Escultor mineiro esculpe peças que serão usadas na cerimônia de canonização do 1° santo do País
Simone Menocchi
SÃO PAULO - Escultor de santos há 30 anos, o artesão mineiro Benedito Eduardo de Carvalho agora tem uma nova missão: fazer duas imagens de frei Galvão para a cerimônia de canonização do primeiro santo brasileiro, em maio, em São Paulo. Uma das imagens deve estar no altar durante a missa campal que será rezada no Campo de Marte pelo papa Bento XVI, em sua primeira visita ao País, marcada para entre 9 e 13 de maio.
Depois, será levada para a Catedral de Santo Antonio, principal igreja de Guaratinguetá, cidade onde o beato nasceu. A outra imagem será dada de presente ao papa. O convite ao artesão mineiro foi feito pelo pároco da igreja de Guaratinguetá, Sílvio César Florêncio. “Esse convite é um presente. Sou devoto de frei Galvão desde criança”, conta o artesão, conhecido pelo nome de Benedito Santeiro.
A imagem que será abençoada tem 65 centímetros e está sendo esculpida em mogno. O trabalho começou em novembro e no mês que vem fica pronto. Com o uso de facas fabricadas artesanalmente pelo próprio artista, a imagem vai ganhando forma. O rosto e as vestes foram inspirados em desenhos de frei Galvão.
“Como não temos fotos dele, o restante saiu da minha imaginação, mas tudo baseado em imagens que vi.” Depois de prontas, as peças ganharão camada de uma cera própria para proteger a madeira. O valor das peças pode chegar a R$ 2.500. “Ah, não tem preço. O melhor pagamento é saber que estou presenteando o papa e o País com essa imagem.”
Na casa humilde, no centro da pequena Nazareno, cidade de 7 mil habitantes de Minas Gerais, o artesão vai esculpindo o sustento de sua família. “Aprendi a função aos 8 anos e não parei mais”, diz. Carvalho já perdeu a conta de quantas imagens sacras saíram de suas talentosas mãos, mas tem obras espalhadas por Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.
Família devota
Sua história com frei Galvão começou há muito tempo, na infância. “Meu pai era devoto e sempre que visito o Santuário de Aparecida dou uma passadinha em Guaratinguetá por causa de frei Galvão.”
A casa onde mora foi adquirida “como milagre” do santo, acredita. Outras graças são apontadas por ele, como a cura da sua mulher, Carmem de Carvalho, no ano em que frei Galvão foi beatificado.
“Por meio de uma radiografia, os médicos constataram que a prótese que ela tem na perna havia saído do lugar. Teria de fazer outra cirurgia e os médicos pediram mais um raio X. Daí constataram que a prótese voltara para o lugar certo e disseram que era milagre”, lembra ele.
Carmem chegou a contar para os médicos que naquela semana havia pedido a ajuda de frei Galvão para evitar uma nova cirurgia.
Com as imagens quase prontas, o artesão agora reza para conseguir chegar perto do papa e entregar pessoalmente o presente. “Vou pedir para frei Galvão, quem sabe?”
Simone Menocchi
SÃO PAULO - Escultor de santos há 30 anos, o artesão mineiro Benedito Eduardo de Carvalho agora tem uma nova missão: fazer duas imagens de frei Galvão para a cerimônia de canonização do primeiro santo brasileiro, em maio, em São Paulo. Uma das imagens deve estar no altar durante a missa campal que será rezada no Campo de Marte pelo papa Bento XVI, em sua primeira visita ao País, marcada para entre 9 e 13 de maio.
Depois, será levada para a Catedral de Santo Antonio, principal igreja de Guaratinguetá, cidade onde o beato nasceu. A outra imagem será dada de presente ao papa. O convite ao artesão mineiro foi feito pelo pároco da igreja de Guaratinguetá, Sílvio César Florêncio. “Esse convite é um presente. Sou devoto de frei Galvão desde criança”, conta o artesão, conhecido pelo nome de Benedito Santeiro.
A imagem que será abençoada tem 65 centímetros e está sendo esculpida em mogno. O trabalho começou em novembro e no mês que vem fica pronto. Com o uso de facas fabricadas artesanalmente pelo próprio artista, a imagem vai ganhando forma. O rosto e as vestes foram inspirados em desenhos de frei Galvão.
“Como não temos fotos dele, o restante saiu da minha imaginação, mas tudo baseado em imagens que vi.” Depois de prontas, as peças ganharão camada de uma cera própria para proteger a madeira. O valor das peças pode chegar a R$ 2.500. “Ah, não tem preço. O melhor pagamento é saber que estou presenteando o papa e o País com essa imagem.”
Na casa humilde, no centro da pequena Nazareno, cidade de 7 mil habitantes de Minas Gerais, o artesão vai esculpindo o sustento de sua família. “Aprendi a função aos 8 anos e não parei mais”, diz. Carvalho já perdeu a conta de quantas imagens sacras saíram de suas talentosas mãos, mas tem obras espalhadas por Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.
Família devota
Sua história com frei Galvão começou há muito tempo, na infância. “Meu pai era devoto e sempre que visito o Santuário de Aparecida dou uma passadinha em Guaratinguetá por causa de frei Galvão.”
A casa onde mora foi adquirida “como milagre” do santo, acredita. Outras graças são apontadas por ele, como a cura da sua mulher, Carmem de Carvalho, no ano em que frei Galvão foi beatificado.
“Por meio de uma radiografia, os médicos constataram que a prótese que ela tem na perna havia saído do lugar. Teria de fazer outra cirurgia e os médicos pediram mais um raio X. Daí constataram que a prótese voltara para o lugar certo e disseram que era milagre”, lembra ele.
Carmem chegou a contar para os médicos que naquela semana havia pedido a ajuda de frei Galvão para evitar uma nova cirurgia.
Com as imagens quase prontas, o artesão agora reza para conseguir chegar perto do papa e entregar pessoalmente o presente. “Vou pedir para frei Galvão, quem sabe?”
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