em Aparecida não depende do término das obras de melhoria da infra-estrutura, mas elas servirão de conforto e melhor atendimento à população.
VAGAS- Além do atraso nas obras da prefeitura, outra preocupação da equipe que cuidará da segurança do papa Bento 16 é o déficit de 4.000 vagas para estacionamento de ônibus na cidade, que exigirá o total de 6.000 vagas.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, que não permitirá estacionamento ou desembarque de passageiros às margens da via Dutra, apenas 2.000 vagas já estão confirmadas.
O prefeito de Aparecida pretende criar 4.000 vagas para ônibus e 10 mil para carros em cinco bairros da cidade, em terrenos particulares. Segundo ele, a negociação com os proprietários está avançada e as vagas devem estar definidas até o início da próxima semana.
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