“A melhor maneira de prever o futuro , é inventá-lo ”
Carlos Maisel
maisel@ig.com.br
No início ninguém acreditou , não vai dar certo, diziam . Realmente o número de céticos e descrentes era muito grande. E não era para ser diferente, pois durante décadas muito se falou e nada aconteceu em relação a famosa Feira dos Ambulantes de Aparecida. Razão de sustento para muitos e de enriquecimento para poucos, a verdade é que grande parte dos feirantes vivia na linha da subsistência. O pior era o espetáculo deprimente do pós-feira, quando o lixo se espalhava, derramando-se por sobre a cidade .
Foi necessário um esforço extra da parte de todos os envolvidos. Primeiro de tudo fez-se o desarmamento dos espíritos.
Quando conseguimos que os preconceitos ( de todos os lados ) fossem abandonados, as vaidades, os interesses pessoais, tudo isso foi substituído pelo espírito cívico, pela visão de futuro, pelos interesses da cidade como um todo.
Aí a coisa começou a andar.
Foi aberto um fórum permanente de debates, com a contribuição de especialistas para que se apontasse uma direção, um norte, uma trilha segura que todos pudessem seguir e houvesse um ganho real para todos os envolvidos: o ambulante e suas entidades representativas , o poder público, a cidade de Aparecida e , é claro , o nosso visitante, o devoto de N.sra Aparecida, o turista religioso, que como falamos anteriormente, vêm à Aparecida para rezar e não para sofrer...
Como trocar a magia da Feira, que está no sangue de amplas parcelas da população brasileira, por um outro modelo qualquer sem cair na armadilha do modernoso, do mau gosto, correndo o risco de perder o que se tem em troca de nada.
Como dar condições dignas para o nosso visitante, como sanitários, fraldario, posto médico , posto policial, área de shows populares e outros itens imprescindíveis para o turismo moderno, com o mínimo de erros e o mínimo de prejudicados?
Mas quem mais sofria era o próprio ambulante . Enfrentando longas jornadas em condições sub humanas , debaixo de um sol escaldante ou de chuvas torrenciais, que além do sofrimento físico, trazia o risco de perda total de faturamento devido as condições climáticas que espantavam a clientela.
Finalmente conseguimos chegar aos vetores básicos que deveriam orientar o projeto.
Uma equipe de trabalho, sem viés político, investiu tempo, dedicação e energia , ouvindo exaustivamente todos os interessados.
As conclusões levaram os trabalhos para os seguintes vetores:
1. Aparecida deveria ter uma feira que servisse de modelo para todo o Brasil
2. As características populares da Feira deveriam ser mantidas
3. A prestação de serviços para o visitante deveria ser privilegiada
4. A apresentação de shows populares deveria ter um espaço e uma programação permanente valorizando a cultura popular.
5. O Ambulante deveria ter condições dignas para poder desenvolver o seu trabalho
6. A andamento desses trabalhos deveria ser despolitizado, transparente e com ampla participação popular. Continua...
Carlos Maisel
maisel@ig.com.br
No início ninguém acreditou , não vai dar certo, diziam . Realmente o número de céticos e descrentes era muito grande. E não era para ser diferente, pois durante décadas muito se falou e nada aconteceu em relação a famosa Feira dos Ambulantes de Aparecida. Razão de sustento para muitos e de enriquecimento para poucos, a verdade é que grande parte dos feirantes vivia na linha da subsistência. O pior era o espetáculo deprimente do pós-feira, quando o lixo se espalhava, derramando-se por sobre a cidade .
Foi necessário um esforço extra da parte de todos os envolvidos. Primeiro de tudo fez-se o desarmamento dos espíritos.
Quando conseguimos que os preconceitos ( de todos os lados ) fossem abandonados, as vaidades, os interesses pessoais, tudo isso foi substituído pelo espírito cívico, pela visão de futuro, pelos interesses da cidade como um todo.
Aí a coisa começou a andar.
Foi aberto um fórum permanente de debates, com a contribuição de especialistas para que se apontasse uma direção, um norte, uma trilha segura que todos pudessem seguir e houvesse um ganho real para todos os envolvidos: o ambulante e suas entidades representativas , o poder público, a cidade de Aparecida e , é claro , o nosso visitante, o devoto de N.sra Aparecida, o turista religioso, que como falamos anteriormente, vêm à Aparecida para rezar e não para sofrer...
Como trocar a magia da Feira, que está no sangue de amplas parcelas da população brasileira, por um outro modelo qualquer sem cair na armadilha do modernoso, do mau gosto, correndo o risco de perder o que se tem em troca de nada.
Como dar condições dignas para o nosso visitante, como sanitários, fraldario, posto médico , posto policial, área de shows populares e outros itens imprescindíveis para o turismo moderno, com o mínimo de erros e o mínimo de prejudicados?
Mas quem mais sofria era o próprio ambulante . Enfrentando longas jornadas em condições sub humanas , debaixo de um sol escaldante ou de chuvas torrenciais, que além do sofrimento físico, trazia o risco de perda total de faturamento devido as condições climáticas que espantavam a clientela.
Finalmente conseguimos chegar aos vetores básicos que deveriam orientar o projeto.
Uma equipe de trabalho, sem viés político, investiu tempo, dedicação e energia , ouvindo exaustivamente todos os interessados.
As conclusões levaram os trabalhos para os seguintes vetores:
1. Aparecida deveria ter uma feira que servisse de modelo para todo o Brasil
2. As características populares da Feira deveriam ser mantidas
3. A prestação de serviços para o visitante deveria ser privilegiada
4. A apresentação de shows populares deveria ter um espaço e uma programação permanente valorizando a cultura popular.
5. O Ambulante deveria ter condições dignas para poder desenvolver o seu trabalho
6. A andamento desses trabalhos deveria ser despolitizado, transparente e com ampla participação popular. Continua...
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