Gilberto Amendola e Simone Menocchi
Agência Estado
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“Se Nossa Senhora interceder, o papa desce do carro”, diz a bordadeira Maria Augusta dos Santos Gusmão, de 69 anos. Pode parecer algo simples demais, mas este é o milagre que a maioria dos 15 mil habitantes da pequena cidade de Potim, vizinha a Aparecida, no interior de São Paulo, espera que o papa Bento XVI realize durante sua rápida passagem pela cidade.
Até o momento, o acertado é que, no dia 12 de maio, o papa visite Guaratinguetá - mais especificamente a Fazenda da Esperança, onde irá conhecer um projeto de recuperação de dependentes químicos. Depois, segue de carro fechado (nada de papamóvel) para seu aposento no Seminário Bom Jesus, em Aparecida. No trajeto, irá cruzar a cidade de Potim.
Se não descer do carro para um aceno ou uma bênção, serão menos de 15 minutos pela cidade. Mas, para Potim, será um evento marcante. “A simples passagem do papa já muda a nossa história, já dá uma injeção de auto-estima em nossa população”, diz o prefeito, Gilberto Vicente do Carmo.
Potim é a caçula da região do Vale do Paraíba. A cidade era um distrito de Guaratinguetá até 1991, quando foi emancipada. Antes da confirmação da passagem do papa, a cidade só aparecia no noticiário graças aos dois presídios que abriga.
“A visita do papa é uma alegria para a população, mas uma preocupação para o prefeito”, brinca o próprio político. De uma só vez, Potim deve receber mais de 20 mil visitantes. Não há hotéis, restaurantes e estacionamento para toda essa gente. O prefeito vai transformar a escola pública em alojamento e criar bolsões de estacionamento em terrenos vazios.
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