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Vale do Paraíba - Os assaltos a ônibus da Viação Pássaro Marron na Via Dutra está assustando passageiros. Foram três casos registrados nos últimos 15 dias, mas motoristas dizem que as ocorrências são diárias. Amedrontados e com o compromisso de viajar diariamente do Vale do Paraíba para a capital, os passageiros esperam providências das autoridades e da empresa que opera a linha.
A professora Maria Elisa Lopes foi vítima de um dos últimos assaltos a ônibus ocorridos na Via Dutra. Na semana passada, os ladrões levaram um celular e R$ 100 em dinheiro, e deixaram com ela o medo de seguir a rotina. Maria Elisa dá aula em São Paulo e viaja todos os dias para a capital.
- Sabemos que virou uma coisa rotina. Nos sentimos totalmente abandonados - reclama.
Os motoristas também estão apreensivos.
- A gente não sabe se os passageiros que a gente pega são bandidos. O motorista está sempre com medo - revela Gerson da Silva.
A abordagem é feita sempre da mesma forma. Os ladrões costumam embarcar como passageiros e logo depois que o ônibus deixa a rodoviária do Tietê, em São Paulo, eles anunciam o assalto.
O caso que mais chocou foi o que aconteceu há 15 dias. O passageiro João Alexandre de Almeida Guilherme foi morto porque reagiu ao assalto.
A partir daí, em todos os outros casos, os bandidos usaram a morte dele como ameaça. Segundo a polícia, não se trata de um mesmo criminoso. É uma onda de assaltos que vem acontecendo do mesmo modo.
- Será desenvolvido um trabalho de troca de informações entre as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal - afirma o delegado Edson Bimbi.
A empresa Pássaro Marron, que faz o trecho São Paulo/São José dos Campos, informa que algumas medidas de segurança já foram tomadas como a colocação de agentes nos guichês de venda de bilhetes e nos locais de embarque no Terminal Rodoviário do Tietê.
Parada na estrada só é permitida também em postos da Policia Rodoviária Federal. A polícia alega que faz a ronda na estrada, mas que a solução para acabar com esses assaltos a ônibus depende de investimentos da empresa em prevenção.
- Já existem empresas que utilizam detectores de metal na hora do embarque. Isto inibe a ação dos bandidos - afirma Normildo Almeida, inspetor da PRF.
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